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A Forma da Água, a porção Peixes que nos habita

28/02/2018 por Vanessa Tuleski

Ponto de virada

Esta é a segunda parte do artigo. Se não leu a primeira, clique para acessar A Forma da Água é cheia de elementos piscianos.

Um dia, Elisa descobre que os oficiais pretendem dar fim à vida da criatura. Sensibilizada e apaixonada, ela engendra um plano para salvá-la. Sozinha não conseguiria, então precisa tentar convencer seu amigo pintor, que em um primeiro momento acha uma loucura e se recusa a ajudar. É quando se vê uma Elisa realmente zangada e até agressiva. Depois de resistir, para não perder a preciosa amiga, o pintor resolve ceder à loucura. No meio do caminho, a colega faxineira de Elisa também vai acabar envolvida. Apesar de ser um momento crítico, é quando o amor entre Elisa e sua “Forma da Água” realmente irá começar a florescer.

Ao levar a criatura para casa, a relação sairá do terreno da paquera para o aumento da intimidade. É também quando a personalidade do ser, seus poderes e sua inteligência começarão a se mostrar melhor, em episódios que irão envolver tanto Elisa quanto seu atônito amigo pintor, que, a contragosto, vai ter que começar a se relacionar também com o enigmático ente aquático. E este relacionamento irá render vários episódios curiosos.

Amor de Vênus em Peixes: uma entrega profunda

A forma da água: uma fantasia de Netuno em Peixes

A forma da água: erotismo netuniano.

No aumento da intimidade, Elisa e sua criatura descobrirão pela primeira vez juntos o estímulo erótico. A princípio, isto irá assustar a moça, mas ela, que nunca pôde ter uma vida considerada “normal”, por não poder falar, apesar disso nunca excluiu a sexualidade da sua vida, sendo, assim, muito mais resolvida com isto do que outras mulheres do seu tempo, que muitas vezes se reprimiam e eram reprimidas. E ela sabe que ama a criatura. Pela primeira vez, encontra alguém que a compreende totalmente e a valoriza, da mesma forma que ela faz com ele. E não seria esta exatamente a essência do amor, uma conexão profunda e íntima? Este parece ser a expressão de Vênus, o planeta do amor, no signo de Peixes. Vênus tem exaltação neste signo. Quando transita por ele, aumenta a sensibilidade para arte e beleza e a delicadeza e tolerância nas relações.

Um sentimento recíproco e envolvente passa, assim, a crescer entre eles. É um amor de Vênus em Peixes, idealista e capaz de sacrifícios, como salvar a criatura e saber que um dia terá de soltá-la na água porque não é capaz de proporcionar a ela um habitat como o do laboratório. É também um amor pisciano porque nele as diferenças se diluem e deixam de existir. Não há mais separações entre o humano e um ser que parece humano, mas que não é. O amor une e dissolve as diferenças, em um efeito pisciano. Aproxima, faz cuidar e compreender.

Elisa flutua com o homem-peixeEm uma das cenas mais belas do filme, Elisa enche o banheiro inteiro de água, quase até o teto. A água, assim como o amor de Elisa e seu ser aquático, transborda, e vaza pelo piso inferior, alagando todo um cinema (local, diga-se de passagem, pisciano). Mas enquanto a água inunda a sala de projeção, a jovem e seu amado flutuam nela, fazendo amor. Ela o presenteia com o elemento dele, a água. O amor de Vênus em Peixes pode se moldar ao outro ou homenagear o outro. Nele, se aprende a ceder, idealmente sem se descaracterizar, e se transita pelo universo do amado.

Por um instante, antes da primeira vez em que tiveram relações, que antecedeu esta cena magistral, Elisa hesitou quando percebeu que um intercâmbio erótico estava acontecendo, mas se há algo bom em ser excluído, em estar à margem, é nunca ter nada a perder. Ela é uma mulher corajosa, capaz de se aproximar de uma criatura que era considerada violenta e perigosa, e de se apresentar, nua e inteira como mulher, para se entregar a ela.

O amor da jovem, assim, é pleno e transbordante. Apesar disso, ela marca no calendário o dia em que terá de deixar o amado na beira de um rio, para que ele parta e sobreviva. Ele tem sinais de esgotamento e doença (Peixes também rege fragilidade) em razão de estar em um ambiente que lhe é insalubre, e, assim, a faxineira não pode mantê-lo. Seu amor o quer vivo, ainda que distante dela.

O melhor final

Então, no dia de uma copiosa e intensa tempestade, que já estava rabiscada no calendário, ela leva seu par, que a esta altura se revelou muito mais inteligente, sensível e dotado de poderes do que se imaginava, para a beira do rio, de onde terá se despedir dele. Ele reage de forma atônita quando ela explica que não podem mais ficar juntos. Mas ela precisa fazer isto, ainda que ele não compreenda. Tanto ela quanto ele se veem juntos agora, e não mais separados. Se você ama, não quer se imaginar vivendo separado de quem gosta.

O vilão: o chefe da segurança

O vilão: o chefe da segurança.

Contudo, o destino atua pelas mãos do chefe de segurança, que precisa encontrar de qualquer forma a criatura fugitiva para não perder tudo o que conquistou na carreira. Ele tem um superior tão esmagador, autoritário e violento quanto ele. Uma reprodução do sistema, como já foi dito.

É este homem, contudo, quem precipita o destino de Elisa, e vai permitir, indiretamente, que ela seja muito mais feliz do a princípio imaginaria que seria. Ele tenta matar inutilmente a criatura, mas só consegue tirar a vida da moça. Mas a criatura, revelando muita inteligência, fere, então, a laringe do chefe de segurança, para que ele também fique mudo, e, assim, compreenda minimamente aqueles que denigre. A seguir, o ser aquático desce com o corpo de Elisa para o rio.

A moça flutua debaixo da água, encantadora e sem vida, com um pé calçado com um lindo sapato vermelho e outro descalço (assim sempre foi sua condição, rica por dentro e à margem por fora). Da mesma forma que em “O Labirinto do Fauno”, os limites do real e do imaginário são rompidos ao longo do filme, e os da vida e da morte no final. A morta Elisa, pelos poderes sobrenaturais do seu deus aquático, abre então os olhos e respira tranquilamente na água, pronta para uma nova vida ao lado do seu amor. Este final não agradou a muitos críticos, mas certamente ressoou como música no coração dos filhos de Netuno.

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Sobre Vanessa Tuleski

É curitibana e atua como astróloga no Rio de Janeiro desde 1997. Foi pioneira em estilo próprio de fazer prognósticos diários voltados para o público leigo sem utilizar signos solares, e uma das primeiras a ter site de Astrologia na Internet brasileira: http://www.vanessatuleski.com.br. Autora do livro SIGNOS ASTROLÓGICOS - AS DOZE ETAPAS PARA A AUTORREALIZAÇÃO, colabora para o site Personare e é responsável pelo blog Cosmo & Cotidiano, em Constelar. Veja todos os artigos ou entre em contato com Vanessa.

Comentários

  1. Luciana Sousa diz

    07/05/2018 em 14:28

    É interessante, não? Também achei uma excelente produção. Michael Shannon fez um ótimo trabalho no filme. Eu vi que seu próximo projeto, Fahrenheit 451 será lançado em breve. Acho que será ótimo! Adoro ler livros, cada um é diferente na narrativa e nos personagens, é bom que cada vez mais diretores e atores se aventurem a realizar filmes baseados em livros. Acho que Fahrenheit 451 sera excelente! Se tornou em uma das minhas histórias preferidas desde que li o livro, quando soube que seria adaptado a um filme, fiquei na dúvida se eu a desfrutaria tanto como na versão impressa. Acabo de ver o trailer da adaptação do livro, na verdade parece muito boa, li o livro faz um tempo, mas acho que terei que ler novamente, para não perder nenhum detalhe. Vi os horários de transmissão em: br.hbomax.tv/movie/TTL711416/Fahrenheit-451 deixo o link por se alguém se interessar. Acho que é uma boa ideia fazer este tipo de adaptações cinematográficas.

  2. Vanessa Tuleski diz

    10/03/2018 em 11:52

    Agradecendo a cada um dos comentários, que me emocionaram (Peixes) muito! ♥ Abraço grande para todos!

  3. Mariana diz

    09/03/2018 em 15:41

    Sou capricorniana com ascendente em peixes e aspectos e com forte influência de Netuno no mapa. Estou verdadeiramente encantada com sua maestria em interpretar o filme à luz da astrologia. Nunca li um texto tão belo com essa analogia. Parabéns, de coração.

  4. Magda von Brixen diz

    05/03/2018 em 11:55

    AMEI, Vanessa! Perfeição sua interpretação desta obra prima… Era meu favorito para o Oscar e levou. Bom sinal: a emoção e o amor tocando os jurados neste 2018!

  5. Ana Oliveira diz

    04/03/2018 em 10:16

    Magistral a interpretação deste filme sob as lentes netunianas. Conheço muita gente de Peixes ou com Ascendente Peixes (hihihi) e com quiron em peixes em oposição a plutao (urano já está fora do esquema, a conj acontece mais tarde). Eu ainda não vi o filme mas à medida q lia perguntava-me se o final seria o inevitável (de q a maioria das pessoas está à espera). Depois percebi q Toro foi fiel a si mesmo… e adorei. Que maravilha Vanessa Tuleski! ♡ ☆☆☆☆☆

  6. Solange diz

    03/03/2018 em 08:24

    Muito boa a sua análise sobre este filme. Acho interessante também que para cada coisa existe uma associação astrológica. Por exemplo, sapato – peixes, faxina – virgem, etc.
    Gostaria de saber se existe algum dicionário astrológico para estes termos , rsrsrs. Parabéns pela sua interpretação!!!

    • Vanessa Tuleski diz

      03/03/2018 em 12:49

      Muito obrigada, Solange! Tem um livro, sim, sobre o que é de cada signo e até planeta, mas em inglês: “The Rulership Book – A Directory of Astrological Correspondences”, Rex. E. Bills (https://www.amazon.com/Rulership-Book-Directory-Astrological-Correspondences/dp/B0030T7GJG).

      • Solange diz

        04/03/2018 em 08:23

        Muito obrigada pela dica.
        Um grande beijo

  7. Wanilda do nascimento diz

    01/03/2018 em 14:54

    Minha cara Vanessa
    Nem preciso dizer que a pisciana aqui amou de paixão a sua forma de descrever este filme.
    Encantadora…

  8. Lia Domingues diz

    01/03/2018 em 13:05

    Vanessa, adorei…
    Sua análise tem a delicadeza com que Del Toro trata os assuntos dos filmes.
    Impressionante como os filmes refletem o momento dos céus!

    Obrigada. 🙂

    Beijocas!!

  9. José Dagostim diz

    01/03/2018 em 08:49

    Vejo muito de virgem neste filme não somente a limpeza/faxina, mas a rotina e a cura que está fortemente presente no arquétipo de Virgem. E Virgem é o CURADOR, Peixes o MESTRE, e quando o Curador encontra o Mestre o milagre acontece…

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