Ciclo de Urano e o nascimento
do Brasil
O astrólogo Antonio Carlos Harres, em sua
História
da Astrologia no Brasil, relata:
|
Alonso de Ojeda (1468-1515) |
Em 1499, Ojeda e Pinzon - navegadores espanhóis
- estiveram no Maranhão, um ano antes de Cabral tomar posse
da terra para a coroa portuguesa. Como existem disputas históricas,
preferimos apontar o Mestre João, piloto judeu da frota de
Pedro Álvares Cabral, como o primeiro astrólogo a
pisar oficialmente em terras brasileiras, sendo inclusive o primeiro
a calcular as coordenadas do Cruzeiro do Sul.
A fragmentação da antiga ordem, a necessidade
de novos mercados e a utopia de uma nova terra prometida impulsiona
esse momento da história da humanidade em direção
ao Novo Mundo.
Nesse cenário ocorre a grande conjunção
astrológica, na passagem do ano 1500 (30/12/1499, 20:00hs
em Lisboa), que sinaliza o início de um novo tempo para a
humanidade. Essa conjunção será a principal
formadora de toda a história de nossa gente e de nossa terra:
Júpiter-Urano, a 24º no signo de Aquário, e em
quadratura a Plutão, a 24º no signo de Escorpião;
e, ainda, com Saturno, a 14º no signo de Touro, em trígono
a Netuno, a 14º no signo de Capricórnio.
|
Conjunção Júpiter-Urano,
exata em 30.12.1499, às 20h, em Lisboa, poucos dias antes
da partida da frota de Cabral. |
Entendo que essa configuração planetária
indica de maneira ímpar a vocação idealista,
inovadora e utópica da nação que iria se formar,
em relação aos acontecimentos da época. A simbologia
aquariana desse novo ciclo passa a corresponder à identidade
dessa nova terra e de sua gente.
. Urano, em Aquário indicava a necessidade
e urgência da ruptura com as velhas instituições,
da revolução em curso, do fomento de novas idéias
e movimentos sociais em busca de um ideal coletivo. Júpiter,
em sua conjunção a Urano, revelava a expansão
e dinamização desse momento, e o impulso para que
as navegações se modernizassem e rompessem barreiras
e tabus. Saturno e Netuno, em signos de terra, estimulavam a busca
de novos espaços que acolhessem as utopias que mobilizavam
a vida na Europa, além das necessidades básicas de
expansão das economias. Essa configuração indica,
ainda, a expansão das novas idéias, conhecimentos
e saberes, ao lado de todo o esforço de transformação
radical anunciado pela quadratura de Plutão e sua oposição
ao planeta Saturno.
A chegada de Pero Vaz de Caminha, com a conjunção
de Lua e Urano dentro do ciclo Júpiter-Urano e com a quadratura
de Plutão, expressa o primeiro desejo de que essa terra representasse
a realização do ideal de um novo mundo.
A utopia de uma nova terra e a possibilidade de organizar
uma nova vida, diferenciada da que ocorria na velha Europa, longe
do poder tirânico que a Igreja Romana exercia, impulsionou
os navegadores a batizarem a nova terra com o significativo nome
de Vera Cruz. Mobilizados pelo que restava dos antigos templários,
acreditavam que aqui poderiam organizar uma nova Igreja, distinta
da Romana, retomando a linha-mestra do cristianismo. Interessante
notar a oposição ferrenha da Igreja ao nome Vera Cruz,
forçando Portugal a usar o nome de Brasil, em função
do comércio do pau-brasil. Curiosamente, séculos depois,
nasce nessa terra a Teologia da Libertação.
Esse espírito utópico e idealizador
será a marca perene de nosso processo civilizatório,
com impulsos diferenciados de tempos em tempos, como a imigrações
de italianos, espanhóis, alemães, judeus, árabes,
coreanos, japoneses e chineses, todos em busca de uma nova vida,
uma terra de abundância, de promissão.
Cronologia
· Fase de idéias e conjecturas da necessidade
de interiorização da capital.
· Fase de decisão e primeiras iniciativas de demarcação
do local.
· Fase da construção de Brasília
Fase das idéias
|