Constelar descreveu a polêmica personalidade
do novo papa com dez dias de antecedência. Compare agora o
que disse Constelar em artigo publicado em 9 de abril de
2005 com o que dizem os jornais sobre o cardeal Joseph Ratzinger,
o novo papa Bento XVI.
Introdução:
uma opção metodológica correta
No dia 9 de abril de 2005, Constelar publicou
o artigo Os Santos e os brutos: a Igreja de Urano e Plutão.
Neste artigo detalhamos com dez dias de antecedência
o perfil do papa que sucederia João Paulo II. Na ocasião,
fizemos uma opção metodológica bastante original,
pois, em vez de trabalhar com o mapa do Vaticano (de 1929) ou com
o mapa do possível início do conclave, preferimos
comparar o eclipse de 8 de abril, data dos funerais de João
Paulo II, com os mapas mais significativos dos primórdios
do Catolicismo - o do Credo de Nicéia (325 d.C.) e o da oficialização
do Catolicismo como religião do Império Romano (380
d.C.). Os resultados foram compensadores, já que registraram
com toda a clareza o advento de um novo papa com o mesmo perfil
que os fatos acabaram por confirmar. Confira a seguir os principais
trechos daquele artigo, seguidos de comentários acrescentados
após a eleição de Bento XVI, em 19.4.2005.
O novo papa visto na lunação
de 8 de abril (eclipse do Sol)
Urano é o planeta mais angular do mapa da lunação
calculado para o Vaticano. (...) Podemos pensar em um conclave onde
a ânsia de dotar a Igreja de um sucessor à altura do
carisma de João Paulo II leve a uma escolha radical,
precipitada ou de um nome que se revele, mais adiante, excessivamente
inflexível. (...) Este mapa com ênfase marciana
(Escorpião no Ascendente e Sol-Lua em Áries) e
uraniana (por angularidade de Urano) é eloqüente
ao descrever a possibilidade um conclave polarizado, "quente",
dominado por forças que se opõem um tanto cegamente
(eclipse), levando a um "colapso da luz".
Joseph Ratzinger nasceu sob uma quadratura Marte-Urano
- contato tenso muito semelhante ao que costumamos encontrar em
mapas de aventureiros, guerrilheiros e pilotos de Fórmula
1. Tal aspecto costuma operar no sentido de tornar o nativo mais
explosivo, primário, impaciente e ávido para impor
a própria vontade. O Urano de Ratzinger está em Áries
e na casa 1, enquanto Marte, no Fundo do Céu, ganha enorme
destaque por sua angularidade.
|
Joseph Ratzinger -
16.4.1927, 4h15 (+01:00) - Marktl, Alemanha - 48n15, 12e51.
Fonte: Grazie Bordoni e dados divulgados na lista americana
"Data_". |
Quanto ao "colapso da luz", é exatamente
o que parece ter acontecido na cabeça dos cardeais. Joseph
Ratzinger, longe de ser uma solução, tende a ser o
pivô de futuros problemas. Trata-se de um ultraconservador,
"linha-dura", cuja propalada simplicidade e simpatia pessoal
parece desaparecer por completo quando se trata de decidir sobre
questões dogmáticas.
Considerando os dois regentes do Ascendente, temos
Plutão em Sagitário, signo de Júpiter, e Marte
em Aquário em trígono com Júpiter. Há,
portanto, também um visível toque jupiteriano
nesta carta - mais acentuado ainda porque Júpiter se opõe
à Lua Nova!
Em perfeita ressonância com o mapa da lunação,
o novo papa Bento XVI tem mesmo um inequívoco toque jupiteriano,
pois Sagitário está no Meio-Céu de seu mapa,
enquanto Júpiter em Peixes ocupa a casa 1, em conjunção
com o Ascendente. Não é preciso lembrar que Sagitário
e Peixes são os signos regidos por Júpiter na Astrologia
clássica.
Júpiter é o próprio significador
da atividade sacerdotal. Mostra, também, um ímpeto
expansionista, uma atitude "espaçosa", que pode
se traduzir por um conclave onde se afirme a idéia de que
o novo papa deve ser alguém capaz de ocupar (ou recuperar)
territórios.
Com Júpiter colado ao Ascendente em seu mapa
natal, o novo papa Bento XVI incorpora claramente este arquétipo
do sacerdote "espaçoso", que tenderá a entender
que o papel da Igreja é posicionar-se em relação
a todas as grandes questões da atualidade. Isso deverá
gerar fortes resistências em diversas áreas, como a
ciência, a política internacional, a relação
com outras religiões e assim por diante. Apenas um exemplo:
"Em um documento divulgado no ano de 2000, "Dominus Jesus",
classificou as outras igrejas cristãs como deficientes, afirmando
que "apenas na Igreja Católica existe a salvação".
(do site de O Globo de 19.04.2005)
Júpiter em conflito com Saturno contra um pano
de fundo Marte-Urano: eis um retrato adequado para as atuais contradições
da Igreja (...). A escolha resultante será "nervosa",
contribuindo a longo prazo mais para aprofundar divisões
do que para unificar a Igreja.
No mapa de Bento XVI, o conflito Júpiter-Saturno
aparece tematizado no fato de que Saturno, planeta significador
de rigidez e dogmatismo, está em Sagitário (signo
de Júpiter) e na casa 9, das ideologias e da religião
organizada. Segundo a Folha de S. Paulo, a eleição
de Ratzinger provocou uma reação de frieza na própria
Alemanha, seu país de nascimento. Se bem que fosse o cardeal
mais conhecido do mundo, era também o que despertava maior
grau de rejeição, dentro e fora da Igreja Católica.
Por isso mesmo, poucos analistas apostavam todas as fichas em sua
escolha. Lembra O Estado de S. Paulo que "seu nome apareceu
em todas as polêmicas recentes (...). É o homem do
'não', define o jornal italiano Corriere della Sera."
Comparando o eclipse de
8 de abril com o Concílio de Nicéia, no ano 325
A combinação mostra uma boa dose de
fluência: uma grande energia expansiva é posta em movimento,
indicando, talvez, um novo papa comprometido com o crescimento do
rebanho católico e com a expansão de fronteiras da
Igreja. Por outro lado, a oposição de Plutão
a Sol-Saturno fala de tensão, inflexibilidade, polarização
radical e risco de destruição de estruturas criadas
na época da própria implantação da Igreja.
Segundo todos os especialistas, tensão
e inflexibilidade é o que o mundo católico terá
de sobra com Ratzinger. Segundo O Globo, Ratzinger "é
o prelado que talvez mais claramente representa a linha mais dogmática
da Igreja Católica Romana". Quanto ao risco de destruição
de estruturas, o tempo dirá exatamente em que área
tal prognóstico se manifestará.
O eclipse de abril
x a oficialização do Catolicismo (380 d.C.)
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