Introdução
Até hoje não existe consenso sobre qual seria o horário correto da proclamação da Independência, sendo que as alternativas variam das 15h45m48s (lembrando que falamos sempre de hora local), com Ascendente em 17º de Aquário (horário retificado proposto por Danton de Souza em seu livro Predições Astrológicas, de 1982) a horários posteriores às 17h, que deixariam o Ascendente da carta nacional em Peixes. Esta, por exemplo, era a tese defendida por Assuramaya, do Rio de Janeiro, que ainda nos anos setenta foi um dos primeiros astrólogos a publicar em livro uma análise – bem sucinta, aliás – da carta da Independência.
Entre estes dois extremos, há dois mapas que merecem a preferência da maioria dos pesquisadores: um deles, calculado para as 16h14m22s (horário retificado proposto por Hanna Opitz e por Antonio Facciollo), teria o Ascendente em 23º38′ de Aquário e o Meio do Céu em 22º18′ de Escorpião. O outro horário é o das 16h30, defendido, entre outros, por Barbara Abramo em alguns de seus textos, Raul V. Martinez e pelo editor de Constelar, Fernando Fernandse. Neste caso, o Ascendente do país estaria por volta de 27 graus de Aquário.
A que horas, exatamente, Pedro I gritou o famoso “Independência ou Morte”?
Raul V. Martinez agrega novos dados históricos para confirmar a tese do horário das 16h30, como veremos a seguir. Do ponto de vista factual, uma declaração da independência proclamada às 16h30 LMT daquele distante 7 de setembro parece cada vez mais bem embasada pelas evidências.
Fernando Fernandse
Este texto é, basicamente, um acréscimo ao estudo apresentado em Constelar em abril de 2000, com o título Independência ou Morte, o que o quadro tem a dizer.
Volto a falar do local da Proclamação da Independência do Brasil e do quadro O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo, após ter tomado conhecimento do livro História da Independência do Brasil (Editado pela Casa do Livro, em 1972) e de uma planta da cidade de São Paulo, da segunda metade do século 19. Nessa planta aparece, além de projeto de canalização do Tamanduatey, a localização de construções então existentes, inclusive de uma que deve ser o antigo “Pouso do Ipiranga”, lugar onde foi proclamada a Independência do país.
Como foi visto no estudo anterior, o professor José Murilo de Carvalho, titular do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, publicou no Caderno Mais da Folha de S. Paulo em 26.12.1999 um texto intitulado Os esplendores da imortalidade, onde transcreve explicações dadas por Pedro Américo sobre as razões que o levaram a retratar n’O Grito do Ipiranga imagens que sabia não serem concordantes com a realidade dos fatos acontecidos naquela tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do córrego do Ipiranga, quando Pedro I proclamou a Independência do Brasil.
Relembrando trechos desse artigo do professor Murilo de Carvalho:
Um pintor de história deve restaurar com a linguagem da arte um acontecimento que não presenciou e que ‘todos desejam contemplar revestido dos esplendores da imortalidade’. Assim escreveu Pedro Américo em texto explicativo sobre o quadro conhecido como ‘O Grito do Ipiranga’, completado em Florença em 1888 por encomenda da comissão de construção do monumento do Ipiranga. A tela tornou-se ícone nacional, representação maior da Independência. O texto descreve o grande cuidado do pintor em reproduzir de maneira exata o acontecimento. Leu, pesquisou, entrevistou testemunhas oculares, visitou o local. No entanto, por razões estéticas, teria sido obrigado a fazer mudanças nas personagens e no cenário afim de produzir os esplendores de imortalidade.
De início, D. Pedro não podia montar a besta gateada de que falam as testemunhas. O pedestre animal, apesar de ter arcado com o peso imperial, teve o desgosto de se ver substituído no quadro pela nobreza de um cavalo. Com maior razão, prossegue o pintor, o augusto moço não podia ser representado com os traços fisionômicos de quem sofria as incômodas cólicas de uma diarreia. Como se sabe, a diarreia fora o motivo da parada da comitiva às margens do Ipiranga.
Notas que não constam do texto do professor Murilo de Carvalho:
(1) – A alteração do cenário levou à alteração do próprio local da proclamação. O lugar onde D. Pedro parou devido ao desarranjo intestinal e onde tomou conhecimento das cartas que o levaram a proclamar a Independência era o Pouso do Ipiranga, junto à venda do Alferes. Esse lugar não foi preservado, ficou fora do Parque da Independência, possivelmente para não ofuscar os “esplendores da imortalidade” que se procurava alcançar com o quadro de Pedro Américo.
Um avô de um amigo, que viveu no final do século 19 e início do século passado no Ipiranga, contou para o neto que se lembrava de cocheira que existia desde a época da proclamação da Independência, próxima de onde foi construído o Monumento – em local que a planta do acervo do Museu assinala construção que pode ser associada ao Pouso do Ipiranga. Nesse local da planta aparece um cercado, em forma de quadrilátero (quase quadrado), com algumas construções junto a uma de suas bordas, possivelmente daquela que fazia frente para o antigo caminho do mar. Essa área, não considerada pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, passou a ser apenas uma cocheira no final do século 19. Hoje, considerando a posição assinalada nessa planta, a Igreja Nossa Senhora das Dores está nessa área, ou bem próxima dela.
(2) – A diarreia foi o motivo que levou o Príncipe a se adiantar, deixando para trás parte de sua comitiva, indo na frente para o Pouso do Ipiranga.
Continuando com trechos do artigo do professor Murilo de Carvalho:
O uniforme da guarda de honra também foi alterado. A ocasião merecia traje de gala, em vez do uniforme ‘pequeno’. Finalmente, o Ipiranga teve que ser desviado de seu curso para facilitar a composição do quadro. O carreiro com seu carro de bois, segundo o pintor, entrou em cena para dar cor local, retratar a placidez usual daquelas paragens, perturbada pelo acontecimento.
Comentário:
Não foi apenas o riacho que foi desviado de seu curso no quadro de Pedro Américo, mas o próprio local da proclamação foi alterado, para que a representação pudesse se aproximar do que havia retratado Meissonier em “1807, Friedland”.
O que Pedro Américo não conta é que seu quadro lembra a tela “1807, Friedland”, de Ernest Meissonier, talvez para não reavivar acusação anterior de ter plagiado a “Batalha de Montebelo”, de Appiani, em sua “Batalha de Avaí”. O quadro de Meissonier, pintado em 1875, refere-se à batalha de Friedland, vencida por Napoleão em 1807. A semelhança na composição dos quadros é muito grande. Em ambos, a figura central, D. Pedro e Napoleão, é colocada sobre uma elevação do terreno, cercada por seus estados-maiores. Ao seu redor, em movimento circular, soldados entusiasmados saúdam com as espadas desembainhadas. A dinâmica das figuras nos dois quadros aponta para o centro ocupado pelo príncipe e pelo imperador. Sobressai em primeiro plano o movimento dos cavalos, cujo desenho exato era obsessão de Meissonier. Nos dois casos, finalmente, nenhuma ambiguidade quanto ao objetivo dos pintores: a exaltação do herói guerreiro.
Pedro Américo também não menciona em seu texto outro quadro sobre o mesmo tema da Independência, executado em 1844, a pedido do Senado Imperial, por François-René Moreaux, um pintor francês então residente no Rio. Não se sabe se conhecia o quadro de Moreaux, sem dúvida inferior ao seu em qualidade.
Outra nota que não consta do texto do professor Murilo de Carvalho:
A tela de Moreaux, intitulada “Proclamação da Independência”, está no Museu Imperial, em Petrópolis. Nesse quadro D. Pedro é a figura central, montado em um cavalo, levantando com o braço direito o chapéu. Está entre poucos membros de sua comitiva, cercados por pessoas do povo, que comemoram o acontecimento. O terreno apresenta pequeno aclive e nele não aparece o riacho do Ipiranga.
Rastreando os passos de D. Pedro no 7 de setembro
Do Volume II da História da Independência do Brasil – Capítulo escrito por Pedro Calmon, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Brasileira de Letras, com o título A Proclamação da Independência:
[D. Pedro] Desceu a serra, em 5 de setembro, para ver as fortificações de Santos e ‘visitar a família de seu amigo José Bonifácio’. Aí se deteve um dia apenas. Na madrugada de 7 estava de regresso, escudeirado sempre pela ‘guarda de honra’: o Brigadeiro Jordão, Manuel Marcondes, o padre Belchior Pinheiro … Às 4 da tarde alcançou o Pouso do Ipiranga (7). Na venda do alferes Joaquim Antonio Mário à beira da estrada paravam habitualmente os tropeiros, à vista da casa dos Canto e Melo que do alto dominava a campina. Ao pé da ladeira desliza cristalino o arroio que dá o nome ao sítio.
Pois foi aí que o Capitão Antônio Ramos Cordeiro, acompanhado do correio do Paço Paulo Bregaro, o encontrou às 4 horas da tarde. Iriam até Santos, se não deparassem com o Príncipe no Pouso do Ipiranga.
[As cartas recebidas] Nenhuma delas lhe sugeria que se decidisse, sem mais delongas em São Paulo. Rogavam-lhe que retornasse, ciente (e consciente) da situação. Em vez do crédito de confiança, que o acalmasse, as Cortes o bloqueavam – como ele bloqueara a Divisão de Avilez: concentrando na Bahia o exército e a armada, que poderiam intentar a conquista das províncias do norte. Esperaria o cordato conselho do Pai. Mas o barco que trouxe as ‘péssimas notícias’ nenhuma lhe dava de D. João VI, ‘prisioneiro das Cortes, como seria D. Pedro se lhes obedecesse! A visão do Rei calado, do Congresso intolerante, do apelo às armas, da escolha feita, deixou-o um instante meditativo, às margens do Ipiranga (4 e meia da tarde de 7 de setembro). ‘Depois de um momento de reflexão’ – recorda Canto e Melo, ‘bradou’ (poderia dizer explodiu) ‘Já é tempo! … Independência ou morte. Estamos separados de Portugal! …’
- As palavras entre parênteses constam, dessa forma, entre parênteses, no texto de Pedro Calmon, inclusive o horário: 4 e meia da tarde de 7 de setembro.
Observações:
- capitão-camarista do Príncipe, Francisco de Castro Canto e Melo, a quem Pedro Calmon se refere, era irmão de Domitila de Castro Canto e Melo, a futura Marquesa de Santos. D. Pedro conheceu Domitila dias antes da proclamação da Independência, no dia 29 de agosto, quando esteve na casa paterna do capitão no sítio do Ipiranga – lugar próximo de onde ocorreu o evento de 7 de setembro. Dessa casa, como já foi dito, se avistava o local onde foi proclamada a Independência.
- Francisco de Castro Canto e Melo escreveu notas sobre fatos ligados à Independência logo após ter havido sua proclamação.
A seguir outras partes dessas notas do capitão-camarista do Príncipe.
Do mesmo Volume II da História da Independência do Brasil – Capítulo “Descrição da Viagem do Príncipe do Rio de Janeiro a São Paulo, feita pelo gentil homem de sua Câmara, Francisco de Castro Canto e Melo”.
… na manhã do dia 5, enveredou o Príncipe D. Pedro com sua guarda de honra, já então numerosíssima, pela tortuosa rua dos Lavapés, tomando assim o velho caminho do mar, dos mais antigos da terra brasileira.
Na época da Independência, quem saísse do centro de São Paulo para Santos passava pela rua Tabatinguera, onde ainda está a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte; depois percorria a rua do General Glicério (hoje rua do Glicério) até cruzar o Tamandauatey (hoje rio Tamanduateí, canalizado para outro local); percorria a tortuosa rua dos Lavapés até o atual Largo do Cambuci; caminhava depois pela atual rua da Independência e caminho próximo à atual Av. Dom Pedro I, cruzando o riacho do Ipiranga; logo após passava pelo Pouso do Ipiranga e venda do Alferes, para depois atingir ponto onde hoje existe um marco assinalando onde era o início do antigo Caminho do Mar – na atual rua Silva Bueno. Bem mais adiante passava pela frondosa árvore das Lágrimas, ainda existente e precariamente preservada, onde pessoas, a sua sombra, choravam ao se despedirem daqueles que iam viajar para longe.
Antes da canalização, o Tamanduateí fazia uma série de meandros, acompanhando de perto, entre 100 e 200 metros, o trajeto das atuais ruas da Independência e dos Lavapés. Cortava a rua do Glicério, próximo da rua Barão de Iguape, em lugar onde os chacareiros e pessoas que vinham da região do Cambuci e do Ipiranga lavavam os pés e colocavam seus calçados para ir à cidade. Mais adiante o rio cruzava ponto próximo ao fim da rua Tabatinguera, onde havia uma ponte e iniciava o caminho para o Rio de Janeiro.
Chegando ao Cubatão, ordenou-me S.A. que voltasse conduzindo ofícios que deveriam ser, quanto antes, remetidos ao Ministério do Reino.
No dia 5 de setembro o capitão Francisco de Castro Canto e Melo acompanhou D. Pedro até Cubatão, quando retornou para São Paulo. Não diz quando voltou a encontrar o Príncipe, mas era um dos que estavam presentes quando os laços com Portugal foram rompidos.
Logo após ter sido proclamada a Independência:
A esse tempo vinham ainda a alguma distância alguns companheiros de viagem, pelo que ordenou-me o Príncipe que os fosse encontrar, anunciando-lhes a resolução tomada naquele momento.
Os companheiros de viagem possivelmente não estavam longe do Pouso do Ipiranga, local onde o Príncipe havia chegado cerca de meia hora antes. Após terem recebido essa notícia devem ter apressado o passo.
Francisco de Castro Canto e Melo, além de conhecer bem a região do Ipiranga, onde seus pais moravam, também conhecia de forma bastante precisa a distância do lugar onde foi proclamada a Independência até o centro da cidade, pois em outra passagem de suas notas diz que essa distância é de ¾ de légua, ou seja: ¾ de 6.600 m, que corresponde a 4.950 m. Valor muito próximo da distância medida em planta atual (em escala), ou com hodômetro de veículo.
Após a Proclamação da Independência e da partida antecipada do carteiro Paulo Bregaro, para avisar as autoridades e o povo da cidade, D. Pedro e comitiva (ou parte da comitiva) seguiram de volta pelo caminho que haviam percorrido na ida para Santos.
Quanto demorava uma viagem Santos-São Paulo?
O trajeto Santos-São Paulo, pela antiga estrada do Mar, deveria ter em torno de 70 km, talvez menos, por ser a subida da serra muito íngreme, sendo por isso relativamente curta. Hoje, pela Via Anchieta, cada uma de suas pistas tem mais ou menos 13 km, sendo que a distância do início da descida da serra ao Monumento do Ipiranga é de aproximadamente 36 km. De Santos até o riacho do Ipiranga, pelo antigo caminho do mar a distância deveria ser próxima dos 65 km. Ao sair de Santos de madrugada, para enfrentar essa subida, as mulas estavam mais descansadas e o dia menos quente na serra.
Volta de D. Pedro, tempo estimado para o percurso de Santos ao Ipiranga:
ETAPA | TEMPO |
De Santos até o pé da serra, no Cubatão | 2 horas |
Para subir a serra pelo Caminho do Mar | 2 horas |
Do fim da serra até o Ipiranga(*) | 6 horas |
Paradas necessárias | 1 hora |
Total | 11 horas |
(*) Aproximadamente 40 quilômetros.
Tendo o Príncipe chegado ao Ipiranga às 16 horas – apressando o passo na parte final desse trajeto –, teria saído de Santos em torno das 5 horas da manhã. Em média, a comitiva, montada em muares, teria andado pouco mais que 6 km por hora, quando em movimento.
Após a Proclamação da Independência
Após a Proclamação da Independência, o carteiro foi enviado a São Paulo, para transmitir às autoridades locais, civis e eclesiásticas, o que havia ocorrido. Isso fez com que a comitiva do Príncipe, ao se aproximar do povoado, tenha sido primeiramente saudada pelo repicar dos sinos da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte e depois por essas autoridades e pelo povo. A igreja, ainda existente, na esquina das ruas Tabatinguera e do Carmo, na época tinha essa função informativa importante.
Leonardo Arroyo, em Igrejas de São Paulo, publicado pela Livraria José Olympio Editora (Rio de Janeiro), em 1954, diz que a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, localizada na esquina das ruas do Carmo e Tabatinguera, em São Paulo, nasceu da Irmandade dos Homens Pardos de Nossa Senhora da Boa Morte (provisão eclesiástica de 16.01.1728). Em 24.07.1802 foi feita a aquisição do terreno, por 112$000 e sua construção durou oito anos. Em 14.08.1810 foi feita a benção do templo e foi inaugurada no dia 25 desse mesmo mês.
Nesta pintura do século XIX aparecem a Igreja da Boa Morte, de 1810, e a Igreja e o Convento do Carmo, de 1594, como eram na época da Independência.
Desse livro, sobre essa Igreja:
(…) alvejando no outeiro de Tabatinguera, dominando toda a entrada da cidade pelo caminho de Santos, ou do Rio de Janeiro. E por essa sua situação privilegiada é que se tornou a Igreja N. S. da Boa Morte a Igreja das Boas Notícias. Antonio Egydio Martins assim o afirma: “da torre dessa Igreja que se avistam os presidentes da Província e os bispos diocesanos, quando vinham pela estrada do Ypiranga em direção à cidade, a fim de tomarem posse de seus cargos, dando os sinos da mesma torre o signal da vinda daquelles altos personagens e repicando festivamente”. Os demais sinos respondiam, o da Sé, o do Carmo, o de S. Gonçalo, o da Sta. Ifigênia, o dos Remédios, o da Ordem Terceira do Carmo, o de S. Francisco, de todos eles elevando para o céu (…)
A igreja N. S. da Boa Morte teve essa função até que se tornou necessária a remodelação da torre e algumas partes do templo, obras iniciadas aos 18 de Setembro de 1871 (…)”.
Aureliano Leite, membro do Instituto Histórico Brasileiro, do Instituto Histórico de São Paulo e do Instituto Histórico de Minas Gerais, no livro A História de Sam Pavlo Em Breve Resumo Chronologico desde MD a MCMXXX – Publicado em 1944 pela Livraria Martins , São Paulo – diz que após ter sido proclamada a Independência, aos 7 de Setembro de 1822, sábado, às 4 e meia da tarde, o Príncipe e comitiva às 5 e quase meia horas da tarde, entram a galope na cidade, sendo saudado freneticamente pela multidão – (os grifos não constam do texto de Aureliano Leite).
Esse horário, 17 e quase meia horas, concorda com o das 16h30 para a Independência, pois a tropa, para chegar nessa hora ao centro da cidade, deve ter saído do Ipiranga dez ou quinze minutos após D. Pedro ter rompido os laços com Portugal.
Outra referência sobre esse horário da Independência, 16h30, foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, no dia 7 de setembro de 1983, transcrevendo parte de texto do Barão do Rio Branco:
Foi pelas 16,30 horas que d. Pedro proclamou a Independência. Com ele estavam, o padre Belchior Pinheiro de Oliveira, depois deputado (…)
Carlos Ronasi diz
Desculpem-me mas documentos não provam nada, os fatos é que provam….Para mim o Ascendente do Brasil esta nos primeiros graus de Peixes, cuspide em Aquario !!! São muitas as evidências !!!