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Américo Vespúcio e a certeza de um novo continente

02/05/2025 por Raul Varella Martinez

Como Américo Vespúcio pôde constatar que as terras descobertas eram um novo continente, e não apenas a costa oriental das Índias, como imaginava Colombo? A explicação está nos conhecimentos astronômicos da época, num tempo em que Astronomia e Astrologia eram praticamente o mesmo saber.

Americo VespúcioDo site feiradeciencias.com.br:

Américo Vespúcio mediu sua longitude na latitude de 10ºN observando uma conjunção de Marte com a Lua. Deduziu, de várias observações, que a conjunção ocorreu às 6:30h da tarde, hora local, isto é, exatamente seis horas e meia após o meio-dia local. Um almanaque preparado pelo astrônomo Regiomontanus predizia que a conjunção teria lugar à meia-noite de Nuremberg. Quando eram 24h em Nuremberg, eram 18h30 no navio. A hora local de Vespúcio era exatamente 5h e 30min menos que em Nuremberg. Sua longitude, portanto, era de 5,5 x 15º, ou seja, 82,5º a oeste de Nuremberg.

De http://www.amp.esp.br/gps.htm:

No dia 23 de agosto de 1499, o navegador italiano Américo Vespúcio acreditava estar navegando pelas costas das Índias, baseado nos relatos de seu colega e patrício Cristóvão Colombo. Levava a bordo de sua caravela um Almanaque — livro que lista as posições e os eventos relacionados aos corpos celestes — que previa o alinhamento da Lua com Marte para a meia-noite daquele dia. Vespúcio esperou até quase o amanhecer para observá-lo.

Sabendo que a referência dos dados contidos no Almanaque era a cidade de Ferrara, na Itália, avaliou a diferença de tempo entre as duas observações e, com o valor do diâmetro da Terra já conhecido, pôde calcular a que distância se encontrava de Ferrara — sua longitude. Concluiu que não poderia estar nas costas das Índias e afirmou categoricamente que Colombo havia descoberto um novo continente. Foi a primeira pessoa a saber a verdade sobre o Novo Mundo. O nome AMÉRICA homenageou-o e perpetuou esse romântico acontecimento.

Da Wikipédia, enciclopédia livre:

Em meados de 1499 Américo Vespúcio passou ao largo da costa norte da América do Sul, acima do rio Orinoco, como integrante da expedição espanhola de Alonso de Ojeda, a caminho das Índias Ocidentais.

Américo Vespúcio partiu no dia 18 maio de 1499 de Cádiz (Espanha), no comando de uma caravela, ao lado de Alonso de Ojeda e Juan de la Cosa, em frota de quatro navios, que pretendia seguir a rota da terceira viagem de Colombo. Na costa norte da América do Sul, no dia 23 de agosto de 1499, Vespúcio acompanhou um alinhamento da Lua com Marte, previsto no Almanaque que levava a bordo para a meia-noite desse dia — hora de Nuremberg, na Alemanha. Tinha particular interesse nessa observação, pois a diferença do horário em que o alinhamento fosse visto do barco e a meia-noite de Nuremberg (49°27′ N e a 011°04′ E), lhe permitiria ter a longitude geográfica do lugar onde se encontrava.

O termo alinhamento possivelmente se aplicava a astros com a mesma ascensão reta. Não há referências a efemérides ou a almanaques com posições planetárias calculadas para Ferrara — que tem longitude próxima à de Nuremberg —, mas há referências a efemérides de Regiomontanus, em particular a uma delas, que trata da determinação de longitudes terrestres.

Do texto que está em http://www-groups.dcs.st-and.ac.uk/~history/Biographies/Regiomontanus.html:

Regiomontanus descreve como a posição da Lua pode ser usada para determinar a longitude de um lugar, em suas Efemérides calculadas para os anos 1474-1506, que publicou e imprimiu em Nuremberg.

Em http://gallica.bnf.fr estão disponíveis cópias de edições de outras efemérides de Regiomontanus — infelizmente não da referida acima.

A ilustração (do site da Universidade Estadual da Georgia) mostra como se mede a ascensão reta (right ascension), que nada mais é do que a distância em graus sobre o plano do equador celeste de um ponto qualquer ao ponto vernal — ou seja, o ponto onde o equador é cortado pela eclíptica, que marca o início do zodíaco (zero de Áries). Comparando coordenadas celestes com terrestres, a ascensão reta corresponde à longitude, enquanto a declinação corresponde à latitude.

As observações astronômicas diretas, da Lua e planetas, somente podiam ser feitas à noite e com o céu não encoberto; se destinadas a cálculo de longitude terrestre, se deveria dispor também dos horários locais das observações — feitas normalmente considerando as ascensões retas (AR), por serem mais facilmente observáveis que as longitudes dos astros. No hemisfério norte, onde é visível a estrela Polar, em torno da qual todos os corpos do céu giram, a constatação de ascensões retas iguais se dá de forma ainda mais fácil que no hemisfério sul.

A caravela de Vespúcio estava no hemisfério norte. Assim, a Lua e Marte, com a mesma ascensão reta, estavam situados no mesmo meridiano — que, por sua vez, passa pela estrela Polar. Os ângulos das ascensões retas são medidos a partir de 0º de Áries, em horas, minutos e segundos (1 hora = 15º) ou em graus, minutos e segundos — medidos para Oeste, de 000º a 360º. No hemisfério Norte, a altura da estrela Polar fornece a latitude geográfica do lugar.

À meia-noite do dia 23.08.1499 (calendário Juliano), ou 0h do dia 24.08.1499, LMT de Nuremberg, a ascensão reta da Lua era 15º28′ e a de Marte 13º58′. Suas longitudes também apresentavam diferença para esse horário: a longitude da Lua era 14º50′ de Áries, e a de Marte, retrógrado, 13º07′ de Áries. A conjunção da Lua com Marte, ambos com a longitude 13º08′ de Áries, se deu às 20:45 LMT do dia 23, horário de Nuremberg. A Lua e Marte estiveram alinhados, com as mesmas ascensões retas (13º59′), às 20:54 LMT.

Depois que o Sol se pôs, Vespúcio teve que esperar até que Marte, seguido pela Lua, surgisse no horizonte — o que ocorreu em torno das 20:15 LMT do lugar onde estava o barco (possivelmente com longitude em torno de 70º Oeste de Greenwich). A Lua se tornou visível já tendo ultrapassado Marte da ordem de 2º30′, ou seja, ela esteve (exatamente) alinhada com Marte quando ambos ainda se encontravam abaixo do horizonte do lugar, cerca de cinco horas antes das 20:15 do barco (2,5 x 2h = 5h, o movimento da Lua nesse dia foi de 12º32′).

A Lua e Marte estiveram em conjunção (mesma longitude) quando eram 15:15 LMT (aproximadamente) no barco, e estiveram com a mesma AR às 15:22 LMT. A diferença desse horário para as 20:54 em Nuremberg (quando estiveram alinhados exatamente), é da ordem de 5 horas e 30 minutos. Como cada hora corresponde a 15º, essa diferença de horários equivale a 80º30′. Ou seja, o meridiano do barco estava a cerca de 80º30′ do meridiano de Nuremberg — ou ainda, a cerca de 69º30′ de Greenwich.

Como nessa viagem Vespúcio esteve contornando a parte norte da América do Sul, pode-se admitir que essa observação astronômica se deu nessa região, não longe da costa, com Latitude pouco acima dos 10º ou 11º Norte. Mesmo considerando as diferenças de horário das efemérides e alguma outra diferença ligada à observação, Vespúcio tinha elementos seguros que lhe permitiam afirmar que Colombo havia descoberto um novo continente, que com certeza estava a Oeste da Espanha, e não a Leste, onde estavam as Índias. Como o valor do diâmetro da Terra já era conhecido, Vespúcio podia também avaliar a que distância aproximada seu barco se encontrava de Nuremberg ou da Espanha.

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Sobre Raul Varella Martinez

Raul Varella Martinez nasceu em 1926, em São Carlos, SP. Formado em Engenharia Civil pela USP em 1951, iniciou suas pesquisas na área astrológica em 1968. Em 1979 auxiliou Juan Alfredo Cesar Muller a ministrar o primeiro Curso de Extensão Universitária de Astrologia Aplicada no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Entre 1986 e 1994 ministrou e foi professor responsável por cursos anuais de Extensão Universitária, em Astrologia, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista. Colaborou continuamente com Constelar desde 1998 até o ano de sua morte. Faleceu em 13 de julho de 2010, aos 84 anos. Veja todos os artigos de Raul Varella Martinez.

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