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O avesso do avesso: São Paulo, cidade aquariana

19/04/2025 por Raul Varella Martinez

São Paulo tem Ascendente em Aquário e nasceu às seis horas da manhã. Esta é a hipótese defendida por Raul, com base na revelação de que os jesuítas não chegaram a pé de Santo André para fundar São Paulo em 25 de janeiro, mas já estavam lá desde alguns dias.
Fundação de São Paulo por Oscar Pereira da Silva, 1909.

Fundação de São Paulo por Oscar Pereira da Silva, 1909. O padre Manuel da Nóbrega celebra a missa. Manuel de Paiva e José de Anchieta, ao fundo, benzem indígenas.

Do semanário Santuário de Aparecida, de 8 de junho de 1980 (ano 80 n° 3955) — edição especial dedicada a José de Anchieta:

José de Anchieta nasceu em São Cristóvão da Laguna, na Ilha de Tenerife, Arquipélago das Canárias, no dia 19 de março de 1534. Ingressou na Companhia de Jesus no dia 1° de maio de 1551. Junto aos jesuítas, após alguns meses de noviciado, teve problemas de saúde, agravados pela queda de uma escada sobre as costas, que lhe causou defeito físico para o resto da vida.

Em 13 de julho de 1553 chegou à Bahia, no Brasil, e na véspera do Natal desse ano aportou em São Vicente. Inácio de Loiola acabava de designar o Padre Manuel da Nóbrega para Provincial no Brasil, com a missão cuidar da formação de futuros missionários na piedade e nas letras.

Depois da festa da Epifania começou a casa de estudos do sertão de Piratininga, aos cuidados do Superior Manuel de Paiva e de José de Anchieta, que ia como mestre de humanidades de doze companheiros, entre padres, estudantes e noviços.

De acordo com esse texto, os padres começaram a construir a casa de estudos, onde seria celebrada a missa que consagraria o local ao apóstolo São Paulo, logo depois da festa da Epifania. Ou seja, os padres, inclusive Anchieta, chegaram ao local poucos dias após seis de janeiro, com tempo para construir a casa para a solenidade do dia 25.

Essa situação é muito mais plausível que aquela imaginada por um historiador, onde os padres teriam saído de Santo André no mesmo dia dessa missa, a tempo e com situação física para rezá-la, em local que não conheciam e que teria sido construído e preparado para a missa não se sabe por quem.

Palavras do próprio Anchieta, conforme o semanário Santuário de Aparecida:

A primeira Missa celebrou-se no dia da conversão de São Paulo, em um altarzinho que para isso se aparelhou, porque não havia ainda igreja: por esta causa se dedicou aquela casa a São Paulo e tem seu nome.

Aureliano Leite, em sua A Historia de Sam Pavlo , diz:

Aos 8 de setembro deste mesmo ano (1553), Santo-André da Borda do Campo (*) é promovida a vila e exerce o posto de alcaide-mor [um posto semelhante ao do atual prefeito] e capitão o luso João Ramalho.

Em Dezembro de 1553, governando o Brasil Duarte da Costa, desembarcam em São-Vicente, vindos da Bahia, os Padres Manuel de Paiva, José de Anchieta e outros, aos quais se confia a catequese dos indígenas da Capitania.

Cabana que antecedeu o Pateo do Collegio

Assim devia ser a cabana que sediou, em 1554, o colégio dos jesuítas, primeira construção de São Paulo.

Mais tarde o colégio foi ampliado, ganhando pouco a pouco a aparência atual.

No ano seguinte (1554), passa pela localidade Ulrico Schmidt, aventureiro alemão, que, no seu regresso à Europa, faz imprimir notável relato sobre a região.

Aos 25 de Janeiro de 1554, funda-se São Paulo dos Campos de Piratininga, que começa em torno de um pequeno rancho coberto com folhas de palmeiras (com 14 pés de comprimento e 10 de largura), o qual serve ao mesmo tempo de residência de Anchieta e seus 12 companheiros, colégio e igreja. Só depois, seriam iniciadas, e porventura concluídas aos 1556, as definitivas construções de taipa. [LEITE, Aureliano. A Historia de Sam Pavlo, em Breve Resumo Chronologico, desde MD a MCMXXX. SP, Livraria Martins, 1944. A citação está na página 13.]

Neste ponto, Aureliano Leite insere a seguinte nota:

Baseado na informação de Diogo Ordonhez, reproduzida por Augusto de Saint-Hilaire (São Paulo nos tempos coloniais, tradução de L. Pereira), admitimos, em Pequena História da Casa Verde, o levantamento de dois pequenos ranchos em torno dos quais nasce o povoado paulopolitano. Acrescente-se que Anchieta profetiza então que aquele povoado, anos depois cercado de muro, com guaritas e portas trancadas a cadeado, haverá de ser a maior metrópole da metade meridional do continente americano.

Pateo do Collegio.

Mais tarde o colégio foi ampliado, ganhando pouco a pouco a aparência atual.

São Paulo com Ascendente Aquário?

São Paulo, pelo que consta, é a única cidade que foi criada a partir de um lugar de ensino, ou seja, a partir de uma escola. Admitindo-se que a consagração do local a São Paulo, durante essa primeira missa, tenha se dado em torno das 6 horas da manhã (LMT), tem-se a seguinte carta astrológica para a cidade (figura SP-2):

São Paulo - hipótese com Ascendente em Aquário.

São Paulo – carta especulativa para 6h LMT, segundo Raul V. Martinez. – 25.1.1554 – 046w37, 23s32.

  • O Sol, Mercúrio e Marte, em Aquário, sobre o Ascendente.
  • Sol, regente da VII — associações.
  • Mercúrio, regente da V e da VIII — ensino, educação, transformação.
  • Marte, regente da III e corregente da X — bandeirantes, comunicação, liderança.
  • Urano, dispositor desses astros na IX, em Libra, próximo da Lua — equilíbrio cosmopolita.
  • Saturno na cúspide da II, em Peixes — ganhos e realizações sólidas, com muito esforço; com componente pisciano ou oceânico.
  • Plutão, regente do Meio do Céu, na I — a macrocidade.
  • Júpiter na VIII, regendo a XI — grandes projetos e transformações.
  • Netuno na III/IV, regendo a II, em oposição ao Meio do Céu — meios de transporte e locais caóticos; ganhos enganosos ou exagerados.

Imagens simbólicas

Seguem-se as imagens simbólicas do grau do Ascendente da hipótese SP-2, da Volosfera e do Calendário Tebaico.

A primeira indica solidariedade em uma situação trágica, e um componente estranho — um burro tentando ler. A segunda também é bem estranha.

Aquário 19. Sobre o mar encapelado, um barco desamparado, ao qual se agarra, por uma mão, um homem, a cabeça ainda fora d’água, e tendo a outra mão em gesto de supremo apelo a um homem que se aproxima correndo. Sobre a praia, um asno parece tentar ler uma inscrição gravada em grandes letras sobre uma pedra tombada.

ou — Um homem decapitado, levando sua cabeça na mão.

(*) Nota que não consta do livro de Aureliano Leite — A distância de Santo André a São Paulo é de 18 km por estrada de ferro e de 20 km por estrada de rodagem — conforme o Livro dos Municípios do Estado. O caminho, em 1554, certamente era maior que esses atuais. Os padres e as mulas de carga provavelmente poderiam percorrê-lo em pouco mais de 6 horas, incluindo algumas paradas inevitáveis. O local onde D. Pedro I proclamou a Independência, no Ipiranga, fica em torno do último quarto desse percurso.

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Arquivado em: Brasil, História e Cultura Marcados com as tags: 2000, Aquário, Brasil, história, Marte, São Paulo

Sobre Raul Varella Martinez

Raul Varella Martinez nasceu em 1926, em São Carlos, SP. Formado em Engenharia Civil pela USP em 1951, iniciou suas pesquisas na área astrológica em 1968. Em 1979 auxiliou Juan Alfredo Cesar Muller a ministrar o primeiro Curso de Extensão Universitária de Astrologia Aplicada no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Entre 1986 e 1994 ministrou e foi professor responsável por cursos anuais de Extensão Universitária, em Astrologia, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista. Colaborou continuamente com Constelar desde 1998 até o ano de sua morte. Faleceu em 13 de julho de 2010, aos 84 anos. Veja todos os artigos de Raul Varella Martinez.

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