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Você está em: Home / Astrologia Mundial / História e Cultura / América Latina de Saturno e Netuno

América Latina de Saturno e Netuno

27/12/2015 por Fernando Fernandse

A quadratura Saturno-Netuno, aspecto mais relevante para a compreensão da atmosfera geral de 2016, coloca em evidência a América Latina e suas eternas contradições.
Hidalgo e o Grito de Dolores

Hidalgo e o Grito de Dolores, que desencadeou o processo da independência do México em 1810. Sob Saturno-Netuno, toda a América Latina clama por liberdade.

Um ciclo entre dois planetas é o intervalo de tempo que medeia entre a repetição de dois aspectos da mesma natureza. O aspecto mais importante é a conjunção, por sua função de ponto de partida, ou momento-semente a partir do qual novos processos históricos têm lugar. Os ciclos particularmente importantes do ponto de vista da Astrologia Mundial são aqueles que põem em contato os quatro planetas mais lentos, a saber:

  • Saturno-Urano
  • Saturno-Netuno
  • Saturno-Plutão
  • Urano-Netuno
  • Urano-Plutão
  • Netuno-Plutão

Cada ciclo carrega consigo uma atmosfera singular e implica um distinto conjunto de possibilidades. E, se bem que mudem as circunstâncias históricas, os acontecimentos concomitantes com a faixa de ocorrência de determinada conjunção de planetas lentos sempre guardarão correspondência analógica ou ressonância temática com os acontecimentos concomitantes com outras ativações do mesmo ciclo, em momentos diferentes. É o que veremos numa sequência de artigos que alinhavam diversos momentos históricos e construções ficcionais cujo fator comum é o contato dinâmico entre Saturno e Netuno. A escolha não é casual, pois, além de estar evidenciado em 2016, em função de diversas quadraturas exatas, o ciclo Saturno-Netuno é também de crucial importância para a compreensão da História da América Latina.

O que Saturno e Netuno têm a ver conosco?

A Independência das antigas colônias ibéricas é um longo processo político e militar que se estendeu de 1808 a 1826 e afetou todas as regiões entre a Patagônia e o México, dando origem aos modernos estados independentes.

A primeira fase do movimento independentista, entre 1808 e 1814, é caracterizada pela atuação das Juntas (assembleias) constituídas nas principais cidades coloniais. Sem romper, num primeiro momento, com a autoridade real, essas Juntas aproveitam a desorganização da Espanha frente à ameaça napoleônica e reivindicam maior autonomia e participação na administração local. Aos poucos as posições se radicalizam e levam aos primeiros movimentos de ruptura. Na segunda fase do processo, a partir de 1814, a Espanha, já livre de Napoleão, tenta recolonizar suas antigas possessões, levando a um clima de guerra aberta que motivou confrontos militares generalizados por todo o continente.

Astrologicamente, a Independência da América Latina se organiza em torno de três conjunções de planetas geracionais, a saber:

CONJUNÇÃO ATUANTE ENTRE [1] EXATA EM
Saturno-Netuno 1808-1811 1809 (Sagitário)
Saturno-Plutão 1818-1820 1819-20 (Peixes)
Urano-Netuno 1818-1824 1821 (Capricórnio)

Basta observar alguns momentos-chave deste processo:

  • 1808 – Com a fuga da Família Real portuguesa para o Brasil, o Rio de Janeiro transforma-se de facto (e depois também de direito) em capital de um império ultramarino. É a primeira e única ocasião na História em que uma cidade latino-americana torna-se capital de um império europeu. Longe de reforçar os laços com a metrópole, a instalação da capital no Rio contribui para criar as pré-condições para a Independência do Brasil.
  • 1808, setembro – A primeira Junta se constitui em Montevidéu. Artigas combate as tropas realistas.
  • 1809 – No Alto Peru (Bolívia), as Juntas de Chuquisaca e La Paz iniciam o processo de autonomia.
  • 1810, abril – A Junta de Caracas proclama Independência da Venezuela.
  • 1810, julho – A Junta de Santa Fé (Colômbia) depõe o Vice-Rei. Independência.
  • 1810, maio – Criação da Junta em Buenos Aires, origem da independência do país.
  • 1810, setembro – Revolução de Hidalgo leva à independência do México, reprimida de forma sangrenta.
  • 1810, outubro – Independência do Equador, depois revertida pelos realistas.
  • 1811, maio – Independência do Paraguai, com Francia.
  • 1811, julho – Carrera assume o poder no Chile, apoiado por O’Higgins.

É muito significativo que todo esse despertar continental ocorra sob a faixa de atuação de uma conjunção Saturno-Netuno, exata em 1809.

No período de 1814 a 1816, a Espanha reage e neutraliza militarmente boa parte das regiões que haviam declarado sua independência nos anos anteriores. No Brasil, D. João VI eleva a colônia à condição de Reino Unido, também numa tentativa de neutralizar o impulso autonomista.

A Batalha de Ayacucho, em 1824, fechou o ciclo dos enfrentamentos sangrentos entre espanhóis e rebeldes, iniciado sob Saturno-Plutão em 1817.

A Batalha de Ayacucho, em 1824, fechou o ciclo dos enfrentamentos sangrentos entre espanhóis e rebeldes, iniciado sob a conjunção Saturno-Plutão.

A partir de 1817, começa o confronto em larga escala entre patriotas e potências ibéricas. É a época das grandes batalhas que consolidarão o movimento iniciado sob a conjunção Saturno-Netuno. Ao sul do continente, as tropas do General San Martin começam a efetiva libertação dos países andinos do Pacífico. Correspondendo ao sentido de radicalização e endurecimento do ciclo Saturno-Plutão, o auge desse período é o ano de 1819, quando, à força das armas, o revolucionário Bolívar logra a formação da República da Grande Colômbia.

Mas a segunda onda de declarações de independência, desta vez com efeitos definitivos, deve ser creditada não à ferocidade de Saturno-Plutão, e sim à renovação ideológica e política que ocorreu em sincronia com a conjunção Urano-Netuno em Capricórnio. Se bem que exata apenas em 1821, esta conjunção já pode ser considerada atuante desde 1818 (ainda em Sagitário), e mantém seus efeitos até 1824, quando o Império do Brasil aprova sua primeira Constituição.

O'Higgins, herói da independência do Chile. O culto aos "salvadores da pátria" é uma característica do ciclo Saturno-Netuno.

O’Higgins, herói da independência do Chile. O culto aos “salvadores da pátria” é uma característica do ciclo Saturno-Netuno.

Assim, são associáveis a Urano-Netuno as independências do Peru (julho de 1821), México (agosto de 1821), Brasil (setembro de 1822) e Províncias Unidas da América Central (1823).

Dentre os países de maior destaque no continente, o único que consolida sua independência fora da faixa de atuação dessas conjunções é a Argentina, com a formação das Províncias Unidas do Rio do Prata em julho de 1816. Contudo, o vínculo do país ao grande movimento continental já estava definido desde 1810, num mapa em que a conjunção Saturno-Netuno aparece ativada fortemente por Marte e Lua.

Considerando que a conjunção Urano-Netuno de 1821 ocorre em Capricórnio, o que lhe dá uma conotação semelhante a uma tripla conjunção Urano-Netuno-Saturno, temos que contatos Netuno-Saturno diretos ou indiretos estão por trás de todos os movimentos importantes da constituição da identidade latino-americana. Se é possível falar de uma “alma latina” em contraposição ao modo particular de ser da América anglo-saxônica, da Europa desenvolvida ou mesmo do mundo latino europeu, há que estudar em detalhes esse componente Saturno-Netuno. Mas o que significa realmente a conjugação da energia desses dois planetas? É o que veremos no artigo O desencanto diante do mundo hostil.

[1] A faixa de atuação temporal de uma conjunção de planetas lentos tende a ir mais além do que o período de ocorrência de uma órbita aceitável, sendo, na prática, proporcional à duração do ciclo. Ocorrências relacionadas às conjunções de Saturno com planetas transpessoais podem ser encontradas até dois anos antes ou depois do aspecto exato, enquanto aquelas relacionadas a planetas de ciclo muito longo, como Netuno-Plutão, podem estender-se por toda uma década. Dezenas de evidências neste sentido são apresentadas em nosso trabalho Astrologia Mundial e Ciclos Planetários (Rio de Janeiro, Escola Astroletiva, 2002).

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Sobre Fernando Fernandse

Jornalista, astrólogo, educador e profissional de RH. Editor de Constelar e diretor da Escola Astroletiva, pioneira na formação a distância em Astrologia. Foi Diretor Técnico do SINARJ - Sindicato dos Astrólogos do Estado do Rio de Janeiro. Nascido Fernando Fernandes, trocou as letras da última sílaba para não ser mais confundido com seus 87 homônimos. Veja a relação completa de artigos ou entre em contato com Fernando Fernandse.

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