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Oscar Niemeyer, a paixão aos 99 anos

17/02/2018 por Dimitri Camiloto

Nos últimos anos de vida, Niemeyer continuou a surpreender. Viúvo em 2004, casou-se de novo por paixão, dois anos depois, com a secretária 40 anos mais jovem. Tinha então 99 anos e era o único brasileiro incluído no grupo dos maiores gênios vivos da humanidade.

Em 1997, por ocasião de seu nonagésimo aniversário, realizam-se diversas mostras no Brasil. Inicia os estudos para o Caminho Niemeyer, em Niterói; o Museu de Arte Moderna de Brasília; a sede da empresa TECNET – Tecnologia e o Paço Municipal de Americana, em São Paulo; e o Centro de Convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro.

Nos dez anos seguintes, o escritório de Niemeyer não parou. Diversos projetos chegavam constantemente do Brasil e do exterior, sendo notório que seus orçamentos custavam o preço normal do mercado, sem especulações exageradas. Não há como listá-los aqui, mas muitos são de grande importância nos campos cultural, político e social.

Em 04.10.2004 morre Annita Baldo, sua esposa por mais de 75 anos. Apesar da fama de mulherengo, que pode ser creditada à Quadratura T entre Sol, Saturno e Plutão nas casas I, VII e X e à conjunção entre Vênus e Urano em Capricórnio em oposição à Netuno, Niemeyer afirma que “nunca dormiu fora de casa, a não ser nos tempos da construção de Brasília”. Ao fazer 100 anos, o arquiteto tinha uma filha, cinco netos, 13 bisnetos e cinco trinetos.

Morte de Annita, esposa de Oscar Niemeyer

Em 04.10.2004 falece Annita Baldo, sua esposa por mais de 75 anos. O horário utilizado é meio-dia.

Neste dia, a Lua em Gêmeos passou sobre Plutão natal, sendo que Plutão em trânsito aplicava conjunção ao Sol em Sagitário, na casa VII. No Meio do Céu (que também diz respeito a assuntos matrimoniais) estava Urano. Oscar Niemeyer perdia a mulher, companheira de tantos anos e que fora decisiva para que “tomasse jeito” na vida durante a juventude.

O casamento com a secretária

Em 2006, um mês depois de ter saído do hospital onde se submeteu a uma cirurgia no quadril, provocada por um tombo em casa, e um mês antes de completar 99 anos, Oscar Niemeyer “surpreendeu” (como ele gosta de dizer) mais uma vez. Na noite de 16 de novembro o arquiteto casou-se com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos, escondido da família. A união, oficializada às 22h30 em seu apartamento em Ipanema, contou com a presença de um juiz de paz, duas testemunhas e um pequeno grupo de amigos. A única filha de Niemeyer, a galerista Anna Maria, 75, era contra o casamento e por isso só soube da cerimônia pela imprensa, no dia seguinte. Em entrevista a Contigo!, a noiva explicou: “É chato ela não ter aceitado. A gente queria fazer as coisas direito, mas não pôde. Foi difícil esconder”.

Niemeyer, a nova esposa e a única filha

Niemeyer, a nova esposa, sua única filha (mais velha que a esposa, por sinal) e mais dois membros de sua família

Apesar do mal-estar, Vera, viúva sem filhos, não escondia a felicidade. A oficialização, segundo amigos do noivo, foi feita para preservar o futuro dela. “Com 60 anos, é lógico que eu não imaginava que isso ainda fosse acontecer. Estou muito feliz. A cerimônia foi simples por causa dessas complicações (com a filha dele), mas foi linda”, ressaltou. Discreta, ela não quis posar para fotos e, a pedido do marido, não liberou imagens do casamento.

Vera trabalha há 15 anos com o arquiteto. Um mês antes do casamento ela mudou-se para a casa de Niemeyer. Como ele ainda não tinha recebido alta, a lua-de-mel que fariam teve de ser adiada. “Não vamos viajar agora, porque Oscar ainda está em fase de recuperação”.

Para um ancião independente financeiramente, é sempre polêmico casar-se com idade tão avançada. Mas Niemeyer não era homem que se dobrasse às convenções e preconceitos sociais, e isto fica evidente por seu mapa natal e trajetória de vida.

Segundo casamento de Oscar Niemeyer

No dia 16.11.2006, às 22:30 [hora local], Oscar Niemeyer casa-se pela segunda vez, no Rio de Janeiro.

No momento em que se casa com sua secretária, uma conjunção entre o Sol, Vênus [regente do mapa] e Júpiter [dispositor do Sol e co-regente da casa X] em Escorpião estava sobre a cúspide do Descendente, sendo que Vênus e Júpiter em conjunção exata. Plutão em Sagitário, que ainda estava sobre o Sol natal, reflete a ousada decisão, que fica marcada pelo trânsito do Nodo Norte por sua Quadratura T de nascimento. Sol, Vênus e Júpiter em Escorpião estavam em trígono com o Nodo Norte e Saturno natal. Urano, sobre Marte natal, ressaltava o desejo de um homem em casar-se aos 99 anos, recebendo trígonos de Mercúrio e Marte. Urano, na casa X, costuma ser indicativo de mudanças no estado civil.

Saturno em Leão [junto da Parte da Fortuna] e o Meio do Céu do casamento fecham um Grande Trígono com o Sol natal e Plutão em Sagitário [casa VII], sugerindo o desejo de solidificar uma união. O Ascendente do casamento, próximo à conjunção entre Netuno e o Nodo Norte, parece apontar que Niemeyer estava mesmo apaixonado.

Niemeyer eleito um dos maiores gênios vivos

Niemeyer é eleito um dos maiores gênios vivos da atualidade.

No dia 29.10.2007, às vésperas de completar 100 anos, Oscar Niemeyer é eleito o 9º dos 100 maiores gênios vivos. Confesso que não imagino qual honraria o arquiteto mais importante do Brasil tenha ainda para receber.

Neste dia a Lua passou sobre Plutão natal, sendo que a conjunção aproximativa entre Júpiter e Plutão em Sagitário estava sobre o Sol natal. Um Grande Trígono entre Sol em Escorpião, Marte em Câncer e Urano/Nodo Norte em Peixes estava sobre as casas II, VI e X. Note que o eixo nodal estava sobre o Meio do Céu/Fundo do Céu. Marte aplicava conjunção a Netuno [corregente do Meio do Céu].

Niemeyer, o arquiteto centenário

Ao atingir um século de vida, a coisa mais importante para Oscar Niemeyer era a criação da Escola de Arquitetura e Humanidade (note que este último termo não está no plural), em Niterói, cujo programa teria conferências sobre Arquitetura, História, pensamento filosófico, literatura e artes, conflitos pela liberdade, além de um módulo de palestras livres sobre as diversas revoluções, guerras civis, golpes de estado, conflitos regionais e continentais, e temas específicos, como a Coluna Prestes, Israel e o Islã, ou reflexões sobre temas como “a evolução do profissional e do indivíduo, do egoísmo à solidariedade”.

Niemeyer, 100 anosPara Niemeyer, o que o dominava era “a certeza de que a vida é mais importante que a Arquitetura. A Arquitetura não é importante. O importante é o homem e a sua luta”. Com a mesma expressão de amargura que o acompanha na contemplação da condição humana, ele sentenciou: “Foram os operários quem fizeram Brasília. Hoje, estão todos fodidos”.

É sabido que um projeto de Niemeyer “dá muito retorno. Sempre valoriza e cria uma identidade imediata com o lugar. O exemplo é o uso de Niterói”, segundo uma de suas colaboradoras.

Projeto de monumento para Simon Bolívar

Projeto de monumento para Simon Bolívar, com um vetor apontado para os EUA.

O projeto de construção de um monumento para Simon Bolívar em Caracas, oferecido a Hugo Chávez, a quem admirava, não chegou a ganhar forma. A ideia de um vetor apontado para os Estados Unidos foi considerada “muito abstrata” pelo presidente venezuelano. Mas o projeto do Centro Administrativo de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e o Caminho Niemeyer em Niterói (no qual estará a Escola de Arquitetura e Humanidade) tornaram-se realidade, assim como um centro cultural batizado com seu nome, na Espanha, e um parque em Recife, batizado de Dona Lindu (a mãe de Lula).

O Rio foi muito sacrificado. Eu tenho vergonha de ir à Barra. A sacanagem é que o poder imobiliário influenciou. Então os prédios são cheios de varandas; ninguém quase vai na varanda porque venta muito. Mas pra vender tinha de ter varanda. Então os prédios são horríveis, quadradões, uns contra os outros. É Miami. É subúrbio de Miami. Puseram até uma Estátua da Liberdade. Quer dizer, a gente chega na Barra e ainda vê essa ligação, essa pressão dos americanos contra a gente. Esse Bush é um bom filho-da-puta, não é? Disse que podia trocar metade da dívida brasileira pela Amazônia. E a gente escuta isso e ninguém protesta.

Oscar Niemeyer em preto e brancoJosé Carlos Sussekind, engenheiro responsável pelo cálculo estrutural das obras de Niemeyer, disse em 2007 que “uma força o empurra para viver e apaga sua idade”. Ao que Niemeyer rebateu: “E daí? O homem não é nada. Está num planeta que não é dele. Pequenininho, no fim da Galáxia, longe de tudo. Não sabe de nada”.

Em suas palavras percebe-se a marca da Quadratura T entre Sol, Saturno e Plutão na sua visão de mundo:

Eu acho que tudo vai desaparecer. O tempo cósmico é muito curto. Me perguntaram outro dia: ‘o senhor não tem prazer em saber que mais tarde o sujeito vai passar e ver o trabalho que você fez?’. Ah, mais tarde o sujeito desapareceu também. É a evolução da Natureza, tudo nasce e acaba. O tempo que vai perdurar isso é relativo”.

Niemeyer representa uma brasilidade capaz e determinada, indignada com as desigualdades sociais e ansiosa por resolver os nossos problemas. É, sem dúvida, uma luz para o futuro, que terá de ser enfrentado com a máxima inteligência e garra possível.

NOTA COMPLEMENTAR: o artigo original foi publicado pela primeira vez em Constelar em dezembro de 2007, mês em que o arquiteto completava 100 anos de vida. Niemeyer faleceu às 21h55 do dia 5 de dezembro de 2012, apenas 10 dias antes de completar 105 anos. Sua única filha falecera no dia 5 de junho do mesmo ano, vítima de um enfisema pulmonar. Nos dois últimos anos de vida, o arquiteto apresentara uma progressiva deterioração da saúde, com diversas internações. Mesmo assim lançara em 2011 o livro As igrejas de Oscar Niemeyer, visitara pessoamente o sambódromo para vistoriar as obras de ampliação das arquibancadas e fora homenageado com a inauguração de um centro cultural em Avillés, Espanha.

NIEMEYER, A SÉRIE COMPLETA:

1 – Dos cabarés da Lapa à arquitetura moderna (1907-1927)
2 – Niemeyer, o boêmio que virou marido (1928)
3 – Niemeyer e Lúcio Costa: a descoberta do Modernismo (1934-1939)
4 – Pampulha, a revolução da arquitetura brasileira (1940-1943)
5 – Um comunista na terra do Tio Sam (1945-1947)
6 – Niemeyer e Le corbusier: do Copan ao Ibirapuera (1949-1955)
7 – Brasília, a utopia de Juscelino e Oscar Niemeyer (1956-1960)
8 – O regime militar e o exílio (1964-1976)
9 – Oscar Niemeyer, a vida começa aos setenta (1978-1993)
10 – A paixão aos 99 anos (1997-2007)

Curso online: Astrologia Vocacional – Início: 18 de junho. Inscrições abertas.

Astrologia e Trabalho

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Arquivado em: Brasil, Personalidades Marcados com as tags: 2007, Niemeyer, perfis, trânsitos

Sobre Dimitri Camiloto

Dimitri Camiloto é astrólogo e terapeuta de Alinhamento Energético/Fogo Sagrado, além de facilitador em rodas de cura e professor. Palestrante e conferencista, já se apresentou em cidades como Rio, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Buenos Aires. Também é Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ. Atualmente desenvolve pesquisas e estudos de Leitura Corporal e Antropologia do Cuidar. Veja todos os artigos ou entre em contato com Dimitri.

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