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Você está em: Home / Técnica / Teoria / O que são equivalentes geodésicos

O que são equivalentes geodésicos

31/07/2022 por Fernando Fernandse

A teoria dos equivalentes geodésicos foi proposta em 1925 pelo astrólogo inglês Sepharial. É uma técnica de astrolocalização baseada na correspondência entre os meridianos da Terra e os graus do zodíaco.
Linhas geodésicas do mapa da fundação do Clube de Regatas do Flamengo sobre o Japão, onde foi campeão mundial em 1981.

Linhas geodésicas do mapa da fundação do Clube de Regatas do Flamengo sobre o Japão, onde foi campeão mundial em 1981.

Existem diversas maneiras de associar configurações celestes a localidades terrestres. Ao projetar o significado astrológico no espaço geográfico, o astrólogo tem uma ferramenta para analisar onde um determinado significado potencial poderá manifestar-se com maior probabilidade ou ênfase.

Sepharial, o vagabundo astral do início do século XX

Das várias técnicas de astrolocalização, uma das menos conhecidas e ao mesmo tempo mais fáceis de usar é a dos equivalentes geodésicos. Seu melhor teórico foi o astrólogo inglês Sepharial, pseudônimo de Walter Gorn Old, nascido em 1864 e falecido em 1929, aos 65 anos.

Sepharial

Sepharial

Sepharial foi um dos astrólogos mais conhecidos de sua época. Escreveu dezenas de livros, quinze dos quais continuam sendo lidos até hoje. Foi o primeiro a utilizar Lilith, ou Lua Negra, e também um precursor do uso moderno de graus simbólicos, tema retomado mais adiante por Marc Edmund Jones e Dane Rudhyar (graus sabeus).

Místico, ocultista e erudito, Sepharial foi um dos fundadores da Sociedade Teosófica na Inglaterra e amigo pessoal de Madame Blavatsky, que o chamava de Astral Tramp (o “vagabundo astral”).

Para cada meridiano, um grau do zodíaco

A base da teoria dos equivalentes geodésicos é a associação de cada meridiano terrestre a cada grau do zodíaco. Meridianos são grandes círculos que cruzam a Terra de um polo a outro. Nas cartas geográficas, dependendo da projeção utilizada, podem aparecer como linhas verticais paralelas entre si ou como linhas ligeiramente curvas que vão “afunilando” em direção aos polos. Servem para medir distâncias em graus entre dois pontos, para leste ou para oeste.

Junto com os paralelos, que são linhas paralelas ao Equador, formam as coordenadas geográficas, uma grade de referência que permite localizar qualquer ponto na superfície da Terra.

Os meridianos são contados a partir daquele que passa pelo observatório de Greenwich, nas proximidades de Londres, o qual, por convenção, recebeu a denominação de Meridiano Zero. Tendo a Terra forma circular, alguém que saia de Greenwich e dê uma volta completa em torno do planeta, sempre para leste ou oeste, acabará voltando ao ponto de origem e terá completado todo o giro da circunferência (360 graus).

Ainda por convenção, os meridianos são numerados até o valor de 180° para leste ou para oeste. O meridiano de 180° (qualquer que seja a direção que se tome) cruza o Oceano Pacífico a leste do Havaí e fica em oposição exata ao meridiano zero.

Tendo o zodíaco também 360 graus, a correspondência é imediata: cada grau de longitude (distância do meridiano de um ponto determinado ao meridiano zero) corresponde a um grau zodiacal. Cada trinta graus de longitude correspondem a um signo.

No mapa astrológico, a passagem do Sol pelo Meio do Céu (cúspide da casa 10) equivale ao cruzamento do meridiano local (o que ocorre por volta do meio-dia). No esquema dos equivalentes geodésicos, cada meridiano corresponde à posição do Meio do Céu em um determinado grau do zodíaco. O meridiano de Greenwich é igual a um Meio do Céu em 0° de Áries.

Para leste, em direção à Europa continental e à Ásia, cada grau de longitude é contado como um novo grau no sentido natural dos signos. Assim, 20 graus de longitude leste (o meridiano que corta a Polônia, a Eslováquia, a Hungria e a Iugoslávia) valem como um Meio do Céu em 20° de Áries, e assim por diante.

Para calcular cartas geodésicas de localidades a oeste de Greenwich (o caso de todo o continente americano), o procedimento é o mesmo, com a diferença de que, a cada grau na direção oeste, o Meio Céu diminui um grau. Assim, 30°W correspondem a 0° de Peixes e 60°W a 0° de Aquário. Quase todo o Brasil, exceto algumas porções da Amazônia e do Centro-Oeste, tem um Meio do Céu geodésico em Aquário e um Ascendente em Touro.

O passo seguinte é calcular a carta geodésica com base no Meio do Céu encontrado. Antigamente o cálculo era mais trabalhoso, pois envolvia lançar mão de tábuas de casas e de logaritmos. Hoje diversos softwares de cálculo astrológico — alguns deles gratuitos — apresentam a opção dos equivalentes geodésicos.

A carta geodésica é uma técnica simbólica que mostra o impacto de configurações planetárias sobre o globo terrestre. A estrutura de casas para um mesmo local sempre permanecerá fixa. Sobre ela, projetam-se as posições planetárias reais de qualquer mapa de nascimento ou evento. Como resultado, temos um novo mapa que pode ser interpretado conforme os métodos usuais, no que diz respeito ao significado de planetas em signos e casas, mas sem perder de vista a função dos equivalentes geodésicos como importantes localizadores geográficos.

Um exemplo: o Flamengo e seu título mundial em Tóquio

Um exemplo da aplicação da técnica pode ser visualizado na imagem acima, que mostra o mapa da fundação do Clube de Regatas do Flamengo, mais popular clube de futebol do Brasil, recalculado para Tóquio, capital do Japão, com uso de casas geodésicas.

Flamengo em Tóquio, mapa geodésico

Carta de fundação do Clube de Regatas do Flamengo – 17.11.1895, aproximadamente 19h30 LMT, Rio de Janeiro, RJ – recalculada para Tóquio, Japão, com uso de casas geodésicas.

O Flamengo, apesar de sua imensa torcida, jamais havia tido uma oportunidade de projetar-se mundialmente até o momento em que, como vencedor da copa dos clubes campeões da América do Sul, foi a Tóquio, em 1981, disputar a final da Copa Intercontinental contra o Liverpool, da Inglaterra. No Japão, o Flamengo obteve um significativo sucesso, voltando para o Brasil consagrado como o melhor clube do mundo da época.

Basta observar a carta para entender por que o Japão fez tão bem ao Flamengo. O clube carioca nasceu sob um forte stellium em Escorpião, envolvendo Mercúrio, Saturno, Marte, Urano e Sol. Quando calculada para Tóquio, a carta geodésica mostra todos esses planetas em torno do Ascendente (um ponto de afirmação e de projeção), sendo Saturno (a concretização) o planeta mais angular de todos, e com Marte a apenas dois graus do Ascendente.

Nem é preciso dizer que, para uma agremiação esportiva, ter Marte (energia, combatividade) colado no Ascendente, em domicílio (Escorpião), além de contar com o próprio Sol na casa 1 (o brilho do ego), não poderia ter melhor efeito. Para completar, observe-se que Júpiter, um planeta de grandeza e glória, ocupa o lugar mais elevado da carta, na casa 9, da projeção internacional.

O uso das cartas geodésicas

Entre os usos mais comuns das cartas geodésicas está descobrir onde nosso mapa poderia “funcionar” melhor. Podemos utilizar a técnica para avaliar as chances de, numa determinada localidade, fazermos bons negócios, adquirirmos conhecimentos úteis ou simplesmente nos divertirmos a valer numa viagem de férias.

Naturalmente, o fator mais importante de análise é a presença de planetas nos ângulos da carta, situação que cria uma ênfase imediata. Imagine, por exemplo, que você quer sair para uma viagem de lua de mel e tem duas opções possíveis: numa, Saturno está no seu Ascendente geodésico; na outra, Vênus ocupa essa posição. Alguma dúvida sobre onde a lua de mel seria mais interessante?

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Sobre Fernando Fernandse

Jornalista, astrólogo, educador e profissional de RH. Editor de Constelar e diretor da Escola Astroletiva, pioneira na formação a distância em Astrologia. Foi Diretor Técnico do SINARJ - Sindicato dos Astrólogos do Estado do Rio de Janeiro. Nascido Fernando Fernandes, trocou as letras da última sílaba para não ser mais confundido com seus 87 homônimos. Veja a relação completa de artigos ou entre em contato com Fernando Fernandse.

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