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Graus tenebrosos e infernais em Dariot e Lilly

20/06/2022 por Raul Varella Martinez

Dariot, autor de um tratado de Astrologia Horária publicado noventa anos antes de Lilly, defendia que o significado próprio de cada grau do zodíaco pode dar mais precisão à interpretação astrológica.
Dariot capa século XVI

Claude Dariot – capa de O Julgamento dos Astros, tradução inglesa do século XVI.

O conhecimento do significado próprio de cada grau do zodíaco pode dar mais precisão à interpretação astrológica. Este princípio está presente no primeiro tratado de Astrologia Horária publicado na Europa Ocidental, em 1557. Seu autor foi o jovem médico e astrólogo Claude Dariot, então com 24 anos. Dariot influenciou o trabalho de William Lilly, que, quase noventa anos depois, utilizou os mesmos conceitos na sistematização dos princípios da Astrologia Horária.

Claude Dariot (1533-1594), médico paracelcista, foi o astrólogo que introduziu os princípios da Astrologia Horária na França e na Inglaterra. Seu tratado de astrologia horária, Introduction au Jugement des Astres, publicado inicialmente em latim em 1557, foi traduzido para o francês no ano seguinte. Exemplares desse livro existem em várias bibliotecas da Europa. No site da Biblioteca Nacional Francesa (http://gallica.bnf.fr/) pode-se copiar, gratuitamente, sua primeira edição francesa. Em inglês foi publicado em 1583, 1598 e 1653. Denis Labouré, pela Editora Pardès, Puiseaux, publicou-o em 1988 e 1990, em latim e em francês moderno.

Esfumaçados, infernais, tenebrosos… o que é isso?

Este texto, que agora apresento, está basicamente voltado para o detalhamento de uma figura circular do livro de Dariot, figura que classifica os graus dos signos em:

Figura do livro de Dariot

Montagem de figura do livro de Dariot, em alto relevo, sobre texto do mesmo autor, publicado no século XVII.

  • Masculinos
  • Femininos
    • Claros ou Lúcidos (L)
    • Escuros ou Tenebrosos (T)
    • Esfumaçados ou Fumarentos (F)
    • Vazios (V)
  • Infernais
  • Azéménes, em francês, aqui chamados de graus Aziagos, e
  • Honoríficos.

William Lilly, em Chistian Astrology (1647) , apresenta uma Tabela muito próxima dos graus de Dariot — também de leitura não fácil. As diferenças entre os graus do Círculo e da Tabela talvez se devam apenas a falhas de impressão. Nessa tabela, a letra D identifica os graus Escuros de Dariot e as letras SM os graus Esfumaçados. Lilly chama os graus Infernais de “tristes ou encurralados”; aos Aziagos chama de “imperfeitos ou deficientes”, e aos Honoríficos de graus “que acrescem a Fortuna”.

Robert Fludd (1574-1637), autor do Traité d’Astrologie Générale (disponível em http://gallica.bnf.fr/) é outro astrólogo que utilizou os Graus de Dariot. Na tradução francesa desse livro também há algumas diferenças com os graus do círculo de Dariot.

Esse círculo completo, sem a representação de uma peça móvel utilizada em sua leitura, é reproduzido na edição da Pardés, acima citada. O original dessa figura está na Biblioteca Nacional Francesa, embora não disponível para cópia pela Internet.

Mais adiante um trecho desta figura, em seu desenho original, é exibida em detalhes.

Como Lilly utilizava a Tabela com as classificações dos graus

Planetas: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.
Parte da Fortuna diferenciada; Diurna ou Noturna
Domificação: Regiomontanus.

Graus Masculinos e Femininos — Saber se um grau é Masculino ou Feminino pode ser útil na determinação do sexo de criança que está sendo gerada ou se um ladrão é homem ou mulher — isso, quando acontecer que nem os ângulos, nem o sexo dos planetas ou dos signos o revelem, devido a serem iguais os testemunhos. Nesse caso, devem-se considerar os graus da Lua, do planeta significador da coisa ou da pessoa inquirida e da cúspide da casa significadora da pessoa sobre quem se pergunta.

Páginas da edição inglesa do livro de Dariot

Página da edição inglesa do livro de Dariot, século XVI.

Graus Claros, Escuros, Esfumaçados e Vazios — Lilly diz que se o Ascendente estiver naqueles graus chamados Claros, a criança ou o querente será mais louro; se o grau ascendente for daqueles que chamamos Escuros, a sua tez não será tão loura, mas mais obscura e morena; e se ele tiver nascido deformado, a deformidade será maior; mas se ele for deformado quando ascendem os graus Claros de um signo, a imperfeição será mais tolerável.

Se o Ascendente, ou qualquer deles estiver em graus Esfumaçados, a pessoa que pergunta ou o nativo não será nem muito claro nem muito escuro, mas de tez mista, a estatura ou condição entre o belo e o feio, entre o alto e o baixo, assim como de condição pouco prudente.

Se a Lua ou o Ascendente estiver em graus Vazios, seja o nativo ou o querente bonito ou feio, sua compreensão será reduzida e seu juízo menor do que se imagina.

Graus tristes ou encurralados — A Lua, ou o Ascendente, ou o regente do Ascendente, em qualquer desses graus, denota uma pessoa imobilizada na pergunta que faz, sem saber de que lado se voltar, e que tem necessidade de ajuda para chegar a condição melhor; pois tal como alguém atirado em uma vala não sai de lá facilmente sem ajuda, também esse querente não consegue sair da situação em que se encontra sem ajuda.

Graus Aziagos — Se aquele que faz a pergunta, em carta horária, ou o próprio nativo, em uma natividade, se encontrar deficiente em qualquer membro, ou infectado por doença incurável, coxo, cego, surdo, etc., pode-se supor que algum desses graus aziagos está no Ascendente, ou onde está o regente do Ascendente ou onde está a Lua; numa pergunta ou natividade, se o querente for naturalmente coxo, corcunda ou defeituoso em algum membro, e não se consegue ver na figura a razão para isso, considerem-se os graus do Ascendente, da Lua, do regente do Ascendente e do principal regente da natividade ou pergunta [*] e, sem dúvida, se encontrará um ou mais graus aziagos.

Graus que aumentam a Fortuna — Se a cúspide da segunda casa, ou se o regente da segunda casa, ou Júpiter [**], ou a Parte da Fortuna estiverem em qualquer desses graus, é indicação de grande riqueza e de que o nativo ou querente será rico.

Notas

[*] Lilly considera o regente da genitura aquele planeta que possui mais dignidades essenciais e acidentais na figura, e que esteja mais bem colocado e elevado, fazendo com que todos os atos do nativo partilhem mais ou menos da natureza desse planeta. Além disso, seus aspectos, temperamento e modos devem estar em conformidade com as propriedades atribuídas a esse planeta. Contudo, se qualquer outro planeta estiver quase tão forte como o anterior também participará muito, e será necessário criar uma mistura de acordo com as dignidades de cada um deles, juntamente com os aspectos bons e maus dos outros planetas intervenientes. Diz ainda que os gregos consideravam como regente da genitura aquele planeta que tivesse mais dignidades no grau da Lua e de Mercúrio, pois Mercúrio é regente ou tem domínio sobre o espírito e sobre o vigor da mente, e a Lua afeta o corpo.

[**] A cúspide da segunda casa e a Parte da Fortuna são elementos particulares do instante e local do nascimento; o grau onde está o regente da segunda casa, de forma menos particular, também depende da hora e lugar do nascimento; mas a posição de Júpiter não particulariza um nascimento — por isso, o grau da posição de Júpiter deve ser considerado apenas se houver outros indicadores de graus que aumentam a Fortuna.

Veja também: Tabela detalhada e fracionada por signo, segundo Lilly — o significado de cada grau do zodíaco, um a um.

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Sobre Raul Varella Martinez

Raul Varella Martinez nasceu em 1926, em São Carlos, SP. Formado em Engenharia Civil pela USP em 1951, iniciou suas pesquisas na área astrológica em 1968. Em 1979 auxiliou Juan Alfredo Cesar Muller a ministrar o primeiro Curso de Extensão Universitária de Astrologia Aplicada no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Entre 1986 e 1994 ministrou e foi professor responsável por cursos anuais de Extensão Universitária, em Astrologia, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista. Colaborou continuamente com Constelar desde 1998 até o ano de sua morte. Faleceu em 13 de julho de 2010, aos 84 anos. Veja todos os artigos de Raul Varella Martinez.

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