Além de astróloga, Ana era professora de Literatura, com mestrado em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Em seus textos é frequente a síntese entre as duas paixões. Detentora de cultura ampla e sofisticada, Ana conseguia ter um olhar ao mesmo tempo técnico e sensível sobre os temas de seu interesse.
No atendimento de clientes, utilizava uma leitura do mapa com ênfase nos ciclos de experiência e na consciência corporal. Um de seus autores preferidos era o suíço Alexander Ruperti, que ficou conhecido no Brasil através da tradução argentina Ciclos del Devenir.
Como sagitariana pesquisadora e interessada em educação, Ana vinha desenvolvendo há anos um projeto a respeito da História da Astrologia em São Paulo. Alguns dos frutos desta pesquisa, como os estudos sobre a Escola GEA e sobre a importância do prof. Waldir Fücher, fundador da Regulus, estão em Constelar (vela o link mais abaixo).
Participou do livro Brasil, Corpo e Alma (2002) com o artigo “O jeitinho brasileiro: algumas reflexões a respeito do signo de Gêmeos”. Fortemente gregária e entusiasta de iniciativas coletivas, foi associada e participante ativa em diversas instituições de classe, como CNA, ISAR (EUA) e ASPAS (Portugal).
Mantinha o blog Coisas do Imaginário, onde a Astrologia era apenas um dos temas, dentre seus múltiplos interesses. Foi palestrante em mais de uma edição do Simpósio do Sinarj, no Rio de Janeiro, e ajudou a divulgar a Astrologia Brasileira no exterior, participando de eventos nos Estados Unidos, Argentina e Portugal.
Conheci Ana Maria no início dos anos 2000, e passei a tê-la como parceira frequente de trocas de informação sobre astrologia e cultura. Sempre bem informada sobre novidades nas áreas de literatura e cinema, era também uma excelente companhia para visitar museus e galerias de arte. Tornou-se também uma colaboradoras habitual de Constelar. São dez textos publicados, no total, sendo que, destes, seis estão atualmente disponíveis na área moderna do site (os outros quatro artigos poderão ser lidos em breve, assim como outros três, inéditos, enviados pela autora antes do início da pandemia).
Que o belo legado de Ana possa continuar vivo e inspirando as novas gerações de astrólogos brasileiros.
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