Nota crítica ao artigo: “Por que a astrologia voltou a ser pop”, publicado em 18/04/2019 na Revista Época, originalmente publicado no inglês: “Astrology year zero”, por Lauren Oyler, na mídia: The Baffler
Frequentemente, profissionais com especialização nas mais diversas áreas – desde Jornalismo até Física – colocam-se em veementes falas públicas sobre o malefício monstruoso que a Astrologia pode provocar. Em uma espécie de apelo coletivo à racionalidade iluminada e salvadora de humanoides, apontam desesperadamente o risco da Astrologia para as mentes – até as mais brilhantes –, ao corromper as racionalidades com sua lógica ilógica. O argumento que se destaca entre esses apelos é o caráter pseudocientífico atribuído à Astrologia, o que, em linhas breves, refere-se a uma retórica com aparência de factualidade, materialidade e objetividade, apoiada, inclusive, em dados matemáticos, que esconderia uma hipótese de base falaciosa, mítica e irracional.
Como exemplo histórico, temos o famoso manifesto Objections to Astrology inicialmente assinado por 186 cientistas em 1975 e depois transformado em livro chegando ao número de 192 cientistas em protesto contra a Astrologia e seus perigos. Basicamente, o texto apontava para a preocupação dos/as cientistas com o aumento da popularidade da Astrologia, que seria baseada em princípios de pensamento mágico e não científico. Cabe destacar que Carl Sagan na época negou-se a fazer parte do documento, acusando o manifesto de autoritário. O manifesto também recebeu críticas de Paul Feyerabend.
Objections to Astrology é emblemático, mas a história está repleta de outros exemplos. Richard Dawkins, zoólogo renomado, fez críticas à Astrologia em seu livro: Desvendando o Arco-Íris: ciência, ilusão e encantamento, no qual chama a Astrologia de um insulto a áreas como Astronomia e Psicologia. Cita – equivocadamente – a maneira “danosa com que os astrólogos dividem os humanos em 12 categorias”, mostrando seu desconhecimento sobre a matéria a qual critica, já que quem divide os seres humanos em 12 categorias são os produtos que simplificam e banalizam os estudos astrológicos.
Reforçando a lista de críticas, em 18 de abril de 2019, a Revista Época publicou uma matéria, com o título: “Por que a astrologia voltou a ser pop?”, traduzido por Mariana Nântua do artigo original Astrology year zero, de Lauren Oyler, publicado em fins de 2018 na mídia: The Baffler. Em linhas gerais, o artigo reforça que a popularidade da Astrologia estaria ligada a uma base de conhecimento tácito, intuitivo e volátil, que embora “obviamente falso”, não teria tanta predisposição a nos enganar quanto as religiões e outras ideologias. Lauren Oyler também sugere que a Astrologia faz sentido na medida em que estamos mergulhadxs em tanto estresse, problemas e falta de perspectiva que as explicações astrológicas podem promover uma sensação aparente de resgate do controle.
A autora cita Theodor Adorno – um dos pais da Escola de Frankfurt – em seu texto em que critica a Astrologia, considerando que a mesma anula a diferença entre fato e ficção, aproximando-se dos pensamentos autoritários e totalitários. Uma das falas de Adorno evoca o conceito de racionalidade instrumental, aquela que utilizamos para justificar atrocidades e atos desumanos, sugerindo que quem crê na Astrologia: “tem vontade vaga de entender e também é levada pelo desejo narcísico de se mostrar superior às pessoas simples, mas não está em uma posição tal que lhe permita empreender operações intelectuais complicadas e distanciadas”. O artigo de Laren Oyler conclui reforçando o velho argumento de chamar a Astrologia de quase delírio, ou um delírio com aparência de “razoabilidade fictícia que permite aos impulsos delirantes abrirem caminho para a vida real sem se chocar abertamente com os controles do ego”.
Só a luz da razão salva?
Para responder a esses argumentos que no fundo quase alegam que “só a luz da razão salva” (já que Jesus anda tendo muito trabalho), evoco a capacidade humana de ir além dos binarismos e dicotomias. Evoco as tradições filosóficas, psicológicas, antropológicas e sociológicas, de Dilthey aos estudos descoloniais, que questionam a centralidade do poder epistemológico atrelado a um grupo ou a um corpo de conhecimento específico, que desconstroem as hierarquias artificialmente estabelecidas entre subjetividade e racionalidade, que não opõem mito à realidade, que consideram que as linguagens: simbólica, analógica, alegórica, mitológica, mística, intuitiva, constituem lógicas que não são conflitivas, opostas ou concorrentes à lógica da objetividade, uma vez que a riqueza humana é capaz de atuar e desenvolver diversos e complexos tipos de cadeias de raciocínio concomitante e complementarmente.
Adorno tem razão parcial quando afirma que a Astrologia anula a diferença entre fato e ficção. Razão parcial porque essa não é uma prerrogativa única da Astrologia. Qualquer sistema simbólico ou narrativa mítica parte da perspectiva de que não é preciso contrapor fato e ficção, como se fossem espectros opostos e inencontráveis. A ciência, por vezes, também se constitui como uma narrativa distante de realidades possíveis vivenciadas na vida prática. Chamaríamos de ficcionais tais narrativas científicas?
A sobrevivência milenar da Astrologia é de fato curiosa, mas ainda mais curiosa é a tentativa de colocá-la como pseudocientífica, como se ela fosse devedora de um corpo de conhecimento – a ciência – que na verdade bebeu de sua fonte (da Astrologia e de outros saberes antigos) e surgiu séculos e séculos depois. Uma inversão que cheira a um comportamento intelectual desonesto, que a todo custo quer manter o paradigma iluminista de pé, mesmo que tantas correntes, como a própria Teoria Crítica da qual Adorno é representante, já tenham desmascarado as boas intenções do iluminismo.
A lógica da Astrologia não é científica – nem precisa ser
A Astrologia, como um saber tradicional, parte de uma lógica própria. Tal lógica não é científica, certamente que não. E isso não é um demérito, já que a ciência (ou as ciências, porque nem dentro da academia se tem pensamento homogêneo e singular, ainda bem!) é uma forma de acesso ao conhecimento, não sendo a única. Ciência não é carimbo de veracidade, verdade ou objetividade, não é critério para averiguar nenhum outro saber que não opere a partir de sua lógica. Quem faz investigação com fins policialescos, de atribuição de valor, de legitimação ou deslegitimação de determinado saber ou lógica, opera de forma colonialista, com objetivo de fazer imperar seu método sobre os demais.
Com que autoridade a voz científica confere ou retira legitimidade das demais formas de conhecimento? Existe aí um claro perigo de universalização de conceitos sobre o funcionamento do mundo. As leis universais científicas que revelariam a verdade e essência das coisas são, todavia, construídas artificialmente, como um recurso de acesso ao conhecimento, o qual a própria ciência honesta reconhece como passível de revisões constantes. Isto não invalida achados científicos, pesquisas, teorias, mas tampouco torna seu critério um retrato objetivo e fiel da realidade, e muito menos, a única forma legítima de acesso ao conhecimento.
A meta cartesiana de valorização da razão e da ciência empírica tem como efeito um padrão cognitivo de observação, compreensão e atuação no mundo calcado em hierarquização de saberes e lógicas, em desvalorização de conhecimentos e formas de acesso ao conhecimento que não são científicas. A ciência tem muitos méritos e belos resultados e qualquer cientista com engajamento ético em sua profissão reconhece que o objetivo científico central não é valorar fenômenos como verdadeiros ou falsos, bons ou maus, mas sim apresentá-los em profundidade.
Se Astrologia é pseudociência, os calendários também são construídos com bases pseudocientíficas. Afinal, qualquer pessoa sabe que contar o tempo e encaixá-lo em 365 dias, e, a cada quatro anos compensar as horas que não cabem no calendário anual, é uma escolha arbitrária que opera dentro de uma concepção de ser humano e de tempo. Existem outros calendários e outras concepções. Ao tentar ajustar a realidade sideral à realidade e necessidade antropológica de passagem de tempo, utiliza-se de sistemas que precisam ser práticos, didáticos e humanamente úteis à contagem do tempo em nossa época. O tempo, de fato, não muda a quatro anos, nós é que o contamos assim na civilização ocidental contemporânea, construindo uma narrativa sobre o tempo. Ora, o calendário atual (assim como todos os outros) se presta a uma tentativa de organização temporal adaptada às necessidades humanas. E nem por isso é falso, “pseudo qualquer coisa” ou parcialmente mentiroso.
A Astrologia, assim como os calendários, também é um modelo adaptado a uma necessidade humana de compreensão do funcionamento do cosmos. Como narrativa, pode servir a algumas pessoas e a outras, não. O modelo astrológico não é um retrato fidedigno do que ocorre com as moradas celestes. É apenas um sistema explicativo, com brechas, lacunas e problemas metodológicos, cabíveis a todos os modelos de função similar. Um sistema explicativo, diga-se de passagem, de linguagem simbólica, mitológica e não literal, apoiado, sim, em dados matemáticos e em observações factíveis, mas nem por isso, que pode ser chamado de um sistema empírico ou científico.
A astrologia possui linguagem mítica e isso não é um problema para quem não divide o mundo em branco e preto, norte e sul, homem e mulher, fato e ficção. A Astrologia não precisa de reconhecimento científico, porque sua eficácia, seu fundamento, seu funcionamento, sua legitimidade operam em outra lógica.
Astrólogos: conspiradores para ludibriar mentes ingênuas
Acreditar que astrólogxs, desde tempos imemoráveis, atuam no sentido conspiratório de ludibriar pobres mentes ingênuas é desvalorizar a capacidade de escolha, de cognição e consciência de cada ser humano que escolhe a Astrologia como uma forma de acesso ao conhecimento e como um sistema narrativo de sentido. É, ainda, operar na frágil lógica de opor mito à realidade, o que não corresponde às correlações e riquezas simbólicas que estabelecemos em nossa cognição. Que golpe duro para os/as hard scientists, ver que a despeito de todas as maravilhas que a ciência pode oferecer, transformando café e chocolate em herois e vilões a cada estação, há milhares de pessoas que usam sua racionalidade para eleger outras formas de explicação!
Quanto à fala de Adorno sobre a Astrologia como um desejo narcísico de se mostrar superior às demais pessoas, sem fazer um esforço intelectual profundo, isso também ocorre com outros saberes. Pode ocorrer, inclusive, com saberes científicos, referindo-se muito mais à forma como um determinado saber é articulado do que ao saber em si.
E para que a comunicação nesse texto seja a mais transparente possível, afirmo que quem atua ou se consulta com Astrologia, deve reconhecer alguns pontos, como o fato de que o modelo de horóscopo presente em revistas, jornais, sites, em geral, é um serviço pouco profundo, que envolve generalizações, pouco espaço para expressar o significado de um fundamento ou aspecto astrológico e via de regra recebe orientações e regulamentações da equipe editorial que publica o horóscopo. Portanto, quem puder escolher, melhor investir em outro serviço astrológico como Mapa Astral, Previsões (Trânsitos, Revolução Solar, Progressões…), Astrologia empresarial, Astrologia Mundial, Astrologia Eletiva…, evitando assim a equivocada impressão a que se referiu Dawkins de que Astrologia se resume a dividir o ser humano em 12 categorias.
Outro ponto a ser considerado é que existe sempre o “problema” da autoindução diante da Astrologia Moderna, que foi psicologizada, ou seja, uma Astrologia voltada ao autoconhecimento. Tal questão refere-se à pessoa ser induzida a pensar algo sobre si mesma a partir de considerações genéricas que serviam a qualquer ser humano. Claro que a autoindução ou indução a partir de referências externas é também um problema que não é restrito à Astrologia e pode ocorrer em consultórios psicológicos, por exemplo. Lidamos, aqui, com limites de nossa própria consciência acerca de nossos processos.
Finalmente, o aspecto de previsão da Astrologia também pode ser colocado em perspectiva distinta do que normalmente é conhecido como “oráculo guru”. Basta lembrarmos que a ciência estabelece previsões o tempo inteiro: para o clima, para a direção de objetos, para a economia, e também para o comportamento humano. Fazer previsões é um ato teleológico, que move a espécie humana a se antecipar aos seus medos e desafios. Nenhuma previsão, seja do clima, do Banco Mundial, da Mega-Sena ou da Astrologia, é capaz de ser absoluta e definitiva, estando todas em permanente construção, diálogo e interposição com os atos humanos. Se queremos honestidade intelectual, devemos começar com a observação de nossas referências e não com aquelas que nos são alheias.
Wram Roberto de Camargo Accorsi diz
Quero parabenizar a autora pela lucidez e abrangência deste fantástico artigo, contra uma ciência acadêmica pretensiosa, autojustificante e soberba, a qual se arvora verdades absolutas e direitos os quais não possui, na verdade.
A ciência faz julgamentos de valor sobre as outras verdades do mundo, colocando-se num pedestal de inquestionável validade, tal qual Napoleão ao se autocoroar imperador da França.
Mesmo os mais intelectualizados e estudados autores científicos podem afirmar barbaridades grosseiras disfarçadas de conhecimento científico, como se fossem inquestionáveis os seus motivos e doutrinas.
Um intelectual do método científico, que se baseie sobre premissas e princípios errados, somente pode chegar a um absurdo disfarçado de verdade, impondo totalitariamente os seus dogmas sobre a opinião pública.
É preciso que se desmascare a falsa soberania intrínseca do saber científico, como foi exposto em seu artigo.
Parabéns!
edmundo cesar alvim puraca diz
Astrologia sem teoria cientifica.
Astrologia não é uma ciência.Astrologia é uma tecnologia. A ciência busca saber o porquê das coisas e dos eventos. Astrologia não busca saber o porquê que planetas, signos, aspectos, nodos lunares, casas, trânsitos, progressões, estrelas fixas, etc. funcionam no ser humano. Astrologia apenas aplica um conhecimento coletado por milhares de anos de observação do comportamento humano.
Tem muita coisa que a ciência oficial NÃO consegue explicar. Por exemplo: Luz, calor e gravidade. São apenas formas de energia certo?
Como é possível sentirmos os efeitos de 3 formas de energia ( luz, calor , gravidade) que NÃO transportam matéria ( átomos) ?
Então podemos sentir os efeitos de energias que não transportam matéria (átomos). Essa energia poderia vir de planetas, de signos, de aspectos, de casas, de trânsitos, de progressões, etc. e captamos seus efeitos assim como captamos a luz solar com os olhos, o calor solar com a pele e a gravidade solar com a matéria de nosso corpo.
Se alguém souber de algum estudo acadêmico me envie. Lerei com o maior prazer. Não me lembro de ter visto alguma teoria científica que tentasse explicar o porquê que a astrologia funciona ou não em seres humanos. Uma teoria científica que depois fosse testada por cientistas experimentalistas que a aceitasse ou a refutasse do modo + realista e honesto possível. Aí então a astrologia deixaria de ser uma “ciência oculta” e passaria a ser reconhecida como uma tecnologia válida para o estudo e análise do comportamento humano.
José A. Baptista diz
Verdade verdadeira tudo o que você escreveu! Criticar sempre foi fácil, desde o primeiro ser humano, agora, cair de cabeça nos livros – as bíblias sobre o assunto –, fazer extensas pesquisas e montar todo o trabalho para que os experts avaliem positiva ou negativamente, não é para qualquer ser humano. Portanto, os incompetentes, céticos, incrédulos, leigos e incultos vão continuar criticando – depois de seis mil anos a astrologia continua mais forte que nunca! E como astrólogo digo: “Falem mal, mas falem de mim!”. Sobre este assunto ASTROLOGIA indico dois vídeos para quem já assistiu e para quem não os assistiu: (https://is.gd/iuv3Gd – Para quem duvida de Astrologia: A História Bíblica da Estrela Guia Dos Reis Magos) e (https://is.gd/SJca7k – Chineses fazem teletransporte quântico entre a Terra e Espaço).
Wram Roberto de Camargo Accorsi diz
Sim, a humanidade parece acreditar somente nos fenômenos diretamente observáveis que envolvem interações físicas materiais, visíveis e concretas. Contudo, estamos sujeitos aos invisíveis raios X, por exemplo, e os celulares funcionam graças a invisíveis interações de ondas eletromagnéticas.
Portanto, muitas influências são invisíveis, e ainda assim estão atuando sobre nós em silêncio. É preciso refletir um pouco sobre isto.
Jorge Luiz diz
Onde assino ??
Perfeito teu comentário.
Tereza Kawall diz
A astrologia não é ciência e nem deve ser vista como tal, nos moldes cartesianos da palavra. Como linguagem simbólica e universal esteve presente em todas as riquíssimas culturas antigas. E assim seguirá, hoje e sempre, pois os humanos precisam de algo que traga sentido a sua existência. Parabéns!
consuelo lacerda pamplona diz
Muitissimo obrigada. Gostaria de entender um pouco mais sobre ciencia e religião. É possivel ter acesso as pesquisas?
americo ayala jr. diz
Enfáticos cumprimentos, Clarissa! Teu texto desconstrói, bastante bem, muitos dos argumentos da “ciência”, que insiste em dizer que ciência é repetitividade, ou seja, o que não pode ser repetido não é ciência e, portanto, não é crível. Tais como cisnes negros também não eram críveis, mas são críveis – ainda que não repetitivas – a medicina, a psicologia e a sociologia: queiram ou não, estamos bem acompanhados. Sem falar da física quântica, em que um gato pode estar vivo e morto ao mesmo tempo! Parabéns!
Mikael Almeida diz
É impossivel ler e passar o texto adiante sem comentar sobre, me encho de agonia em ver que a maioria não faz isso enquanto temos um campo de comentários (ainda por cima aberto a todos). Assim como em qualquer grupo que tenha como base o conhecimento, há na astrologia seus extremismos também, como há em grande número na área científica empírica. O maior problema disso tudo parte no ataque, e é isso que eu admiro em nós, praticantes de astrologia, que muitas vezes somos extremos, nós não conseguimos ser baixos ao ponto de apontarmos os nossos dedos para criticar outros saberes. Texto limpo, claro, didático e autoexplicativo, adorei demais.
José A. Baptista diz
Tudo que vira quantidade deixa de ter qualidade, principalmente aqui no Brasil, e com relação a astrologia, não seria exceção – principalmente aqui no Brasil. As pessoas que criticam a astrologia me faz lembrar de histórias de assombração que ocorriam em cidades do interior – de SP, por exemplo. Na minha pequena cidade há mais de 50 anos atrás (eu deveria ter uns 12/13 anos de idade) depois que se escurecia ninguém passava por um certo percurso de uma certa estrada de terra, percurso esse que era considerado assombrado devido a estrada de terra ficar menos de 1 km. do cemitério. Aliás, há mais de 50 anos atrás todas as estradas da minha cidade eram de terra.
Quando pessoas passavam (depois que se escurecia) por aquele percurso, escutavam – no mato que contornava a estrada – muitos barulhos estranhos e assustadores que, devido a escuridão da noite, não se via nada, somente se escutava os barulhos estranhos e assustadores. E o mistério durou por mais de 1 ano. Um dia um senhor – morador novo na minha cidade e corajoso – resolveu “estudar” e “desvendar” todo o mistério que envolvia aquela estrada, e que todas as pessoas – medrosas – da cidade falavam. Já escuro esse senhor tomou rumo na estrada e caminhava atento até que começou a ouvir os barulhos estranhos e assustadores, adentrou a pequena mata do lado esquerdo da estrada, e em menos de 1 hora, ele estudou e decifrou todo o mistério – eram filhotes de urubus que faziam os tais barulhos estranhos e assustadores. A cidade toda lhe agradeceu.
Assim acontece com a astrologia, as pessoas que à criticam não à “estudam”, e fazem críticas à partir de críticas de terceiros, com isso, esse “mistério” da astrologia – para essas pessoas de mente limitada – nunca será desvendado. Milhões de pessoas no mundo todo acham mais fácil “criticar” a astrologia que estudá-la e desvendá-la.
Mikael Almeida diz
Analogia genial demais, gostei. E explica muito bem. A ignorância, independente da área, lugar ou pessoa, é uma maldição.