A Astrologia como fonte
diagnóstica
A sabedoria astrológica mostrou-se, ao longo
do tempo em que trabalho no atendimento a pessoas, o melhor instrumento
de diagnóstico em seu sentido de discernimento e de "ver
através de".
Enquanto o médico tem diante de si, além
da escuta e de sua sensibilidade, exames de seu paciente, o psicoterapeuta
pode ter um mapa da psique de seu cliente a partir do conhecimento
de seu Mapa Natal seguido de trânsitos, progressões,
revoluções e todo o instrumental que a astrologia
coloca ao alcance daqueles que estão dispostos a conhecê-la
e valorizá-la.
Através destas técnicas, podemos "ler"
de forma mais clara e objetiva as questões muitas vezes confusas
que a pessoa nos traz, ver seus potenciais ainda não aproveitados
ou em formação e mutação, reduzir projeções,
nos situarmos no tempo do aparecimento dos sintomas, além
de permitir perceber o momento social que pode estar na raiz de
algumas questões individuais.
O processo de análise e a descoberta dos mecanismos
inconscientes estão plenamente vinculados às funções
de Mercúrio e Plutão e aos signos de Virgem e do Escorpião.
Sob o ponto de vista da linguagem astrológica,
penso que a Terapia, em seu sentido mais amplo, está ligada
ao simbolismo Sol-Lunar. O Sol, como representante da vida e da
saúde, atua através de Mercúrio enquanto higiene;
e a Lua aborda os aspectos emocionais e os cuidados protetores que
a preservam.
A Astrologia nos ensina claramente que passamos por
grandes ciclos de mutação, não apenas individuais,
mas também sociais. Viemos de uma cultura que priorizou excessivamente
a matéria e o intelecto e estamos à beira de mudar
estes valores para aceitar melhor o sentimento e a intuição
como percepções e aptidões de igual importância.
Os jovens hoje já se comunicam melhor por
imagens que por palavras e, às vezes, torna-se difícil
para as pessoas que os cercam perceber que não precisam das
aptidões e recursos verbais para entender a vida.
De uns tempos pra cá, tenho visto alguns casos
de pessoas que têm, na família, crianças rotuladas
de autistas e tratadas como tal. Ao ver os mapas destas crianças
"autistas", noto uma predominância do elemento Água
e, com a ajuda da sabedoria astrológica, me sinto segura
para duvidar destes diagnósticos pautados em conhecimentos
viciados e preconcebidos.
Este é apenas um exemplo de como, através
deste instrumento amplo e profundo, podemos chegar a uma compreensão
maior de nós mesmos, ajudar os outros e limpar as lentes
com que vemos a sociedade e suas mutações culturais.
Conheça outros textos de Angela
Schnoor.
Discutindo em grupo a Terceira Idade
Em 10 de julho de 2004 vários profissionais
bem conhecidos dos freqüentadores dos cursos e eventos
da Escola Rio Constelar estiveram presentes como palestrantes
no evento EcoArraial, promovido pela Casa de Francisco de
Assis, tradicional ONG no bairro de Laranjeiras. Contudo,
não se falou nem uma vez em Astrologia. O tema foi
a Terceira Idade, enfocada sob diversos aspectos. Waldemar
Falcão discutiu o papel do idoso como referência
para a comunidade em culturas mais tradicionais, como a da
Índia, em contraste com a desvalorização
da velhice na imediatista sociedade de consumo do ocidente.
A médica homeopata Roseane Debatin, em parceria com
a dermatologista Angela Bilotta, deu resposta às dúvidas
do público feminino sobre menopausa, reposição
hormonal e cuidados com o envelhecimento, enquanto, em outra
sala, Fernando Fernandes, utilizando um enfoque de RH, coordenava
um debate só para homens sobre o choque da aposentadoria
na vida do profissional maduro.
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Homens de 45 a 80 anos
discutem seus problemas (acima) enquanto Roseane (direita)
explica a menopausa. No final, todos desenham (esquerda). |
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A última atividade, e mais divertida,
foi conduzida por Angela Schnoor, que dividiu a platéia,
onde predominavam os cabelos brancos, em grupos que tinham
por incumbência idealizar um belo jardim e depois desenhá-lo.
Em menos de quinze minutos sisudos senhores e respeitáveis
senhoras estavam espalhados pelo chão, manipulando
tintas e canetas para produzir obras coletivas. Angela utilizou
o exercício - todo desenvolvido sob o enfoque da arteterapia
- para discutir as projeções dos participantes
em relação à terceira idade e como tornar
mais positivas as expectativas em torno do envelhecimento.
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Eis o resultado do trabalho de um dos grupos: sóis,
anjos, árvores e flores, numa emergência de símbolos
verdadeiramente universais.
(Fotos do EcoArraial: Adriana
Amorim)
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