• Quem somos
  • Escola Astroletiva
  • Contato

Constelar

Um olhar brasileiro em Astrologia

  • Astrologia Aplicada
    • Cinema e TV
    • Comportamento
    • Esporte
    • Literatura e Arte
    • Personalidades
    • Saúde
  • Comunidade
    • Astrólogos
    • Memória
    • Multimídia
    • Profissão
    • Livros
  • Técnica
    • Bases
    • Novas Propostas
    • Símbolo e Mito
    • Teoria
    • Tradicional
  • Colunas
    • O Céu e Você
    • Agenda
    • Fernando
  • Astrologia Mundial
    • Brasil
    • História e Cultura
    • Mapas nacionais
    • Previsões
    • Presságios
Você está em: Home / Astrologia Mundial / Brasil / O massacre em Blumenau e os deuses arcaicos

O massacre em Blumenau e os deuses arcaicos

07/04/2023 por Fernando Fernandse

É nas sociedades mais avançadas do ponto de vista tecnológico e social que as sombras dos deuses arcaicos irrompem de maneira mais violenta e cobram seu tributo. Foi o que ocorreu no massacre de quatro crianças, na creche em Blumenau.

Na cultura asteca do período pré-colombiano, crianças eram levadas ao topo das montanhas para serem sacrificadas ao deus Tlaloc. Era uma forma de evitar as intempéries e atrair a chuva no final da estação seca. Por trás da prática estava a concepção de que é necessário sacrificar a melhor parcela da população — as crianças e os jovens mais belos e saudáveis — para apaziguar a fúria dos deuses e garantir a segurança do restante da comunidade.

No Oriente Médio, há mais de dois mil anos, crianças eram queimadas vivas em oferenda aos deuses Moloque e Baal. Sacrifícios de jovens também persistiram no Havaí até o século XIX, como forma de apaziguar a violência dos vulcões.

Deuses impiedosos e sedentos de sangue soam como crendices de civilizações desaparecidas. São o produto do imaginário de culturas arcaicas, já totalmente superadas pela racionalidade contemporânea. Contudo, é exatamente no seio das sociedades hiperdesenvolvidas, mais avançadas do ponto de vista tecnológico e social, que as sombras dos deuses arcaicos irrompem de maneira mais violenta e cobram seu tributo.

Os massacres em escolas já eram comuns nos Estados Unidos, onde se repetem com assustadora frequência desde a década de 1970. Contudo, só fizeram sua entrada no Brasil em 7 de abril de 2011, quando um ex-aluno invadiu a escola pública em que estudara, no bairro carioca de Realengo, e executou 12 crianças antes de cometer suicídio. Nos últimos doze anos, ocorrências da mesma natureza assombraram escolas e creches em diversos pontos do país. É nesta sequência que se insere o massacre de quatro crianças de uma unidade pré-escolar na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, na manhã de 5 de abril de 2023.

O mapa da tragédia de Blumenau

O mapa da tragédia revela que, mais que um episódio isolado, é um sintoma de uma doença coletiva, que afeta o comportamento de toda a sociedade brasileira.

Massacre de crianças em Blumenau

Massacre de crianças em Blumenau – 5.4.2023, 8h50 – Blumenau, SC – Horário aproximado citado pela afiliada da rede SBT em Florianópolis.

Urano no Ascendente, planeta mais angular, é também o regente do Meio do Céu e está em conjunção com Vênus, regente do Ascendente: um acontecimento súbito, inesperado, que impacta toda a comunidade (sentido do Meio do Céu). Saturno e Plutão, por sua vez, enquadram o Meio do Céu, indicando a prevalência dos planetas geracionais, significadores de acontecimentos de ressonância coletiva.

A Lua, por si só uma significadora de crianças e vulnerabilidade, ocupa a casa 5, da infância e, consequentemente, das creches e pré-escolas. Está em quadratura com Marte, regente da casa 12, dos processos que escapam à nossa atenção e sobre os quais não temos grande controle. Em poucas horas esta Lua formaria uma oposição ao Sol — uma Lua Cheia, portanto, aspecto que magnifica e amplia e torna mais visíveis os efeitos do que ocorre sob sua vigência.

Ainda mais: Mercúrio, regente de Virgem na cúspide da casa 5 (a creche), está na casa 12, das situações de prova, em quadratura com Plutão na casa 9. Plutão rege a casa 7 em Escorpião, exatamente aquela que representa os inimigos ou adversários. Trata-se de um planeta que atua impessoalmente em nome de uma motivação admitida como superior. Cabe lembrar que religiosidade, ritos, crenças e ideologias são sentidos de casa 9, mas nem sempre se manifestam de forma positiva.

Toda sociedade tem seus mitos fundadores, suas crenças e valores imateriais que ajudam a manter o sentido de pertencimento e coesão social. Ritos como o da Páscoa, do Natal ou da comemoração das datas relacionadas à construção da identidade coletiva também desempenham papel importante na suavização de conflitos e na vivificação periódica de ideais comuns. Contudo, quando o progresso material e as transformações no ambiente coletivo ocorrem a uma velocidade maior do que a capacidade de adaptação do sistema de crenças, estas se tornam obsoletas e tendem a ser deixadas de lado, por não terem mais a antiga eficácia aglutinadora.

Plutão em Aquário e a barbárie tecnológica

Como no plano simbólico não existe lugar para o vazio, o colapso dos modelos de coesão social acaba gerando brechas por onde emergem crenças ainda mais arcaicas e destrutivas — especialmente quando planetas como Plutão e Urano estão em evidência. A selvageria dos tiroteios em escolas americanas, a barbárie do ataque às torres gêmeas e o suicídio coletivo de 918 fiéis, promovido pelo pastor Jim Jones em 1978, dão conta deste mecanismo, onde a casa 9 “doente” exerce um papel fundamental.

Foi o que ocorreu em Blumenau, acrescido agora de mais um complicador, pois o ingresso de Plutão em Aquário coloca sob tensão, pelos próximos 21 anos, tudo aquele que o signo oposto, Leão, significa: artistas, criadores e também crianças e jovens em quem se depositam as esperanças da sociedade.

Acresce que Plutão, planeta significador das camadas mais arcaicas da memória coletiva, tem um difícil diálogo com Aquário, signo relacionado à inventividade tecnológica e ao anseio por uma sociedade fraterna e igualitária. Em aparente contradição, os conteúdos primitivos passam a ter à disposição o mais contemporâneo dos canais: as redes sociais, com seus algoritmos sem compromisso com a ética, e o mundo dos games e comunidades fechadas da dark web, que cultuam ideais de violência. Hora de atenção redobrada.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Constelar – Fernando Fernandse (@constelar.astrologia)

Curso online: Astrologia Vocacional – Início: 18 de junho. Inscrições abertas.

Astrologia e Trabalho

Explore também:

A tragédia do incêndio do Joelma

PC Farias, uma vida rocambolesca contada nos trânsitos

O avesso do avesso: São Paulo, cidade aquariana

Arquivado em: Brasil, Símbolo e Mito Marcados com as tags: Brasil, Região Sul, religião, tragédias

Sobre Fernando Fernandse

Jornalista, astrólogo, educador e profissional de RH. Editor de Constelar e diretor da Escola Astroletiva, pioneira na formação a distância em Astrologia. Foi Diretor Técnico do SINARJ - Sindicato dos Astrólogos do Estado do Rio de Janeiro. Nascido Fernando Fernandes, trocou as letras da última sílaba para não ser mais confundido com seus 87 homônimos. Veja a relação completa de artigos ou entre em contato com Fernando Fernandse.

Escola Astroletiva 2024

Seções

  • Astrologia Mundial
  • Astrólogos
  • Bases
  • Brasil
  • Cinema e TV
  • Colunas
  • Comportamento
  • Esporte
  • Fernando
  • História e Cultura
  • Literatura e Arte
  • Livros
  • Mapas nacionais
  • Memória
  • Multimídia
  • Novas Propostas
  • O Céu e Você
  • Personalidades
  • Presságios
  • Previsões
  • Profissão
  • Saúde
  • Símbolo e Mito
  • Teoria
  • Tradicional
  • Email
  • Facebook
  • Twitter

ACERVO 1998-2013

  • Arquivo por edição
  • Arquivo por autor
  • Índice Temático

Nuvem de Assuntos

1999 2000 2001 2002 2004 2007 2008 2011 2012 América Latina antiguidade Brasil cultura de massa eleições epidemias Estados Unidos Europa Futebol graus simbólicos Grécia guerras história Islamismo Júpiter lunações Marte mitologia Música Netuno perfis Plutão política previsões Psicologia Região Sul religião retificação Rio de Janeiro Saturno São Paulo tragédias trânsitos Urano Vênus Ásia

CONSTELAR, ANO 27

Constelar é um site voltado para a difusão da astrologia de boa qualidade produzida por autores brasileiros e do mundo latino. Em atividade desde 1998, reúne um dos maiores acervos em língua portuguesa. Logomarca: representação pré-histórica das constelações de Virgem-Libra, Pedra do Ingá, PB.

Últimos artigos

  • Bussunda, o humor jupiteriano dos Cassetas
  • Um mago na Lua Cheia em Sagitário
  • Sete pontos sobre Lilith
  • Paquistão e Índia, os gêmeos briguentos
  • Lua Nova de Gêmeos: a irresponsável leveza do cisne

Copyright © 2025 · Constelar, um olhar brasileiro em Astrologia · Editor: Fernando Fernandse · Terra do Juremá Comunicação Ltda.

Copyright © 2025 · Metro Pro Theme em Genesis Framework · WordPress · Login