Mc Marcinho (1977-2023), um dos expoentes da vertente do funk carioca denominada Funk Melody, nasceu sob uma Lua Nova, em 11 de novembro de 1977.
Seu mapa é dominado pelo elemento Água, especialmente Escorpião, onde estão nada menos que Sol, Lua, Urano e Vênus: a temática deste artista era caracterizada por um forte toque erótico, mas sem deixar de lado o romantismo. Esta particularidade levou-o a encontrar um nicho próprio no concorrido universo do funk.
A carreira de Mc Marcinho beneficiou-se da mudança geracional trazida pelo trânsito de Netuno em Aquário, entre 1998 e 2011: este planeta tem relação direta com os valores estéticos compartilhados por cada geração, especialmente na música e no cinema.
Netuno em Aquário democratizou o acesso aos meios de comunicação, deu voz às pessoas comuns e abriu espaço à diversidade. Foi o momento em que a arte das comunidades suburbanas ganhou evidência e começou a disputar espaço com a produção cultural mais elitista do ciclo anterior, de Netuno em Capricórnio.
Na prática, Netuno em Aquário permitiu que se realizasse a velha profecia enunciada por Andy Warhol nos anos sessenta: a de que, com a cultura de massa, todo mundo teria direito a seus quinze minutos de fama. O sucesso de Marcinho, porém, não foi efêmero, talvez porque tenha sido um artista popular que jamais perdeu contato com suas raízes. Tentemos entender o motivo.
O modelo de distribuição planetária de seu mapa é uma Taça ou Tigela, que se caracteriza pela presença dos dez planetas dentro de um arco de 180 graus, enquanto a outra metade da carta permanece vazia. Na Taça, o planeta-guia é o primeiro no sentido horário. No caso deste artista, o planeta-guia é Júpiter em Câncer, o que reforça ainda mais o sentido de pertencimento à comunidade de origem (a família canceriana, no sentido literal ou ampliado) e a sintonia emocional com o público.
Mc Marcinho, que viveu diversos dramas pessoais relacionados à saúde, faleceu em 26 de agosto de 2023, aos 45 anos, de falência múltipla dos órgãos.