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História da Astrologia 1: Mesopotâmia, Grécia e Roma

31/07/2024 por Cristina de Amorim Machado

Uma breve História da Astrologia em três capítulos. Nesta primeira parte, conheça os primórdios, ainda na antiguidade, da fascinante aventura da relação do homem com o cosmo. Foi no tempo de Gudea, rei de uma pequena cidade-estado sumeriana chamada Lagash, há 4200 anos atrás, que ocorreu o registro das primeiras anotações astrológicas. Era o ponto de partida de um dos saberes mais antigos do mundo — e também um dos mais permanentes.
Gudea, rei de Lagash, na Suméria.

Estátua de Gudea, patesi (rei) da cidade-estado de Lagash, na Suméria (aproximadamente 2122-2102 a.C.).

Introdução

A astrologia é praticada há milênios, nas suas mais diversas formas, por todas as sociedades do planeta. Desde os mais remotos grupamentos humanos que se tem notícia, até a civilização planetária atual, passando por todas as culturas orientais e ocidentais, não houve sequer uma época em que o homem não olhasse para o céu, buscando uma compreensão maior do mundo ao seu redor ou, pelo menos, uma orientação para o seu dia a dia. Para isso, com base nos ciclos regulares que observou na natureza, o homem estabeleceu relógios, calendários e sistemas astrológicos.

É claro que não se pretende aqui dar conta de todas essas variedades de sistemas astrológicos, p.ex., as astrologias orientais, devido à extensão e à complexidade desse tema, tendo em vista o enraizamento da prática astrológica até os dias de hoje nas culturas do oriente, totalmente diversas das culturas que se estabeleceram a princípio na Europa e, depois, em suas áreas de influência cultural, como as Américas. Não se trata aqui também das astrologias pré-colombianas, nem de qualquer outra que não seja a chamada “astrologia ocidental”, assunto que já é suficientemente amplo.

Apesar da diversidade de técnicas e práticas, é possível afirmar que o postulado fundamental de qualquer astrologia é que há uma relação entre um determinado conjunto de eventos celestes, concebidos do ponto de vista geocêntrico, e certos eventos terrestres.

No mundo ocidental, segundo Lynn Thorndike [1], o sistema astrológico foi considerado lei universal da natureza até Newton. Trata-se, portanto, de um saber coeso, cuja finalidade seria entender os acontecimentos na Terra por meio da suposta relação com certos fenômenos regulares e previsíveis que ocorrem no céu. Se essa é uma relação simbólica apenas ou física de fato, teremos a oportunidade de pensar aqui.

Tendo isso em vista, a capacidade preditiva da astrologia não só é algo plausível, considerando-se a previsibilidade do movimento celeste, como foi uma das suas principais aplicações durante milhares de anos. O que não significa que o nosso destino esteja escrito nas estrelas. Segundo Plotino, “O movimento dos astros indica os eventos futuros, e não os produz, como se crê frequentemente” [2]. Logo, essa indicação dos astros não teria um caráter determinístico, e sim denotativo, expressando uma predisposição para que certos eventos ocorram.

Notas:

[1] cf. THORNDIKE, L. “The true place of astrology in the history of science” in Isis. 1955 — p. 273-278

[2] PLOTINUS. Ennead II-3-1. Tradução de A.H. Armstrong. Cambridge: Harvard University Press, 1966 — minha tradução e meu grifo

Primeiros registros: Mesopotâmia, Grécia e Egito

A astrologia ocidental é parte integrante da herança cultural recebida do Oriente Médio. Sua origem ainda é discutida [3], mas os primeiros registros documentados de que se tem notícia atualmente foram feitos em escrita cuneiforme sumeriana sobre tabuinhas de argila [4], e são originários da região de Lagash, governada por Gudea (aproximadamente 2122-2102 a.C.). Entretanto, o principal documento da astrologia mesopotâmica que nos restou é o Enuma Anu Enlil, uma compilação de cerca de setenta tabuinhas encontradas na biblioteca real de Nínive, escritas no século VII a.C., que incorporam material mais antigo. [5]

Costuma-se atribuir a Berose, sacerdote babilônico enviado à Grécia após a conquista da Mesopotâmia por Alexandre (331 a.C.), a responsabilidade por levar a astrologia mesopotâmica para a Grécia. Contudo, Tamsym Barton refere-se a Sudines, um adivinho babilônico, que viveu cerca de uma geração após Berose, como “primeiro indivíduo datável citado como fonte por pelo menos um astrólogo” [6]. Esse astrólogo, que cita Sudines, é Vettius Valens (século II d.C.).

Barton conta também que há quem atribua ao astrônomo grego, Hiparco (século II a.C.), a responsabilidade pela popularização da astrologia. “Entretanto, a maioria dos historiadores modernos tem menos inclinação que os antigos a identificar indivíduos como responsáveis por desenvolvimentos intelectuais, e olham preferencialmente para as circunstâncias do período a fim de explicar o intercâmbio de ideias.” [7]

Dessa maneira, não faz sentido atribuir a um ou mais indivíduos a responsabilidade pela difusão do sistema astrológico. Berose e Sudines seriam, portanto, exemplos das migrações de indivíduos da Mesopotâmia para a Grécia, que ocorreram após as conquistas de Alexandre, responsáveis pela transmissão das tradições mesopotâmicas.

Independentemente de não ser possível datar com precisão se a astrologia grega começou realmente no século III a.C, tudo indica que, conforme as evidências mencionadas anteriormente, ela partiu da Mesopotâmia e foi levada para a Grécia, onde ganhou a aparência de ciência [8]. É no mundo helênico, portanto, especialmente na Alexandria de Ptolomeu (século II d.C.), que se dá a grande sistematização da astrologia, provavelmente também com influências indianas.

Ptolomeu

‘King Ptolemy’ as patron of the liberal art of astronomy, from an anonymous fifteenth-century MS (Unibibliothek Salzburg, M III 36 242 v), detail.

Em seu artigo, A influência de Aristóteles na obra astrológica de Ptolomeu (O Tetrabiblos), Roberto Martins faz uma análise do Tetrabiblos, comparando-o com outras obras da época, e demonstra que a grande influência de Ptolomeu, ao contrário do que afirma a interpretação tradicional, é de Aristóteles e não dos estoicos [9], considerando-se que a filosofia aristotélica admite que eventos terrestres, como os fenômenos meteorológicos, as marés, as formações rochosas e a geração de vida na Terra, sejam afetados pelos movimentos dos corpos celestes, conforme postula a astrologia [10].

Além disso, a concepção de mundo na qual Aristóteles se insere, que é apresentada no Timeu [11], de Platão, é absolutamente compatível com o sistema astrológico. Segundo Marcus Reis, em texto ainda não publicado, há pelo menos quatro pontos importantes no Timeu que corroboram isso: 1) visão teleológica da realidade, que nos possibilita dar sentido aos fenômenos celestes e traçar uma relação com os terrestres; 2) isonomia entre o cosmos, a cidade e o homem, i.e., essas três instâncias da realidade possuem estruturas semelhantes e correlatas; 3) estudo das características e funções dos quatro elementos (fogo, terra, água e ar); 4) o homem deve buscar pautar sua vida e sua alma de acordo com as revoluções dos orbes celestes.

Há que se mencionar também a contribuição egípcia, que influenciou mais a astrologia hermética, fundada em textos herméticos [12] e gnósticos, nos quais o contexto religioso é preponderante. Entretanto, segundo Barton, os textos atribuídos a Nechepso e Petosiris, ou aos “antigos egípcios”, que são considerados textos herméticos pela tradição, parecem uma versão egípcia da literatura astrológica mesopotâmica [13].

O fato é que não é possível ter certeza de que a chamada astrologia helenista tenha sido desenvolvida no Egito, embora, ao longo do século I da era cristã, essa tenha sido a crença vigente, até porque Alexandria tornou-se o centro, não só astrológico, mas intelectual do mundo ocidental. Dessa maneira, muitos astrólogos cultivavam ou faziam referência aos textos herméticos.

Notas:

[3] Suméria/Babilônia para alguns, Egito para outros, ou alguma outra civilização que nos teria deixado seus fragmentos, considerando-se a referência documentada a uma prática ainda mais antiga. Essa discussão existe há muito tempo, constando, p.ex., em obras como o De divinatione, de Cícero, na qual ele duvida dos 470 mil anos de idade atribuídos à astrologia.

[4] Cabe lembrar que a Suméria ficava na região sul da Mesopotâmia, e a Acádia, na região norte. A escrita cuneiforme foi inventada pelos sumérios e tornou-se, já no reino da Babilônia (segundo milênio a.C.), sinônimo de poder e prestígio para uma elite aristocrática que, além de registrar detalhadamente as observações celestes, para fins de calendário, agricultura e astrologia, redigiu leis, como o famoso “Código de Hammurabi” [cf. Hammurabi, Rei da Babilônia. O código de Hammurabi. Tradução de E. Bouzon (do original cuneiforme). Petrópolis: Ed. Vozes, 1976]

[5] cf. BARTON, T. Ancient astrology. London & NY: Routledge, 1994 — p. 10

[6] ibid — p. 23 — minha tradução

[7] idem

[8] Pode soar anacrônico o uso do termo “ciência” no contexto grego, dado que no mundo antigo nunca houve uma distinção clara entre ciência e religião, como há atualmente. Entretanto, como esse assunto será discutido mais detalhadamente no próximo capítulo, reservemo-nos o direito de usar esse termo num sentido lato, abarcando inclusive o impulso científico de pensamento abstrato, análise, dedução e pesquisa dos povos mesopotâmicos [cf. BARTON, T. Ancient astrology. London & NY: Routledge, 1994 — p. 31]
[9] cf. mais informações sobre o estoicismo e a astrologia na próxima seção.

[10] cf. MARTINS, R. A. “A influência de Aristóteles na obra astrológica de Ptolomeu (O Tetrabiblos)” in Trans/Form/Ação. SP: 1995 — p. 51-78

[11] PLATÃO. Timeu — Crítias — O segundo Alcibíades — Hípias Menor. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001

[12] A origem do hermetismo remonta a Hermes Trismegisto, personagem semidivino do Antigo Egito. Platão e Pitágoras são considerados “iniciados” na filosofia hermética, Bruno e Campanella defenderam o hermetismo, e Copérnico cita Hermes na introdução do De Revolutionibus.

[13] cf. BARTON, T. Ancient astrology. London & NY: Routledge, 1994 — p. 31

O boom em Roma e Alexandria

Em Roma, a astrologia aporta como parte da cultura da Grécia, conquistada no período de 229-146 a.C., tendo sido absorvida e popularizada por essa cultura. Por volta do século I a.C., já se tem notícia de astrólogos romanos: Tarutius de Firmum e Publius Nigidius Figulus, que também era senador e aliado político de Cícero.

O estoicismo, escola filosófica que influenciou consideravelmente a elite romana, foi um dos principais elementos responsáveis pela respeitabilidade atribuída à astrologia em Roma. Desde o século III a.C. os estoicos defendiam todo tipo de prognóstico. Posidonius (135-50 a.C.), p.ex., foi uma figura de relevo na popularização da visão estoica acerca do destino. Contudo, não se deve exagerar tal influência, dado que filósofos e astrólogos eram ocasionalmente expulsos de Roma.

Segundo Barton, conforme a república oligárquica foi declinando e a monarquia se impondo, a astrologia foi ganhando status. Os senadores precisavam ter os astrólogos sob controle do estado, pois as decisões eram tomadas pelo Senado e não por um indivíduo. Por outro lado, os imperadores usavam os astrólogos para legitimar suas posições, o que fortaleceu a ideia da infalibilidade da astrologia. Entretanto, essa era uma faca de dois gumes, dado que ela também seria infalível para os rivais do trono, daí as tentativas de regulamentar a astrologia.

Não é novidade para ninguém que Augusto, governante de 30 a 14 a.C., mandou cunhar o símbolo do Capricórnio nas moedas romanas. A obra em versos de Manilius, o Astronomicon, estava sendo escrita nessa época. Segundo consta, Tiberius, o governante tirânico posterior a Augusto, foi o primeiro a contar com um astrólogo em sua corte. Ele chamava-se Thrasyllus, provavelmente o responsável por levar a astrologia hermética para Roma, e primeiro de uma linhagem de astrólogos com o mesmo nome.

Dorotheus de Sidon escreveu em versos, como Manilius, provavelmente entre 25 e 75 da nossa era, também fazendo referência à tradição hermética. Sua obra foi utilizada e conservada por outros astrólogos, como Firmicus Maternus (século IV), Hephaestion de Tebas (século IV) e Retorius (século VI).

Ao contrário de Ptolomeu, cuja obra dedica-se exclusivamente a sistematizar a teoria astrológica, o astrólogo Vettius Valens é uma fonte fundamental sobre como era a prática astrológica no século II d.C. Em sua obra, Anthologiae [14], compilou cerca de 130 mapas. Natural da Síria, Valens escreveu com dificuldade em grego — esse era o pré-requisito para um escritor ser levado a sério —, provavelmente, entre 154 e 174.

Cícero (século I a.C.) fez muitas críticas à astrologia, que são tratadas por Ptolomeu bem no início do Tetrabiblos [15]. A maioria delas diz respeito ao determinismo astrológico, mas, como mencionado antes, a maior influência de Ptolomeu foi provavelmente aristotélica e não estoica, e o tipo de astrologia que preconizava era não fatalista, conseguindo dar conta dessas críticas sem grandes problemas, associando a ideia de tendência, igualmente usada na meteorologia. Sextus Empiricus (século III) também fez críticas em relação ao determinismo astral.

À esquerda: Posidonius (135-50 a.C.), pensador importante na divulgação da filosofia estoica; à direita, Plotino, filósofo neoplatônico do século III da era cristã. No topo da página, uma versão renascentista da obra de Firmicus Maternus.

O filósofo neoplatônico, Plotino (século III da era cristã), ataca a astrologia fatalista, ressaltando, assim como Ptolomeu já o fizera no Tetrabiblos, os diversos outros fatores que determinam o destino. Em suas Enéadas [16], ele admite que as estrelas indicam o futuro, numa escrita que pode ser lida por quem é capaz de usar a analogia sistematicamente.

Plotino fazia críticas aos astrólogos e suas práticas, e não à astrologia. Assim como Plotino, é possível afirmar que, até a conversão de Constantino (312 d.C) — o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo —, ninguém negava que as estrelas “influenciavam” os eventos na Terra. Duvidava-se frequentemente, entretanto, da capacidade de os astrólogos preverem tais eventos.

Notas:

[14] VALENS, V. Anthologies. Tradução de Joëlle-Frédérique Bara. Leiden: E.J. Brill, 1989

[15] PTOLÉMÉE. Tetrabiblos. Tradução de Nicolas Bourdin / Revisão de André Barbault. Paris: Philippe Lebaud Éditeur, 1986

[16] cf. PLOTINUS. Ennead II-3-1. Tradução de A.H. Armstrong. Cambridge: Harvard University Press, 1966

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Sobre Cristina de Amorim Machado

Cristina de Amorim Machado é bacharel em Filosofia pela UERJ, mestre em Filosofia pela PUC-Rio e doutora em Letras pela PUC-Rio. É professora na Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Paraná, membro da Academia Celeste e autora do livro O papel da tradução na transmissão da ciência: o caso do Tetrabiblos de Ptolomeu. Desde a graduação, pesquisa a Astrologia e sua relação com as ciências. Veja todos os artigos ou entre em contato com Cristina.

Comentários

  1. Eliane Caldas diz

    22/08/2024 em 23:18

    Muito obrigada, Cristina por compartilhar seus valiosos conhecimentos.

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