Identificando as “subpersonalidades” (tendências)
A Astrologia estuda a natureza humana através de uma linguagem simbólica. O Mapa Astrológico é um diagrama astronomicamente preciso que representa todas as posições dos planetas no céu, conforme são vistos da Terra, no exato instante do nascimento.
Através do exame do mapa astrológico é possível identificar o que o psicólogo italiano Roberto Assagioli denominou “subpersonalidades”. Numa linguagem técnica psicológica, as subpersonalidades são partes mais ou menos autônomas da personalidade total, cada qual com seus próprios desejos, necessidades e potencialidades.
Em termos mais simples, as subpersonalidades são os diferentes lados ou facetas das pessoas. São como diferentes atores — cada qual com o seu próprio papel e modo de agir — no palco comum da personalidade. Alguns personagens são mais destacados, participam mais, são mais objetivos. Outros são mais reservados e autocentrados. Alguns são sonhadores, outros são práticos; uns são audaciosos, outros cautelosos, e assim por diante. Todos eles são você…
As subpersonalidades, como já foi dito, tem certa autonomia: cada faceta da pessoa quer determinadas coisas, tem determinados impulsos e vontades. Tem mais afinidade com determinados modos de vida, atividades e tipos específicos de ocupações. E, ainda, cada subpersonalidade tem atitudes peculiares no que diz respeito às questões de trabalho, carreira, objetivos profissionais etc. As subpersonalidades (facetas da personalidade) relacionam-se umas com as outras. Esses relacionamentos podem ser harmoniosos ou tensos, ou seja: uma faceta da personalidade pode cooperar com uma outra faceta, ou pode inibir ou sabotar a sua expressão.
Dizendo de outro modo, uma parte sua pode ter determinados potenciais e necessidades ocupacionais e querer as mesmas coisas que uma outra parte, ou podem existir conflitos — muitas vezes paradoxais. Diferentemente das máquinas, os seres humanos não são necessariamente coerentes e lógicos (como muitas vezes gostam de acreditar que são).
O indivíduo nem sempre tem consciência de algumas das facetas da sua personalidade. Pode não “conhecê-las”, ou mesmo rejeitá-las (consciente ou inconscientemente). Mesmo que determinada subpersonalidade seja consciente, a pessoa pode não gostar — ou discordar dela — e das necessidades ocupacionais que ela representa.
Cada uma das subpersonalidades tem a sua própria necessidade de expressão, podendo representar importantes tendências vocacionais. A indefinição na escolha da ocupação muitas vezes ocorre porque as diversas facetas da personalidade podem ter necessidades e desejos diferentes, aparentemente contraditórios ou inconciliáveis aos olhos do indivíduo.
Reconhecendo e expressando as tendências
A Astrologia, como toda forma de conhecimento humano, tem as suas limitações. Através da análise do mapa astrológico é muito difícil avaliar quais destas tendências a pessoa reconhece (e quer reconhecer) em si própria, ou se as expressa. O que o indivíduo faz com os seus desejos, necessidades e potenciais é uma questão muito pessoal. Outros fatores também devem ser considerados: o modo como a pessoa foi criada e estimulada pelos seus pais, o seu meio, as pressões sociais a que foi submetida, o desenvolvimento das suas aptidões, a educação e informação a que teve acesso, as oportunidades que teve, as suas experiências na vida, e, principalmente, o seu livre arbítrio. Nada disso é mostrado pelo mapa astrológico. É importante assinalar que os astros não predestinam ou “dirigem”; apenas representam tendências e potenciais presentes na personalidade, podendo também auxiliar na compreensão da natureza dos ciclos de desenvolvimento pessoal.
Vocação: reflexo da personalidade
Quase todo mundo tem que encarar a realidade de ganhar a vida. O trabalho, entretanto, pode ser estimulante e proporcionar um senso de propósito quando é uma expressão de quem você realmente é e do que precisa. A indefinição profissional é, em última análise, uma falta de autoconhecimento (“Se eu não sei exatamente quem sou, o que desejo e do que preciso, como posso saber qual, exatamente, é a minha vocação?”).
Como a vocação é um reflexo da sua personalidade, a ocupação apropriada é capaz de dar significado à sua vida. Você sente que o seu trabalho é importante e motivador, e que lhe traz uma satisfação íntima. Portanto, a atitude vocacional não é algo separado do resto da personalidade. Se a vocação expressa a sua personalidade como ela é, a atividade profissional é a própria “personalidade em ação”, no mundo.
Adequando a atividade profissional à personalidade
Estudos recentes da área de Recursos Humanos apontam para uma integração cada vez maior da postura de vida (personalidade, temperamento, comportamento, interesses etc.) com a formação profissional. Em outras palavras, o profissional ideal do futuro é um ser humano completo, autoconsciente, com uma visão global das coisas e com conhecimentos que vão além de formações acadêmicas mais específicas — nesse ponto a arte, a filosofia, a cultura geral, entre outras perspectivas, assumem uma importância maior.
Assim, as projeções das futuras exigências do mercado de trabalho transcendem um mero diploma e modelos prontos. O indivíduo do futuro vai, necessariamente, ter que adequar a atividade profissional à personalidade (e não o contrário!), para poder corresponder à nova realidade. Nesse novo paradigma, os “especialistas” vão ter que dividir os seus espaços com os “generalistas”.
Se você pensa que o que deseja fazer “não existe” ou é pouco convencional, não se preocupe: um estudo recente do Instituto Internacional de Gerenciamento, de Genebra, Suíça, verificou que, no século XXI, pelo menos 30% da atual geração de jovens estariam trabalhando em atividades ainda não conhecidas.
Podemos ter várias vocações?
É importante ressaltar que não existe, necessariamente, uma única vocação. Na realidade, qualquer atividade verdadeiramente sintonizada com a natureza da pessoa é apropriada. Tomemos como exemplo um dos processos da natureza: o fogo tanto pode queimar e purificar, quanto aquecer ou iluminar. Qualquer dessas variações é adequada. Quando o fogo é aplicado segundo as suas qualidades, nada se compara a ele. Se é utilizado para finalidades estranhas à sua natureza, os resultados não são nada satisfatórios.
Para expressar plenamente a sua natureza a pessoa pode envolver-se em muitas ocupações, muitas vezes não relacionadas entre si, ou numa profissão única, que compreenda várias atividades diferentes. Muitas profissões são combinações de diversas atividades (ou expressões apropriadas a “pequenas vocações”), como por exemplo um executivo que precisa, na sua profissão, de conhecimentos nas áreas de economia, administração, marketing, relações públicas e informática, além de falar, ler e escrever fluentemente quatro idiomas.
Neste caso, as diversas subpersonalidades do indivíduo (“economista”, “administrador”, “profissional de marketing”, “relações públicas”, “técnico de informática” e “estudioso de idiomas”) cooperam entre si e se expressam harmoniosamente, buscando resultados produtivos através de atividades coerentes e integradas.
Direções vocacionais básicas (tendências)
A Astrologia Vocacional trabalha a partir de doze categorias universais, as Direções Vocacionais Básicas (ou, simplesmente, tendências), que consistem em inúmeros fatores astrológicos: signos, elementos, planetas, casas e aspectos, dentre outros. São elas:
Direção Vocacional Básica
Áries, Marte, Casa I (Ascendente) | 1 |
Touro, Vênus, Casa II | 2 |
Gêmeos, Mercúrio, Casa III | 3 |
Câncer, Lua, Casa IV | 4 |
Leão, Sol, Casa V | 5 |
Virgem, Mercúrio, Casa VI | 6 |
Libra, Vênus, Casa VII | 7 |
Escorpião, Plutão (Marte), Casa VIII | 8 |
Sagitário, Júpiter, Casa IX | 9 |
Capricórnio, Saturno, Casa X (Meio do Céu) | 10 |
Aquário, Urano (Saturno), Casa XI | 11 |
Peixes, Netuno (Júpiter), Casa XII | 12 |
Nota: é importante ressaltar que esse método (baseado em Zip Dobbins) agrupa fatores análogos (signos/casas/planetas/etc.), mas é sempre bom ter em mente que existem diferenças fundamentais entre estes fatores. Um determinado planeta pode ser, em muitos sentidos, análogo a um signo e uma casa — porém, análogo não é idêntico. Os diferentes potenciais e necessidades representados pelas suas subpersonalidades têm afinidades com determinadas Direções Vocacionais Básicas (tendências). O exame do seu Mapa Vocacional indica quais são estas Direções Vocacionais Básicas e quais, dentre elas, são as mais enfatizadas. Essa análise revela o que há de mais expressivo na sua personalidade e que, consequentemente, deveria ser canalizado para atividades produtivas.
Classificação geral das tendências
As Direções Vocacionais Básicas (tendências) tem afinidades com determinadas atitudes e habilidades, classificadas da seguinte forma:
HABILIDADES ARTÍSTICAS:
Associadas com produção ou performance criativa e atividades ligadas à forma, beleza ou design.
HABILIDADES PRÁTICAS:
Associadas com tipos comuns de ocupações. A seleção do trabalho baseia-se predominantemente no retorno financeiro.
HABILIDADES TÉCNICAS:
Associadas com as ocupações e negócios que requerem treinamento especializado, conhecimento técnico ou habilidades manuais.
HABILIDADES INTELECTUAIS:
Associadas com as profissões liberais, ciências e ocupações que requerem treinamento avançado ou aplicação de conhecimentos técnicos superiores, know-how e perícia. Pode indicar posições de autoridade e responsabilidade.
HABILIDADES EMPREENDEDORAS:
Associadas com gerência e direção de negócios e com ocupações que exigem iniciativa, necessidade de assumir riscos, competição, habilidade atlética ou resistência física. Busca de liderança e crescimento.
HABILIDADES ASSISTENCIAIS:
Associadas com vendas, aconselhamento, ensino e ocupações dedicadas a servir ou atender as necessidades das outras pessoas. Trabalho próximo aos outros.
HABILIDADES MÚLTIPLAS:
Refere-se a habilidades para todas ou para a maioria das ocupações acima.
OBSERVAÇÃO:
o A maioria das ocupações reflete uma combinação de duas ou mais das habilidades acima classificadas.
Níveis de importância das tendências
Para facilitar a compreensão, as Direções Vocacionais Básicas (tendências), são distribuídas por diversos níveis de importância: Nível “A”, Nível “B”, e assim por diante. Por exemplo:
Nível “A” – Tendências 2, 4 e 11
Nível “B” – Tendências 1 e 3
Nível “C” – Tendências 5 e 7
Etc.
Assim, as Tendências posicionadas em primeiro lugar (Nível “A”) deveriam ser mais atentamente consideradas na seleção de uma opção ocupacional adequada, seguidas daquelas colocadas nos níveis seguintes (Nível “B”, Nível “C” etc). Na verdade, todas as Direções Vocacionais Básicas (tendências) são importantes. Porém, algumas parecem mais destacadas, sugerindo uma maior necessidade de expressão do que as outras.
Esta classificação, apesar de ser útil, é arbitrária e frágil. A personalidade não é algo que se possa medir, classificar ou contabilizar. Assim, a disposição das Tendências nos diferentes níveis deve ser relativizada, até porque a pessoa pode expressar satisfatoriamente uma tendência importante através de atividades não necessariamente profissionais (um hobby, por exemplo) e ser feliz deste modo.
Uma tendência colocada no último nível poderia, facilmente, ter uma grande importância na opção profissional. Isso depende de muitos fatores, dentre os quais: o modo como estes traços da personalidade foram estimulados pelos pais e professores, as oportunidades de desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades e talentos que a tendência representa, as experiências ocupacionais anteriores capazes de expressá-las e, principalmente, a valorização consciente dessas qualidades.
Se o indivíduo tem consciência de que determinada tendência é forte, identifica-se com essas qualidades e as desenvolve (como um componente importante da identidade, habilidades, comportamento e necessidades ocupacionais), ela é importante, independentemente da “classificação” aqui mencionada.
Uma outra possibilidade também deve ser considerada: muitas vezes as pessoas identificam-se com certas tendências apenas em fases distintas da vida — na infância e juventude, ou somente na fase adulta, na maturidade. Nestes casos, por diversas razões, alguns talentos podem ficar adormecidos por longos períodos da vida. O indivíduo pode não exercer uma ocupação típica da(s) tendência(s) mais enfatizada(s), mas, no mínimo, uma atitude vocacional coerente com essa faceta da personalidade deve ser considerada.
Além disso, é preciso lembrar que todas as tendências reveladas pelo Mapa Vocacional compõem o ser. Portanto, para a plena expressão da individualidade e satisfação das necessidades ocupacionais, elas precisam ser combinadas. Quanto maior for a quantidade de inclinações, talentos e potenciais (representados pelas tendências) utilizados em uma mesma profissão, maior será — teoricamente, pelo menos — a probabilidade de satisfação das necessidades do indivíduo.
Em termos vocacionais, o resultado da combinação e integração de todas as Direções Vocacionais enfatizadas é o que realmente importa.
As tendências
As Direções Vocacionais Básicas (tendências) são genéricas. Ou seja: são estudadas do modo como são geralmente encontradas na maioria das pessoas que as possuem. Em virtude deste caráter abstrato e genérico, baseado em estatísticas e na experiência de muitos astrólogos, as pessoas não irão, necessariamente, reconhecer como suas todas as características associadas às tendências, mas apenas algumas delas. Isto porque pessoas são únicas, singulares – não estatísticas.
Como é praticamente impossível afirmar como operam as tendências nos casos particulares, a questão é tratada de forma um tanto impessoal. O importante, porém, é a compreensão da essência, das linhas gerais do que as Direções Vocacionais significam.
As tendências através de ocupações ou atitudes típicas
As indicações de ocupações referentes a cada uma das tendências são apenas exemplos, e como tais devem ser considerados. Visam somente a auxiliar a compreensão do que determinada tendência representa, e qual o tipo de ocupação ou de atitude tem mais afinidade com ela.
As pessoas, por diversas razões, nem sempre exercem uma profissão que corresponde à natureza de determinada tendência enfatizada em seus mapas. Muitas vezes, para atender às necessidades que uma tendência revela, os indivíduos têm uma determinada atitude em relação ao trabalho. Considerando que a pessoa tem determinada Direção Vocacional (tendência) enfatizada, ela pode:
a) Exercer uma ocupação típica desta Direção Vocacional (conforme os tipos mostrados nos exemplos), ou…
b) Ter uma atitude ocupacional típica desta Direção Vocacional, mas exercer uma ocupação diferente, associada a uma outra Direção Vocacional.
Por exemplo:
Uma pessoa tem determinada tendência que a inclina para ocupações como relações públicas, contatos externos ou vendas. A profissão da pessoa, porém, é outra: ela trabalha como desenhista de projetos arquitetônicos em uma empresa especializada (ocupação que atende às fortes necessidades de uma outra tendência que ela tem). Como também tem aptidões para vendas e relações públicas, é escolhida pelos diretores, entre os desenhistas (e muitas vezes se oferece), para acompanhar a equipe de contatos comerciais nas apresentações dos projetos aos clientes.
Nesses encontros ela não “vende” nada, diretamente (os encarregados dos contatos externos fazem isso), mas ajuda a equipe a apresentar os projetos e a realizar bons negócios.
A habilidade que esta pessoa tem na esfera dos relacionamentos interpessoais faz com que a sua atitude em relação à função de desenhista (uma atividade interna, quase autossuficiente, e de certo modo, solitária), assuma características mais sociáveis e cooperativas: relacionamentos mais estreitos com colegas de trabalho, colaboradores e clientes, treinamento de novos funcionários, desenvolvimento de projetos em parceria etc.
Diretrizes de apoio para a identificação das vocações
O Mapa Astrológico é um material muito rico para reflexão, mas é apenas uma ferramenta. Não é uma fórmula pronta, “mágica”, que dá todas as respostas às questões vocacionais. É, antes de mais nada, um instrumento de autoconhecimento. Como tal — além das possíveis respostas, também traz muitas perguntas fundamentais. Assim, é preciso um esforço da parte do indivíduo no sentido de respondê-las, examinando as indicações que o mapa traz e comparando-as com os traços da sua personalidade.
Após a reflexão sobre o que significa cada Direção Vocacional Básica revelada pelo Mapa, procure compor a sua própria lista hierárquica das tendências mais enfatizadas — que no seu julgamento têm prioridade para expressão vocacional. Adicione todo e qualquer talento, tendência, interesse, habilidade ou necessidade que você sabe que tem e que, eventualmente, não tenha sido mencionado no Mapa. Troque ideias com as pessoas mais próximas. Não se esqueça de anotar tudo o que descobrir, todas as observações das pessoas, as suas conclusões. Tudo é importante.
Selecione as ocupações que parecem mais adequadas à sua natureza. Acrescente exemplos de ocupações semelhantes, de sua própria autoria, baseando-se no conteúdo do Mapa. Reflita sobre os critérios utilizados para rejeitar tipos de ocupações. Agrupe as ocupações selecionadas — referentes às diversas tendências — que apresentam similaridades, tentando combiná-las entre si.
Passe então para uma outra etapa: procure combinar os grupos de exemplos de ocupações que parecem adequadas mas que apresentam orientações diferentes, tentando compatibilizá-los. Procure responder à série de questões formuladas a seguir, comparando as respostas às conclusões a que você chegou analisando o Mapa:
a) Quanto tempo e esforço pretendo investir na minha educação, com vistas à profissão? Cursos, treinamentos, seminários etc., que frequentei ? Quais disciplinas me interessavam mais?
b) Cursos que iniciei e não concluí?
c) Cursos ou treinamentos que gostaria de ter feito e não fiz? Por quê?
d) Cursos que pretendo fazer? Por quê?
e) Assuntos que estudo/leio/pesquiso por conta própria? Por que me interessam? Podem representar um opção ocupacional? Por quê?
f) Quais as experiências profissionais anteriores; tipos de atividades e funções; tempo de serviço; relação com o trabalho, com os colegas e chefias; por que trabalhei nessa(s) área(s); gostava do que fazia? Por quê?
g) Hobbies — o que faço para me divertir? O que gosto de fazer por prazer, independentemente da remuneração? Podem significar uma expressão vocacional? Por quê? O que é mais importante para a minha vida: as atividades de lazer ou as atividades profissionais?
h) Pode parecer absurdo, mas a profissão que eu realmente gostaria de exercer é…
i) Quais são as profissões das pessoas da minha família? Isso representa alguma influência sobre as minhas expectativas profissionais?
j) Qual seria a ocupação ideal, mais adequada à minha natureza? Por quê? Tenho aptidões para exercê-la? Quais seriam as ocupações menos adequadas? Por quê?
k) Quais são os meus critérios para selecionar a ocupação apropriada: Satisfação pessoal? Necessidades intelectuais? Exercício de poder e liderança? Facilidade de contato com outros indivíduos? Remuneração? Status? Oportunidades de expansão e realização? Expectativas familiares ou sociais?
l) O que o trabalho significa para mim? Por que eu quero trabalhar?
Quatro diferentes perspectivas
O conteúdo dos seguintes tópicos também é bastante útil na avaliação geral. Examine cada uma das ocupações consideradas adequadas de quatro diferentes ângulos:
1. O SIGNIFICADO E O PROPÓSITO DO TRABALHO:
A satisfação íntima de atuar profissionalmente segundo a própria natureza, interesses, motivações, necessidades e desejos;
2. A ATIVIDADE EM SI:
As aptidões, o aperfeiçoamento técnico, a relação entre as condições fisicas e a natureza do trabalho, o tipo de trabalho, as rotinas e procedimentos básicos, os instrumentos utilizados nas atividades profissionais, o local do serviço, os horários etc.;
3. A FUNÇÃO SOCIAL DO TRABALHO:
O que ele representa para você e para a sociedade como um todo, o reconhecimento público dos seus esforços, a sua reputação profissional, a sua contribuição para a comunidade, a projeção da sua personalidade no mundo etc.;
4. A REMUNERAÇÃO, O SUSTENTO:
Os frutos do seu trabalho convertidos em valor socialmente intercambiável; o atendimento das suas necessidades e desejos financeiros, os recursos presentes e futuros obtidos da sua atividade profissional etc.
Nota do Editor — “Encontrei no meio da bagunça dos meus disquetes o fragmento de uma apostila que eu escrevi por volta de 93/94 – e acabei não aproveitando.” Foi com esta apresentação que Marcus Vannuzini — o Zini — enviou este texto para a lista de discussão Solstix, em 20 de fevereiro de 1997. Zini, que faleceu em março de 1998, foi um dos pioneiros no casamento entre a Astrologia e a Internet, criando a primeira lista de discussão astrológica em língua portuguesa.
É evidente que o texto não chegou a ser completado por Zini. Contudo, não é difícil deduzir o que viria a seguir: a correlação entre a hierarquia das tendências vocacionais e dos temas dominantes no mapa astrológico. O autor aponta, portanto, para o trabalho duplamente especializado do praticante de Astrologia Vocacional. De um lado, a correta aplicação da técnica exige um bom conhecimento genérico de recursos humanos e do universo ocupacional, em particular; de outro, é necessário um domínio dos processos de interpretação astrológica que permita não apenas identificar os conteúdos associados a cada fator presente no mapa, mas também ordená-los em função de seu peso relativo no conjunto.