Urano e Júpiter são
os planetas que marcaram mais profundamente a identidade
de Brasília, a cidade que nasceu de uma utopia
para abrigar uma síntese única.
Todo o trajeto de criação
de Brasília segue um desejo, fruto do sonho coletivo
de um espaço e de uma organização
social, no qual podemos identificar ideais enraizados
na simbologia aquariana: progresso e liberdade.
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Ao acompanharmos os vários passos históricos
até a materialização da cidade de Brasília,
percebemos claramente a interação dos planetas Urano
e Júpiter, através de seus vários ciclos, como
sinalizadores do projeto e da realização desse fato
histórico, como também da formação da
nossa identidade aquariana, tanto na data e hora inaugural de Brasília
como na de nossa Independência.
Podemos deduzir, ao longo da análise das várias
datas, a importância de Urano, ativado por Júpiter
e desafiado muitas vezes por Plutão. É possível
afirmar, com coerência e certeza, que Brasília, cidade
planejada, sonho ou utopia de muitos, planejada inclusive em relação
à sua inauguração, está diretamente
envolvida com a energia e a simbologia de Aquário, seu Ascendente.
Uma discutível veiculação da imprensa ao longo
dos anos expõe apenas a faceta de Brasília como sede
administrativa do poder político e esconde toda a sua outra
face de cidade cosmopolita e mística, para onde convergem
cidadãos de todas as partes do país; seu desenho arquitetônico
do período modernista; sua originalidade nas artes e na música.
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Brasília - Inauguração
da cidade - 21.04.1960, 0h - 15s47, 47w55. |
A maneira como foi concebida e realizada afirma claramente
a identidade aquariana de Brasília. Essa identidade também
se revela na individualidade, traço cultural de seus habitantes,
no pressuposto da racionalidade do uso dos espaços públicos.
E na participação de seus cidadãos numa intensa
vida social em grupos de afinidades. A excentricidade do modo de
vida em Brasília reafirma seu caráter aquariano. Outro
traço forte da cidade é o interesse pelo conhecimento,
pelo saber. A beleza natural do céu de Brasília e
das noites estreladas reflete também a expressão fortemente
aquariana da cidade.
Brasília nasce de uma longa trajetória
de intenções históricas, e sua vocação
vai além de uma cidade administrativa do poder político.
A Inquisição
persegue os precursores da utopia
A inauguração de Brasília como
a nova capital do Brasil, a partir do ano de 1960, é marcada
pela originalidade do fato em si, que o diferencia do modo pelo
qual a maioria das cidades se originaram ao redor do mundo. Esse
sonho coletivo do qual nasce Brasília está imerso
nas origens de nossa história como nação. Quando
da vinda dos portugueses para a Nova Terra, em 1500, estabelecia-se
um novo paradigma na humanidade. Na Europa, em plena luta, Portugal,
Espanha, Inglaterra e a própria Igreja Romana disputavam
terras e poder. A Inquisição em curso dizimava a Ordem
dos Templários; cabalistas, sufis e gnósticos fugiam
para regiões e lugares onde poderiam estar a salvo do poder
da Igreja e de seus aliados. Dirigiam-se notadamente para Portugal,
que mantinha um certo distanciamento do poder da Igreja Romana.
Nesse contexto se organiza a Escola de Sagres e iniciam
os projetos que envolvem a conquista de uma nova terra. Nesse período,
as idéias de Francis Bacon em seu livro Nova Atlantis
começam a influenciar e permitir os investimentos necessários
tanto para o projeto de Colombo como o de Cabral (veja A Conspiração
Oculta, de Michael Howard).
Nota de Constelar: o autor do artigo
relaciona alguns acontecimentos que não são
exatamente contemporâneos, já que se estendem
por um período de mais três séculos. Contudo,
estão conectados por constituírem um processo
cujo resultado foi uma enorme expansão da área
de influência da civilização ocidental.
Os templários são dizimados pelo governo da
França, com o apoio da Inquisição, no
início do século XIV; o núcleo de navegadores
portugueses que ficou conhecido como Escola de Sagres é
do início do século XV; as viagens de Colombo
e de Cabral ocorrem no final do século XV; e a publicação
de Nova Atlantis, de Francis Bacon ( ), acontece apenas no
século XVII.
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A Inquisição, que provocou uma ruptura
profunda, interferindo e separando todo um saber que se consolidava
entre cabalistas, sufis e místicos cristãos, criou
a condição necessária para o surgimento da
Escola de Sagres e para o apoio de cabalistas e astrólogos
hindus à esquadra de Cabral.
Ciclo de Urano e o nascimento
do Brasil
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