A morte de Cristo
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Detalhe da Santa Ceia
de Tintoretto. |
O único indicador real para o início
da pesquisa é o da morte do Cristo. A base dessa afirmação
está na unanimidade de evangelistas, historiadores, cientistas,
metafisicos e até mesmo escritores de ficção,
como é o caso de J. J. Benitez, em seu Cavalo de Tróia,
que relata, com absoluta precisão, a hora: 15h27. Sua precisão
é constatável metafísica e astronomicamente.
De posse dos dados reais, hora e lugar da morte,
levantei o mapa astrológico e obtive sete considerações,
sobre o que toda a análise posterior ocorreu:
1. O dia 7 de abril do ano 30 coincide com as calendas
judaicas e é o domingo de Páscoa, que ocorre sempre
na Lua Cheia.
2. A morte do Cristo ocorreu na chamada Hora Nona
judaica, entre as duas e as quatro horas da tarde. Metafisicamente,
a Hora Nona é a da crucificação individual,
quando o Ser atinge o estado superior de consciência. Isso
é indicado por todas as tradicionais escolas de Mistério.
3. A hora aprazada - 15h27 - é relacionada
à oitava casa astrológica - Casa da Morte. O Sol neste
exato momento encontrava-se a 15°06' da constelação
de Áries, recebendo forte oposição da Lua,
o que equivale a dizer que a morte de Cristo ocorreu numa Lua Cheia.
4. Apesar de ser Lua Cheia, unanimemente as escrituras
sagradas e todos os pesquisadores afirmam a existência de
uma escuridão súbita, um "eclipse do sol",
seguida de raios, trovões e tempestades, e que perdurou por
todo o restante da tarde. Astronomicamente seria impossível
a ocorrência de um eclipse solar em Lua Cheia. Mas o fenômeno,
de cunho metafísico, é afirmado por todos os pesquisadores,
merecendo outras considerações. J. Benitez recorre
à explicação da existência de gigantesca
nave extraterrena que teria por missão receber a energia
do Kristós rediviva. Escritores espíritas afirmam
que gigantesco planeta avançou sobre a órbita da Terra,
eclipsando o Sol naquele momento. Pode-se pensar, mais simplesmente,
num fenômeno climático: o Sol coberto por pesadas nuvens.
Porém qualquer que seja a consideração, ficção
ou não, é ratificada "arquetipicamente"
pela unanimidade absoluta dos pesquisadores do evento.
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Morte de Jesus Cristo - 7.4.0030 - 15h27
LMT - Jerusalém - 31n47, 35e10. |
5. O indicador solar do evento estava a 15°6'
de Áries, o ponto máximo da constelação
nos chamados Pontos Arábicos, a indicar "oratória
persuasiva e vida pública". Como a oitava casa é
considerada astrologicamente a Casa da Morte, e como o evento realmente
definou a Morte do Cristo, trata-se do fim de alguém que
teve vida pública e oratória persuasiva.
6. Outro fato curioso é que todos os planetas,
no momento da morte, estavam espalhados pelas diversos signos e
casas de experiência, dando-nos a imediata "intuição"
de que os apóstolos teriam, a partir dali, que seguir o curso
de suas vidas, como se planetas fossem, até que se reunissem
outra vez, quando do nascimento de outra grande personalidade crística,
exatamente 2.160 após esse evento.
7. Outro parâmetro, de importância capital
para a pesquisa, é que a estrela Regulus - uma das estrelas
chamadas Reais - encontrava-se a 0° de Leão e hoje está
a 29 graus do mesmo signo, passando para Virgem após o percurso
pelos 30 graus da constelação de Leão, ou 2.160
anos. Significativamente, estaríamos entrando na soleira
da Era de Aquário.
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A morte de Cristo,
na versão de Masaccio. |
O nascimento do Avatar na
Lua Nova
O pesquisador que avança numa tese precisa
cercar-se do maior número possível de insumos, quaisquer
que sejam, e que somem evidências ao que pretende. No caso
de uma possível chegada ao momento do nascimento do Cristo,
tive que me socorrer de dados doutrinários expostos nas diversas
correntes esotéricas disponíveis: livros, relatos,
pesquisas, Ordens e Escolas de Mistério, além de insights,
intuições e vivências nas áreas cabalística
e astrológica. Por fim, concluímos por algo extremamente
significativo, proveniente do misterium milenar: toda grande
personalidade, chamada Avatar, nasce sempre na Lua Nova e
morre na Lua Cheia. Coincidentemente, essa foi uma chave para a
denominada técnica de progressão que de há
muito uso em Astrologia Clínica.
Assim, havia duas certezas:
1. O Cristo teria sido um Avatar da nova era, a Era
de Peixes, ao final da era de Áries.
2. Por ter morrido comprovadamente na Lua Cheia,
teria de ter nascido, por certo, na Lua Nova.
A técnica
de "regressão" solar
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