Angela Schnoor

Como seria a casa de seus sonhos? Imaginá-la e descrevê-la pode ser o ponto de partida para a descoberta de novas facetas dentro de você. É com esta premissa que a astróloga e psicoterapeuta Angela Schnoor apresenta mais um exercício de autoconhecimento. E desta vez você pode participar online e contribuir para uma rica investigação astrológica. Respire fundo, feche os olhos e... solte a imaginação!

Todas as ilustrações deste artigo são de conhecidas construções de Curitiba, uma cidade de arquitetura muito expressiva.

Ao longo do tempo em que procurei unir a sabedoria da astrologia ao processo terapêutico fui construindo instrumentos que facilitassem ao cliente, que não dispõe da linguagem astrológica, a transmissão do conhecimento que, consciente ou não, tem sobre si mesmo. O que o cliente sabe de si é mais do que qualquer outro ser poderá obter sem sua ajuda, mesmo que terapeuta ou astrólogo.

Aos poucos percebi que estes instrumentos poderiam servir também para o aprendizado inverso. A partir do uso deles a percepção da astrologia foi se ampliando e me ajudando a ver novos conceitos e versões diferentes das minhas e, não por isso, mais ou menos verdadeiras e válidas.

Cada indivíduo é um mundo. Se a astrologia abre caminhos para este universo interior, a experiência de cada ser também amplia nossa visão do cosmos, podendo nos transformar em astrólogos mais sábios e menos dogmáticos.

O nome deste exercício é a construção da sua casa. O objetivo é estimular o autoconhecimento através da astrologia e ampliar o conhecimento desta através do autoexperimento. Trata-se de levar o participante a utilizar ativamente sua imaginação para criar e descrever, em detalhes, a casa em que gostaria de viver.

Ao descrever sua moradia ideal, o cliente projeta sua psique e reproduz o seu mapa como um todo, reunindo aposentos e locais de acordo com as disposições e regências planetárias, aspectos e transformações em curso no momento da "construção".

De acordo com a origem do termo morada - que provém da acepção do lugar onde se fica, mora e vive, há de se convir que cada ser habita, primeiramente, em si mesmo. Desta forma, qualquer identificação que se possa fazer com alguma moradia desejada há que ter alguma projeção de nossa vida pessoal.

Torna-se bastante necessário, em alguns casos, afirmar para a pessoa que faz o exercício que ela tem toda a liberdade de imaginar o que desejar, deixar sua fantasia fluir. Estamos no plano simbólico onde todas as possibilidades existem e, a não ser que a realidade executável faça parte de seus desejos e necessidades, ela pode "viajar" pela imaginação.

Como conduzir o exercício

Em condições ideais, você deve fazer um questionamento verbal à pessoa e anotar ou gravar suas respostas, observando e mantendo a ordem em que ela coloca seus aposentos, pois poderemos observar que, muitas vezes, a relação de um aposento com o outro pode estar diretamente ligado à posição do regente ou dispositor de um signo ou casa, presente no espaço relacionado. A aplicação pode se basear no roteiro que apresentamos mais adiante.

As perguntas não só esclarecem, como muitas vezes enriquecem a narrativa, facilitando e muitas vezes confirmando as associações que fizemos.

Comentários que podem parecer tolos à primeira vista acabam evidenciando características muito importantes da pessoa, como será visto na apresentação da metodologia.

Você terá agora a oportunidade de experimentar o exercício numa versão especialmente adaptada para a Internet. Na página seguinte, você encontrará um questionário de perguntas abertas. Responda-as da maneira mais espontânea possível, procurando registrar aquilo que a sua imaginação lhe sugeriu. Não existem respostas certas ou erradas, melhores ou piores. Todas as imagens que vierem à sua mente, mesmo que pareçam despropositadas, podem ter valor como matéria-prima para uma posterior análise.

Os campos de identificação são imprescindíveis (e-mail, sexo e dados de nascimento). Quanto aos demais, tente preenchê-los, mas se nenhuma idéia lhe ocorrer não há problema em deixar em branco. Depois de terminar o questionário e enviá-lo, você terá acesso automaticamente a uma explicação sobre a metodologia da análise dos resultados do exercício.

As 40 primeiras respostas recebidas podem ser lidas a seguir, acompanhadas dos respectivos mapas. Para proteger a identidade dos que responderam, suprimimos os dados pessoais (data e local de nascimento e e-mail), identificando as respostas apenas por números e sexo do informante. São, no total, 30 mulheres (75%) e 10 homens (25%).

Isso constituirá um bom material de pesquisa para quem quiser confrontar as percepções dos participantes com os fatores astrológicos dos respectivos mapas. Todas as respostas recebidas, mesmo que não publicadas no site, serão estudadas pela autora, do que resultará um novo artigo a ser publicado numa das próximas edições. Só serão consideradas para estudo os questionários que puderem ser confirmados por e-mail (para evitar trotes e brincadeiras).

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