• Quem somos
  • Escola Astroletiva
  • Contato

Constelar

Um olhar brasileiro em Astrologia

  • Astrologia Aplicada
    • Cinema e TV
    • Comportamento
    • Esporte
    • Literatura e Arte
    • Personalidades
    • Saúde
  • Comunidade
    • Astrólogos
    • Memória
    • Multimídia
    • Profissão
    • Livros
  • Técnica
    • Bases
    • Novas Propostas
    • Símbolo e Mito
    • Teoria
    • Tradicional
  • Colunas
    • O Céu e Você
    • Agenda
    • Fernando
  • Astrologia Mundial
    • Brasil
    • História e Cultura
    • Mapas nacionais
    • Previsões
    • Presságios
Você está em: Home / Astrologia Mundial / Brasil / O regime militar e o exílio de Oscar Niemeyer

O regime militar e o exílio de Oscar Niemeyer

17/02/2018 por Dimitri Camiloto

A partir da instauração do regime militar em 1964, a permanência de Oscar Niemeyer no Brasil torna-se impossível. Durante mais de dez anos o arquiteto sagitariano vive o exílio e espalha suas obras pelo mundo inteiro.

Os militares entram em cena

Ditadura militar do Brasil

A ditadura militar no Brasil tornou a vida de Niemeyer insuportável.

Como é sabido, após o governo de Juscelino Kubitschek o Brasil entrou numa grave crise política que resultou no Golpe de 64. Entre 1961-63, Oscar Niemeyer publicou Minha Experiência em Brasília, foi nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém-criada Universidade de Brasília, viaja ao Líbano a trabalho e torna-se membro honorário do American Architect Institute (EUA). Recebeu ainda o Prêmio Lênin Internacional da Paz, na UnB, concedido pelo governo soviético.

Em 1964, numa viagem de seis meses a Israel, quando criou a Universidade de Haifa e mais uma série de projetos, além de outra universidade em Gana, Niemeyer é surpreendido pela notícia do golpe militar no Brasil. Retorna ao país em novembro, quando é chamado pelo DOPS para depor e reafirma seu apoio à Cuba.

No ano seguinte, demite-se da UnB com mais 200 professores, em protesto contra a política universitária.

Niemeyer e o Golpe de 64

Niemeyer e o Golpe de 64

Na figura acima vemos o instante em que teve início o golpe militar no Brasil (01.04.1964, 2:00am [hora local], Juiz de Fora) sobre o mapa de Oscar Niemeyer. Urano estava em conjunção aplicativa com Plutão, na casa IV do arquiteto. Se Niemeyer fora capaz de transformar radicalmente a geografia e a política do país ao participar decisivamente na criação de Brasília, a nação seguia agora radicalizando o seu próprio processo de “metamorfose”, principalmente depois que Urano e Plutão dirigiram-se à conjunção com o Sol do Brasil, nos meses seguintes.

De certa forma, podemos concluir que a oposição Lua-Vênus do golpe, por cair no eixo Ascendente-Descendente de Niemeyer, revela que um comunista como ele era um dos principais visados. Afinal, o arquiteto recebera o Prêmio Lênin no ano anterior e era filiado ao PCB. A Grande Cruz de abril de 1964 é praticamente angular para Niemeyer, incidindo sobre Saturno transitando pelo seu Meio do Céu. Este quadro explica o convite para depor logo após o retorno ao Brasil. À medida que Urano e Plutão intensificava a oposição a Marte e Saturno natais, os militares passam a criar condições cada vez mais desfavoráveis para que pudesse desenvolver o seu trabalho.

Note que o Ascendente do golpe cai sobre a sua casa IX, assim como a conjunção Mercúrio-Júpiter estava em trígono com o Sol natal em Sagitário. A saída para Niemeyer seria, inevitavelmente, o exterior, através de países e instituições com os quais desenvolveria suas “novas parcerias” (Sagitário/Casa VII).

Sede do Partido Comunista Francês (1967)

Sede do Partido Comunista Francês (1967)

A situação fica ainda mais insustentável e, em 1967, o arquiteto que colaborou na tentativa de criar uma nova concepção de administração e governo no Brasil decide exilar-se em Paris. Passa a trabalhar em diversos países europeus e árabes, realizando os projetos da sede do Partido Comunista Francês, da Universidade de Constantine (Argélia) e a editora Mondadori (Milão).

Trânsitos para Niemeyer 1964-1967

Trânsitos para Oscar Niemeyer entre o Golpe de 64 e o final de 1967

A imagem acima mostra o deslocamento dos planetas lentos entre o golpe militar e o fim de 1967 para o mapa de Oscar Niemeyer. Ao final daquela “primeira fase” do novo regime, Júpiter chegava ao Fundo do Céu do criador de Brasília, intensificando e acelerando as mudanças profundas ocorridas em seu país natal durante os anos 1964-67 e que têm relação direta com a conjunção Urano-Plutão e o trânsito de Saturno em Peixes.

Este foi certamente um dos momentos mais decepcionantes e trágicos de Niemeyer, apesar de seu sucesso no exterior. Com o passar do tempo e a radicalização do regime, suas esperanças de mudança social e redenção do proletariado vão se frustrando cada vez mais. A revista Módulo tem a sede destruída, seus projetos começam a ser misteriosamente recusados e clientes a desaparecer. No entanto, é neste triste contexto que sua vida e sua carreira entrarão em nova fase.

Plutão, em 1967 (ano do exílio), formava quadratura exata com a oposição natal entre o Sol e ele mesmo, fechando uma Grande Cruz com Saturno de origem. Urano, no Fundo do Céu, aplicava quadratura a Mercúrio, fechando seus contatos profissionais em sua terra natal [Casa IV, e tome-se ainda Saturno natal afligido, na casa X]. Urano ainda estava em quadratura com o Sol natal (mudanças de rumo). Saturno em Áries, na casa X, formava trígono com Mercúrio natal. Netuno (corregente do Meio do Céu), na casa VI, um trígono com Saturno natal. As oportunidades de trabalhar em sua revolução arquitetônica pessoal não iriam cessar, assim como a enxurrada de prêmios e homenagens.

Progressão Lunar de Niemeyer em 15.12.1967

Progressão Lunar de Niemeyer em 15.12.1967

A progressão lunar de Niemeyer ao final de 1967 fornece dados importantes. A Lua passou sobre sua conjunção entre Netuno e o Nodo Norte e, naturalmente, formou oposição com Vênus e o Nodo Sul natais. Vê-se que o exílio também está diretamente ligado a este setor do mapa de Niemeyer, com suas utopias revolucionárias (Netuno-Nodo Norte) interferindo nos destinos de sua vida (Vênus, regente do mapa). Estas oposições em seu eixo nodal de nascimento sugerem, como disse anteriormente, as idiossincrasias na vida de um arquiteto militante inserido no meio “capitalista”.

Universidade de Constantine (Argélia, 1969)

Universidade de Constantine (Argélia, 1969)

Sol e Marte progredidos faziam aspectos positivos com o Sol natal, favorecendo o prosseguimento de sua carreira e o contato com o exterior (casas IX e XI). Sol e Marte progredidos também estavam em harmonia com Plutão natal, remediando consideravelmente o trauma de Plutão em trânsito fechando a Grande Cruz entre o Sol, Plutão e Saturno. Mercúrio, exatamente sobre Marte, ramificava as oportunidades de trabalho e diversificava o leque de nações e instituições com as quais viria a trabalhar.

Europa, África, Oriente Médio

No início da década de 70, já com mais de 60 anos, recebe uma homenagem do American Architect Institute mas, em protesto contra a guerra do Vietnã, desliga-se da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos. Abre finalmente um escritório em Paris em 1972 e acompanha uma exposição sobre sua obra na Europa no ano seguinte.

Trânsitos Niemeyer 1972

Trânsitos para Niemeyer durante o ano de 1972, quando abre escritório em Paris

No início daquele ano Júpiter, corregente do Meio do Céu, aplicava nova conjunção ao Sol natal, indicando a perspectiva de montar uma estrutura que permitisse atuar no exterior mais facilmente, formalizando de vez o fato de estar radicado fora do Brasil. Uma oposição entre Saturno e Netuno muito próxima ao eixo Ascendente-Descendente indica a triste situação do exilado, cerceado no direito de trabalhar livremente em seu país (Satuno na casa I, em quadratura com Marte natal) e de estar em contato com seus amigos no Brasil (Netuno na casa VII). Por outro lado, Netuno, corregente do Meio do Céu, estava em conjunção com Mercúrio, garantindo inspiração em alta e um mercado cada vez mais favorável no exterior.

Ao final de 1972, Urano na casa V aplicava aspectos positivos à oposição natal entre Sol e Plutão, estimulando sua produção criativa e, talvez, atenuando a decepção com os acontecimentos no Brasil, que na época se encontrava no auge da repressão. Júpiter e o Nodo Norte, em Capricórnio, passavam sobre sua conjunção Vênus-Urano, ampliando os horizontes profissionais e a fé no trabalho, bem como as parcerias.

Em 1976, morria Juscelino Kubitschek. Com isto, ia-se para sempre o parceiro de duas das mais importantes páginas de sua vida, Pampulha e Brasília.

Trânsitos no mapa de Niemeyer em 1976, morte de JK.

Trânsitos no mapa de Niemeyer em 1976, morte de JK.

Note que Mercúrio, Vênus e Marte estavam em posição análoga a Júpiter, Urano e Plutão no drama da perseguição e do exílio em 1967, envolvendo diretamente sua Quadratura T natal. Saturno aplicava quadratura à sua Lua em Touro, que também recebia uma oposição de Urano. A vida de um dos amigos mais queridos chegava ao fim, alguém que era intimamente ligado à sua trajetória pessoal de sucesso e com quem desenvolveu as mais ambiciosas esperanças. Urano, porém, estava em trígono com o Meio do Céu e Júpiter sobre o Ascendente. A vida, claro, continuava, e oportunidades para seguir em frente na carreira não faltavam.

Próxima etapa: Oscar Niemeyer, a vida começa aos setenta (1978-1993)

NIEMEYER, A SÉRIE COMPLETA:

1 – Dos cabarés da Lapa à arquitetura moderna (1907-1927)
2 – Niemeyer, o boêmio que virou marido (1928)
3 – Niemeyer e Lúcio Costa: a descoberta do Modernismo (1934-1939)
4 – Pampulha, a revolução da arquitetura brasileira (1940-1943)
5 – Um comunista na terra do Tio Sam (1945-1947)
6 – Niemeyer e Le corbusier: do Copan ao Ibirapuera (1949-1955)
7 – Brasília, a utopia de Juscelino e Oscar Niemeyer (1956-1960)
8 – O regime militar e o exílio (1964-1976)
9 – Oscar Niemeyer, a vida começa aos setenta (1978-1993)
10 – A paixão aos 99 anos (1997-2007)

Curso online: Astrologia Vocacional – Início: 18 de junho. Inscrições abertas.

Astrologia e Trabalho

Explore também:

Bussunda, o humor jupiteriano dos Cassetas

A tragédia do incêndio do Joelma

PC Farias, uma vida rocambolesca contada nos trânsitos

Arquivado em: Brasil, Personalidades Marcados com as tags: 2007, Brasil, história, Niemeyer, perfis, política

Sobre Dimitri Camiloto

Dimitri Camiloto é astrólogo e terapeuta de Alinhamento Energético/Fogo Sagrado, além de facilitador em rodas de cura e professor. Palestrante e conferencista, já se apresentou em cidades como Rio, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Buenos Aires. Também é Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ. Atualmente desenvolve pesquisas e estudos de Leitura Corporal e Antropologia do Cuidar. Veja todos os artigos ou entre em contato com Dimitri.

Escola Astroletiva 2024

Seções

  • Astrologia Mundial
  • Astrólogos
  • Bases
  • Brasil
  • Cinema e TV
  • Colunas
  • Comportamento
  • Esporte
  • Fernando
  • História e Cultura
  • Literatura e Arte
  • Livros
  • Mapas nacionais
  • Memória
  • Multimídia
  • Novas Propostas
  • O Céu e Você
  • Personalidades
  • Presságios
  • Previsões
  • Profissão
  • Saúde
  • Símbolo e Mito
  • Teoria
  • Tradicional
  • Email
  • Facebook
  • Twitter

ACERVO 1998-2013

  • Arquivo por edição
  • Arquivo por autor
  • Índice Temático

Nuvem de Assuntos

1999 2000 2001 2002 2004 2007 2008 2011 2012 América Latina antiguidade Brasil cultura de massa eleições epidemias Estados Unidos Europa Futebol graus simbólicos Grécia guerras história Islamismo Júpiter lunações Marte mitologia Música Netuno perfis Plutão política previsões Psicologia Região Sul religião retificação Rio de Janeiro Saturno São Paulo tragédias trânsitos Urano Vênus Ásia

CONSTELAR, ANO 27

Constelar é um site voltado para a difusão da astrologia de boa qualidade produzida por autores brasileiros e do mundo latino. Em atividade desde 1998, reúne um dos maiores acervos em língua portuguesa. Logomarca: representação pré-histórica das constelações de Virgem-Libra, Pedra do Ingá, PB.

Últimos artigos

  • Bussunda, o humor jupiteriano dos Cassetas
  • Um mago na Lua Cheia em Sagitário
  • Sete pontos sobre Lilith
  • Paquistão e Índia, os gêmeos briguentos
  • Lua Nova de Gêmeos: a irresponsável leveza do cisne

Copyright © 2025 · Constelar, um olhar brasileiro em Astrologia · Editor: Fernando Fernandse · Terra do Juremá Comunicação Ltda.

Copyright © 2025 · Metro Pro Theme em Genesis Framework · WordPress · Login