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O Japão, os Estados Unidos e a divisão da Coreia

26/09/2017 por Fernando Fernandse

Décadas de ocupação japonesa, seguidas por uma desastrosa decisão americana tomada na calada da noite, criaram na Coreia as bases de um dos conflitos mais perigosos dos últimos setenta anos.
Mulher militar do exército coreano

As fotos deste artigo foram clicadas pelo webdesigner russo Artemii Lebedev, que conseguiu viajar à Coreia do Norte em 1995 e saiu de lá com uma grande quantidade de material proibido. Aproveite para conhecer o trabalho de Artemii em: http://www.tema.ru/eng/travel/north-korea/

Decifrar os mapas da Coreia do Norte e da Coreia do Sul, assim como entender seu padrão de ativações, é uma das tarefas mais urgentes do astrólogo interessado em temas mundiais. Ao lado de Índia e Paquistão, Síria, Israel e seus vizinhos, Iraque e Irã, sem falar nos Estados Unidos e nos países da região do Cáucaso, a Coreia do Norte é um dos grandes barris de pólvora da atualidade, podendo explodir a qualquer momento. Este artigo conta a primeira parte da história: como a península livrou-se do domínio japonês e como foi dividida em duas áreas de influência. A independência do Sul e do Norte e a subsequente guerra que matou quase um milhão de combatentes estão no artigo seguinte: Duas Coreias, muitos mapas.

A divisão das duas Coreias

Num encontro à meia-noite, de 10 para 11 de agosto de 1945, oficiais do Departamento de Guerra, incluindo John J. McCloy e Dean Rusk, decidiram tomar o paralelo 38º como linha divisória entre as zonas de influência soviética e americana na Coreia. Nem as forças soviéticas nem os coreanos foram consultados. Em consequência, quando 25 mil soldados americanos ocuparam a parte sul da Coreia no início de setembro de 1945, descobriram-se no meio de um forte movimento nativo pela independência e pela mudança da herança colonial. Tudo o que os coreanos queriam era resolver seus problemas por conta própria, o que os fazia muito pouco tolerantes com relação a qualquer insinuação de que eles ainda não estariam prontos para a autodeterminação. [Fonte: The Library of Congress Country Studies (on-line), North Korea: THE NATIONAL DIVISION AND THE ORIGINS OF THE DPRK.]

Cerca elétrica na Coreia do Norte.

Outra foto de Artemii Lebedev. Uma cerca eletrificada envolve a praia norte-coreana e impede tentativas de fuga por mar.

Para entender melhor: durante décadas a península coreana permanecera na condição de província anexada pelo Japão. Com a derrota nipônica para os Estados Unidos na Segunda Guerra, a península foi ocupada simultaneamente por tropas americanas, que desembarcaram ao sul, e por divisões soviéticas, que invadiram a região pelo norte. Se bem que as duas potências tivessem atuado como aliadas durante a II Grande Guerra, a partir do momento em que a derrota de alemães e japoneses se tornou inevitável as diferenças entre ambas começaram a aparecer. Americanos e soviéticos trataram então de ampliar suas respectivas áreas de influência, naquilo que se convencionou chamar “Guerra Fria”. Os soviéticos ocuparam toda a Europa Oriental, que passaria a constituir, daí em diante, a chamada “Cortina de Ferro”. O mesmo movimento poderia ser realizado na Coreia, o que motivou a decisão americana de promover a divisão das áreas de influência.

Mapa da divisão das duas Coreias - 1945

Divisão das duas Coreias – 10.8.1945, 00:01 (-04:00) – Washington, EUA – 077w02, 38n53. O horário exato pode ser ligeiramente diferente, sabendo-se que foi por volta da meia-noite, na passagem do dia 10 para o dia 11. De qualquer forma, é esta a estrutura de casas.

O mapa de 10 de agosto de 1945 – apenas quatro dias depois da bomba de Hiroshima, diga-se de passagem –, não é de forma alguma o da constituição do Estado da Coreia do Norte, mas sim o de um momento importantíssimo na história da Guerra Fria, com consequências de largo alcance na geopolítica asiática. Mais ainda: tal ato não segrega o norte do restante da península, pois o que ocorre é exatamente o oposto: é o sul que se separa do norte por uma decisão da potência de ocupação.

O mapa de 10 de agosto pode, assim, ser considerado como o da divisão da península coreana em duas zonas de influência, mas não o da constituição das duas Coreias, que permaneciam ainda na condição de territórios ocupados. Analisar esta carta significa analisar o momento em que os Estados Unidos tomaram uma decisão cujas consequências ainda afetam a vida de milhões de pessoas até os dias de hoje.

Os mapas da Independência e do Governo Provisório

Para os próprios coreanos, mais importante é o Gwangbokjeol, um feriado nacional comemorado nas duas Coreias para lembrar a independência com relação ao Japão, em 15 de agosto de 1945. Na verdade, o que ocorreu nesta data foi a rendição do Japão aos aliados, mediante a transmissão de um comunicado solene do imperador Hirohito. Este comunicado fora gravado na véspera, em linguagem formal e erudita, com termos utilizados exclusivamente na corte, de difícil compreensão pela população comum. Além do mais, não utilizava uma única vez a palavra rendição. O anúncio radiofônico, feito exatamente ao meio-dia (hora legal de Tóquio), acabou gerando grande perplexidade, sendo necessária uma segunda comunicação, desta vez pelo locutor da emissora oficial, explicando o real significado da declaração.

Mapa da rendição japonesa na Segunda Grande Guerra

Rendição Japonesa na 2ª Guerra Mundial – 15.8.1945, 12:00 -09:00 – Tóquio, Japão – 139e46, 35n42.

O mapa do anúncio da rendição (o chamado Jewel Voice Broadcast), quando calculado para Tóquio, apresenta um Ascendente em 17º37′ de Escorpião. A Lua, também em Escorpião, encontra-se na casa 12, junto ao Ascendente. A carta apresenta todos os dez planetas concentrados entre Gêmeos e Escorpião, sendo que a violenta conjunção Marte-Urano na casa 8 desempenha um papel proeminante, ocupando Marte a função de planeta guia da configuração. De uma forma geral, é um mapa que fala de morte e da possibilidade de um posterior renascimento (Escorpião no Ascendente e seu regente, Marte, na 8), assim como da violência que será despertada em torno do destino dos territórios estrangeiros ocupados (a herança do império derrotado – também um assunto de casa 8).

Quando relocado para Seul e Pyongyang, o Ascendente permanece em Escorpião e a distribuição dos planetas pelas casas é bastante semelhante. Contudo, nas capitais coreanas é Plutão, e não o Sol, que ocupa o Meio do Céu. O sentido é claro: para os coreanos, a rendição japonesa tem o sentido de um renascimento (um dos sentidos de Plutão) e de oportunidade para restaurar a identidade nacional (Plutão como regente da casa 1 na casa 10).

Na verdade, a derrota do Japão já estava prefigurada desde a semana anterior, com o lançamento da primeira bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima. Enfraquecido e desarticulado, o império agonizava. Contudo, livrar-se do domínio japonês não significava ainda autonomia para Coreia. Tanto que o destino da península já estava definido desde o dia 10 (acordo de divisão), e as tropas soviéticas já ocupavam na prática a parte norte do país desde o dia 14 de agosto.

No sul, existe ainda mais uma data para confundir os astrólogos: trata-se de 6 de setembro de 1945, quando pela primeira vez uma assembleia de representantes do povo coreano teve lugar em Seul, proclamando um governo provisório. Esta data pode ser considerada uma alternativa para a fundação da Coreia do Sul. No dia seguinte, porém, os Estados Unidos anunciaram o General John R. Hodge como novo administrador do país. Recusando-se a receber os representantes do “governo provisório”, ele desembarcou com suas tropas no porto de Incheon e tratou de promover uma ocupação militar. Em 9 de setembro de 1945, os últimos líderes da ocupação japonesa finalmente transmitiram o poder aos americanos, numa cerimônia militar.

A independência plena ainda deveria esperar mais três anos. Para conhecer os mapas essenciais para a compreensão das duas Coreias, leia o artigo: Duas Coreias, muitos mapas.

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Arquivado em: Mapas nacionais Marcados com as tags: 2006, Ásia, Coreia, Estados Unidos, história, política

Sobre Fernando Fernandse

Jornalista, astrólogo, educador e profissional de RH. Editor de Constelar e diretor da Escola Astroletiva, pioneira na formação a distância em Astrologia. Foi Diretor Técnico do SINARJ - Sindicato dos Astrólogos do Estado do Rio de Janeiro. Nascido Fernando Fernandes, trocou as letras da última sílaba para não ser mais confundido com seus 87 homônimos. Veja a relação completa de artigos ou entre em contato com Fernando Fernandse.

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