A constelação de Capricórnio tem alguns mitos associados a ela, tanto com relação à forma do Capricórnio cabra com cauda de peixe quanto com relação à cabra-montesa que escala as montanhas mais difíceis com facilidade.
Cronos (que era um dos Titãs) destronou seu pai Urano após um longo período de reinado, mas no momento de sua queda Urano profetizou que Cronos também seria destronado pelo próprio filho. Sabendo disso, Cronos passou a devorar os filhos gerados com sua esposa Reia, que teve a astúcia de esconder o último filho, Zeus, na ilha de Creta para evitar que ele também fosse devorado. Lá, uma ninfa-cabra chamada Amalteia cuidou de Zeus com devoção e o amamentou com seu próprio e rico leite e com um doce mel com aroma de lavanda.
Zeus cresceu forte e poderoso, e, junto dos irmãos, acabou por destronar o pai, Cronos. Ao tornar-se o senhor dos deuses ele não se esqueceu de sua mãe-cabra e a colocou nos céus, transformando-a na constelação de Capricórnio. Ele também transformou um dos chifres de Amalteia na Cornucópia, um chifre de farturas que estava sempre repleto de boa comida e bebida, e que nunca se esvaziava.
A cornucópia simboliza a recompensa pelo trabalho árduo que o signo sempre se propõe a fazer, elevando-se desde a base da montanha até o pico, independentemente das escarpas dificultosas que a cabra pode encontrar no caminho ao topo.
Capricórnio e o mito de Pã
Outro mito grego que conta sobre a origem da constelação é a de Pã, que era um sátiro (corpo de humano com chifres e patas de bode). Conta o mito que, após derrotar Cronos, Zeus manda seu pai e todos os Titãs ao Tártaro. Geia, que havia gerado todos eles, se enfurece e envia o monstro Tifão para atacar Zeus e todos os deuses que haviam derrotado seus filhos.
Pã se assusta com a presença de Tifão e se esconde em um rio, ficando com a parte de baixo do corpo na água (que acabou se transformando em peixe) enquanto a parte de cima assume o formato da cabra. Com o susto, Pã solta um grito assustador, mas que foi o suficiente para alertar Zeus da presença de Tifão e não ser pego de surpresa.
Após Zeus derrotar o monstro ele eleva Pã aos céus no formato da constelação de Capricórnio.
A constelação de Capricórnio já era conhecida de civilizações ainda mais antigas, no caso os sumérios e babilônios. Ela representa também o deus sumério-babilônio Ea ou Enki, que governava as águas doces e estava associado ao trabalho, à sabedoria e à instrução da humanidade.
Este deus era alto e usava uma capa longa da qual saíam dois rios (o Tigre e o Eufrates, que corriam na Mesopotâmia) e uma coroa com vários chifres (outras versões dizem que ele era um homem-peixe com a cabeça e metade do corpo de cabra e cauda de peixe, e saía das águas para se mostrar aos humanos como um homem que usava uma capa de pele de peixe) e ensinava aos homens as regras e leis para serem civilizados.
A cabeça e corpo de bode com a cauda de um peixe representa também a potencialidade de ascensão desde a profundeza do oceano, escalando até o topo da montanha.
André diz
Meu Mercúrio, Sol, Marte, Fortuna e Fundo do Céu capricornianos agradecem, graças a Kronos meu Saturno está em Aquário 🙂