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PRESSÁGIOS 2005

Chumbo grosso nos céus do hemisfério norte

Carlos Hollanda

 

Depois de fazer o retrospecto das previsões para o Brasil e o mundo em 2004, Carlos Hollanda centra o fogo em 2005 e prevê dificuldades do Brasil com competidores no comércio internacional e mais complicações militares envolvendo os Estados Unidos. O deus que Bush cultua é Marte, sem sombra de dúvidas.

Para produzir um texto mais coeso e sintético em meio à enormidade de objetos de análise a que se propõe tal enfoque, optei por selecionar apenas alguns setores e assuntos a serem observados com as técnicas de trânsitos, progressões, revolução solar e ingresso solar. Estas foram majoritariamente direcionadas para Brasil e Estados Unidos, mas correlaciono ambas com uma análise geral sobre um mapa de ingresso solar para o cruzamento do meridiano de Greenwich com o Equador (latitude e longitude zero) que optei por manter com casas iguais e sendo iniciado em zero de Áries. Esse procedimento experimental possibilita traçar um perfil geral para situações que envolvem, direta ou indiretamente, todas as populações. Mesmo quando, por exemplo, uma guerra esteja sendo travada "somente" entre Estados Unidos e Iraque, isso não quer dizer que seus efeitos políticos e econômicos (além dos ecológicos) não se alastrem para várias partes do mundo.

Antes, porém, de iniciar a análise de 2005, convém fazer uma introdução com uma breve retrospectiva de algumas previsões feitas no início de 2004 (no site Astro-Sintese). O motivo reside no fato de que alguns dos aspectos formados pelos planetas em trânsito e progressão então levantados continuam em órbita, isto é, mantêm-se em atividade. Se alguns, como a Lua progredida em quadratura com Marte, irão até cerca de abril de 2005, outros, como a quadratura de Plutão com Mercúrio (ambos ocorrendo no mapa da Independência do Brasil), permanecerão ativos até o final do ano.

De 2004 a 2005 - as previsões para o Brasil revistas passo a passo

Conforme foi mencionado no artigo O ano novo astrológico, publicado em março de 2004:

(...) ano de 2004, temos o ingresso ocorrendo enquanto a Lua faz uma quadratura com Plutão, Sol com Saturno, Vênus com Netuno, Marte com Urano; Júpiter faz oposição com Urano. (...) Alguns desses fatores (...) são especialmente associados a épocas de turbulência social. (...) Há um bom potencial para um incremento da desobediência civil (...) mas também de complicações em termos de hierarquias em corporações marciais, como as Forças Armadas e as polícias Militar e Civil.

Ingresso do Sol em Áries válido para o Brasil em 2004-2005. Calculado para Brasília, DF, em 20.3.2004 - 4h48 HV.

O artigo não se destinava a levantar minúcias sobre cada setor da sociedade, mas tão somente indicar períodos fluentes ou de crise para apenas algumas das instituições que existem numa entidade coletiva. Igualmente não era função do artigo detalhar o modo como as oportunidades e dificuldades poderiam ter-se processado. Mesmo assim, em boa parte de 2004, foi bastante clara a pressão exercida pela sociedade civil sobre os militares no sentido de ser recuperado o acesso à documentação mantida em arquivos do DOPS, SNI e outros órgãos do período da ditadura. Isso sem contar a publicação de fotografias que disseram ser do jornalista Vladimir Herzog nu em um dos porões da ditadura e que provocou a opinião pública e atiçou os meios de comunicação. Por fim, vimos a queima - literal - de arquivos da ditadura numa base aérea brasileira, numa suspeitíssima manobra que acabou sendo veiculada em todos os canais de TV após uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo. Mesmo os militares tendo seus salários aumentados, as crises se sobrepuseram e as Forças Armadas receberam o impacto.

Como no caso do Rio de Janeiro é redundância falar a respeito das execuções de policiais nas Linhas Vermelha e Amarela e em bairros como a Tijuca, fica aqui apenas a menção aos fatos como estando no bojo da quadratura da Lua progredida com o Marte do mapa radical do Brasil. No mesmo artigo, um pouco adiante, faz-se a menção à referida quadratura, entre outros aspectos, para o final de 2004:

A progressão secundária da Lua para o mapa do Brasil a partir de setembro de 2004 reitera o potencial já mencionado para complicações envolvendo as Forças Armadas e as forças policiais. A Lua progredida lança uma quadratura a Marte radical e isso pode também afetar os setores metalúrgico, médico (Marte está em Escorpião, o que reafirma o vínculo com cirurgiões) e energético, especialmente se estivermos falando de energia combustível.

Antes disso, porém, falo sobre:

(...) A quadratura de Plutão em trânsito com o Mercúrio do mapa radical do Brasil continua confirmando a fase crítica sob a qual vive o ministério Lula (...) É bem possível que haja uma nova reforma ministerial, com alguns nomes saindo de cena.

De fato, desde novembro fala-se em reforma e na rearticulação de algumas pastas ministeriais. Isso tende - já iniciando os prognósticos para o próximo ano - a prosseguir até fins de 2005 e início de 2006, mas com focos nos meses de fevereiro, maio e dezembro. O final dessa fase de quadratura com Mercúrio fica para dezembro de 2006, mas como as épocas de exatidão do aspecto ocorrem nos supracitados meses de 2005, é possível que o processo mais crítico seja evidenciado nesse ano.

A quadratura de Plutão com Mercúrio não se restringe à analogia com os ministérios, muito embora os relacionados às comunicações e à educação sejam alguns dos mais enfaticamente manifestos sob a simbólica crítica que tal configuração representa.

No Rio de Janeiro, por exemplo, um problema que pode recrudescer é o que diz respeito à educação religiosa nas escolas do Estado. Tal coisa é algo que tende a sofrer sérias resistências e contra-argumentações ferozes de outros setores. Não é para menos: numa sociedade secularizada e, mais ainda, num sistema de ensino que se pretende desvinculado de uma opção religiosa (deixando isso ao encargo de instituições declaradamente clericais e similares, bem como à educação no lar), a (re)implantação de ensino religioso tende à seletividade, justamente num momento em que se desenvolvem teorias educacionais que prezam pela inclusividade e respeito às diferenças. O Estado É laico. Por isso a controvérsia, e ela tende a aumentar bastante se não houver diálogo. É um terreno realmente delicado, e a ação do Estado vem vindo como um rolo compressor plutoniano sobre o modelo mercurial de ensino, ao se esforçar por favorecer os setores que possam ter garantido a vaga no governo. Plutão, aliás, está em Sagitário que é, em essência, um signo relacionado às leis, regras sociais e sistemas religiosos. Certamente isso indica um campo de conflito.

Aspectos da Lua progredida em 2004

Atalhos de Constelar 79 - janeiro/2005

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