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Você está em: Home / Astrologia Mundial / Mapas nacionais / A força indomada do Saturno chinês

A força indomada do Saturno chinês

03/03/2016 por Dimitri Camiloto

O planeta feral – aquele que não forma aspectos maiores com outros pontos da carta – responde por comportamentos insólitos, fora de controle ou decididamente selvagens. No mapa da China, Saturno feral ajuda a explicar a importância das falsificações e a triste condição da população feminina.

Fundada em Pequim às 15h15min de 1º de outubro de 1949, a República Popular da China tem em Aquário seu signo Ascendente. Saturno, regente clássico de Aquário, exerce um papel especial nesta carta, sendo regente do Ascendente e o próprio significador do povo chinês (casa I). Além do mais, sua localização num signo de Terra [Virgem] permite considerações sobre a vida e as relações de trabalho na China.

Mão de obra chinesa

A mão de obra chinesa vem fazendo a diferença.

A observação do mapa permite perceber que Saturno não faz aspectos maiores com os demais planetas e muito menos com os ângulos. Esta é uma ocorrência pouco discutida nos debates e interessante de ser abordada. Com base na definição de “planetas ferais” de Morin, o astrólogo argentino Adolfo Gerez reflete sobre esta condição, analisando os mapas de 16 personalidades e da própria Argentina, incluindo de Einstein a Marilyn Monroe, passando por Fernando Henrique Cardoso e Fernando De la Rúa.

A caracterização de “feral” para um planeta sem aspectos principais, evoca justamente a ideia de “fera”, ou, como diz o nosso velho dicionário, “alguém que fugiu da domesticidade e voltou à vida selvagem”. Define Morin:

Si un planeta fuerte no está conectado con otro por conjunción o aspecto, se dirá que está “ferale” y actuará con más pureza según su propia naturaleza, sobre todo si está en su domicilio. Y todo planeta ferale produce algo insólito, bueno o malo según la naturaleza del planeta. Por ejemplo: Saturno ferale en la Casa 1 da un ermitaño o monje.

Ora, justamente por sua presença “insólita” num mapa, o planeta sem aspectos (feral) adquire importância enquanto ponto focal das análises de uma carta. No caso da China, temos na própria descrição uma ótima oportunidade de refletir sobre o assunto.

Lua e Saturno no mapa da China

Saturno, sem aspectos e na casa VII, rege o Ascendente e a casa XII.

Saturno, o regente do Ascendente, é justamente o planeta feral. Dispositor da Lua, ele envolverá diretamente – ou melhor, “discretamente” – a condição do povo e da própria China (Ascendente). Esta é uma constatação muito importante. Se tomarmos como evidente o fato de que a conjunção entre a Lua e o Ascendente explicita o tamanho da população chinesa e a revolução “em nome do povo”, a posição de Saturno na casa VII sugere um deslocamento do povo em relação ao centro das decisões. Afinal, a Revolução é o Partido. Esta é uma sutileza interpretativa que poderia passar despercebida caso colocássemos em segundo plano a condição feral.

Também dispositor da casa XII, Saturno governa todas as reflexões que expus acerca da “economia informal” chinesa. Neste caso, revelando a permissividade ou mesmo o incentivo do Estado na cópia e na pirataria. A natureza “observadora das regras” de Virgem aqui faz corpo mole e dribla para justamente assegurar o desenvolvimento industrial e econômico (Vênus em Escorpião em sextil a Júpiter em Capricórnio). Por outro lado, Saturno encontra-se na casa VII, um ponto importante na observação das parcerias comerciais. A China penou para entrar na OMC – principalmente pela pirataria – e sua inserção no comércio e finanças globais é totalmente “insólita”.

Trabalho escravo na China

O trabalho escravo na China é um problema endêmico.

Outro motivo que impediu um ingresso mais antecipado na OMC foram exatamente os problemas com a escravidão e as condições de trabalho na China. Virgem, um signo totalmente voltado para as questões de trabalho, caracterizando uma revolução comunista que, porém, possui um gigantesco exército reserva de mão de obra que trabalha para… multinacionais!

Por ser regente do Ascendente e dispositor da Lua, Saturno feral tem íntima relação com a questão populacional chinesa, e de sua inobservância até 1978 e posterior controle nos anos seguintes. Aliás, é em 1978, quando Saturno volta à sua posição original, que a Revolução reencontra o controle sobre si mesma e faz o projeto de nação da China começar realmente a andar de modo mais dinâmico e pragmático.

A partir de 1979, quando é implementada a política do “filho único”, o governo da China começa a exercer um controle rigoroso da natalidade, tencionando diminuir ao máximo o nascimento de mulheres e assim frear o ritmo de crescimento demográfico de uma população que conta hoje com mais de 1,3 bilhão de pessoas.

Quando a política do filho único tem início, Saturno e o Nodo Norte faziam uma conjunção no signo de Virgem, exatamente sobre Saturno radical da China. No mapa progredido, Saturno e o Meio do Céu quadravam entre si. Note que este era o primeiro retorno de Saturno da nova China.

Adolfo Gerez diz que quando um planeta se encontra em estado feral

tenemos un planeta que actúa sin modificaciones y entonces según Eugenie Moore, termina teniendo un comportamiento “uraniano” de “encendido y apagado”.

Se alguns líderes locais dizem que o controle da natalidade é um sucesso porque impediu o nascimento de 300 a 400 milhões de novos bebês, pesquisadores indicam que o que se deu foi uma verdadeira catástrofe. Esquadrões do aborto realizavam batidas de madrugada em casas de suspeitas de engravidar ilegalmente e as crianças que chegavam a nascer neste tipo de situação não tinham direito a escola, assistência médica ou outros benefícios sociais. As meninas são socialmente desprezadas e estigmatizadas [Virgem], uma característica cultural que, por sua vez, está enraizada na própria história da China. De acordo com estatísticas oficiais, 97,5% de todos os fetos abortados são femininos. Muitos pais não registram suas filhas e as escondem, ou então vendem-nas para casais estéreis, tornando-as assim invisíveis para as autoridades.

Meninas chinesas

As meninas costumam ser desprezadas na China.

O resultado é um desequilíbrio crônico nas populações feminina e masculina. Já acontece de milhões de chineses das áreas rurais não conseguirem encontrar uma esposa (Saturno está na casa VII). O que vem ocorrendo, há quase 40 anos, é um verdadeiro infanticídio feminino. Na tentativa de minorar o problema, o país proibiu que os exames pré-natais indiquem o sexo do bebê. Em 2001, o mundo ficou chocado com uma menina recém-nascida encontrada morta numa lata de lixo.

Nota: em outubro de 2015 a agência noticiosa Xinhua anunciou que o governo chinês estava elaborando planos para extinguir a política do filho único.

Leia também, de Dimitri Camiloto:

  • A China moderna
  • Éris, versão Pequim

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Explore também:

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Arquivado em: Mapas nacionais Marcados com as tags: 2007, Ásia, economia, história, Saturno

Sobre Dimitri Camiloto

Dimitri Camiloto é astrólogo e terapeuta de Alinhamento Energético/Fogo Sagrado, além de facilitador em rodas de cura e professor. Palestrante e conferencista, já se apresentou em cidades como Rio, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Buenos Aires. Também é Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ. Atualmente desenvolve pesquisas e estudos de Leitura Corporal e Antropologia do Cuidar. Veja todos os artigos ou entre em contato com Dimitri.

Comentários

  1. Maria Jose diz

    05/03/2016 em 03:46

    Quando pensamos em astrologia, pensamos na previsao do futuro. Ao relatar o estado atual ficamos sem saber do que vira.
    Assim ficamos sujeitos ao determinismo astrologico e assustados, sem solucao e sem indicacao de que caminho tomar. É preciso falar conosco com carinho e nao nos socar verdades, pura e simplesmente.

    • MARCOS GOMES diz

      12/03/2016 em 21:41

      Dona Maria Jose,

      A Astrologia não pode ser determinista, aliás nenhum astrologo diria tal.
      Astrologos trabalham no campo das possibilidades e num campo virtual.
      Se nos atentarmos a analise do astrologo em todos os artigos que ele
      assina sobre a China, vamos constatar que apenas ele associa os astros dos
      Céus com a História já conhecida do país, e da uma conatação bem negativista
      porque assim é a História politica chinesa.
      Se o mapa astrologico da China fosse apresentado a qualquer astrologo no dia da proclamação da Republica chinesa , duvido que lhe fossem capaz de dizer tantos fatos com tamanha precisão sobre o desenrolar da historia chinesa, mas como tudo já é público e notorio, se torna mais fácil bancar de um “Papai sabe tudo sobre as Estrelas”.

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