Pela primeira vez em sua longa história de 121 anos, o Fluminense F.C. disputa o Mundial de Clubes. A partida da fase semifinal acontece nesta segunda-feira, 18 de dezembro, às 15h (hora de Brasília), na Arábia Saudita. Recordemos o mapa da fundação do tricolor, em 1902, com Sol em Câncer e Ascendente em Peixes:
Para ter uma ideia de como o tricolor se comportará na Arábia Saudita, podemos fazer uma relocalização da carta natal, ou seja, recalculá-la para a cidade onde se realizará a partida: Jeddah, segunda metrópole do país. O mapa daí resultante, que preserva todas as posições planetárias por signo, mas ganha uma estrutura de casas totalmente nova, logo destaca o papel de Plutão. Na carta original este planeta ocupa a casa 4, em oposição a Urano. Agora é o planeta mais próximo do Ascendente recalculado para a Arábia, em Gêmeos.
Plutão, Vênus, Marte e Netuno na casa 1 simbolizam o clube e a maneira como se apresentará naquele torneio. São os mesmos planetas que, na carta original, ocupam a casa 4, das bases e das tradições. Por um lado, é uma configuração positiva, pois indica que o time, mesmo muito longe de casa, não esquecerá suas origens e fundamentos. Na verdade, terá uma oportunidade única de manifestar as qualidades mais enraizadas na história do clube.
O papel de Urano: trabalhando para o inimigo
Por outro lado, o Urano de casa 10 do mapa original agora ocupa a casa 7, indicadora do outro, do inimigo aberto — no caso um adversário egípcio e atual campeão africano, o Al Ahly do Cairo. É como se o Al Ahly pudesse sequestrar, temporariamente, as qualidades uranianas do Fluminense, como a inventividade e originalidade tática que levaram o clube ao título sul-americano em novembro. Esta possibilidade é ainda reforçada pela conjunção de Urano com a Parte da Fortuna, na casa 7.
O Al Ahly terá a seu favor a ousadia e o elemento surpresa. Seu time, que é de excelente qualidade, tem chances reais de vitória caso atue de acordo com o padrão de Urano em Sagitário: rápido, solto, à vontade e sempre no ataque. Se pensarmos que o ambiente é hostil para o tricolor carioca, e que 90% da torcida será egípcia, não é uma boa indicação.
Em contrapartida, o Fluminense terá de lançar mão de uma concentração absoluta, sem perder o foco em nenhum momento (Plutão). Terá de confiar em seu talento e jogar como vem jogando nos últimos meses: com harmonia e muito diálogo entre os diversos setores da equipe (Vênus em Gêmeos). Marte, regente da casa 2 (talentos e recursos) do mapa original, está na casa 1 em Jeddah. Seria uma indicação maravilhosa para o Flu, não fosse Marte estar em seu signo de queda e em conjunção com o enganoso Netuno. Ponto positivo: Netuno é o próprio regente do Ascendente original, e está na casa 1 do mapa relocalizado.
Saturno na 8: segurem Felipe Melo!
Um aspecto muito perigoso para o Fluzão é a oposição do Sol na casa 2 (dos talentos) a Saturno na 8 do mapa relocalizado. Trata-se de uma casa de perdas, tributos e, por vezes, morte no sentido literal (neste caso, significando derrota). Um dos riscos é o Fluminense perder atletas por expulsão de campo (olho nos jogadores de cabeça mais quente: Nino, Samuel Xavier e, principalmente, Felipe Melo). Outro significado literal do aspecto é a possibilidade do Al Ahly encontrar uma forma de bloquear (Saturno) a movimentação dos jogadores mais talentosos do Fluminense, simbolizados pelo Sol na 2 (Cano, Arias, Ganso e Marcelo, sem falar no imprevisível John Kennedy, caso venha a jogar).
Infelizmente, a bela conjunção de Júpiter e Lua do mapa original não trabalhará para o tricolor das Laranjeiras: Júpiter, na casa 9 da carta de Jeddah e próximo do Meio do Céu, rege a 7, significadora do adversário.
Pesados os prós e contras, é um torneio extremamente difícil para o tricolor. Caso vença a primeira partida, terá de enfrentar o poderoso Manchester City na final. Nesta disputa de David (Gêmeos) contra Golias (Sagitário, regido pelo gigante Júpiter), o vice-campeonato do mundo já seria uma enorme façanha, e ajudaria a projetar o clube no plano internacional. Mas sonhar não custa nada, e façanhas miraculosas (Plutão no Ascendente e Júpiter próximo do Meio do Céu) não estão descartadas. Sonhar sempre, mesmo que tenhamos de esperar mais 121 anos.