O mito relacionado especificamente à constelação de Virgem é o de Astreia, filha de Zeus e Têmis, mas o mito que costuma estar mais associado ao signo de Virgem é o de Deméter e Perséfone.
Conta o mito de Astreia que ela vivia junto aos homens na época conhecida como Idade de Ouro, um tempo em que não havia guerras e todos viviam em harmonia. Nesta época, Astreia ensinava aos homens tarefas como caçar e plantar. Com o tempo, os homens foram se tornando gananciosos e começaram a desejar mais do que deviam ou mereciam, e com isto os conflitos entre eles foram inevitáveis.
Vendo que a humanidade sairia desta era dourada e passaria a novos estágios de conflitos, injustiças e sofrimentos, Astreia se refugia em uma montanha e posteriormente sobe aos céus na forma da constelação de Virgem. Ela carrega consigo uma espiga de trigo representando a colheita e produtividade que a deusa tão bem ensinava aos homens.
Na constelação, a espiga é Spica, a mais brilhante deste conjunto de estrelas. Spica concede êxito, renome, riqueza e amor à arte e à ciência às pessoas que têm um planeta pessoal tocado por essa estrela.
O mesmo tema da colheita está presente no mito de Deméter e Perséfone. A virgem Perséfone (Koré), filha de Deméter (deusa dos trigais e da colheita), passeia ingenuamente pelos campos colhendo flores quando é surpreendida por Hades, senhor das profundezas e do submundo, que decide raptá-la para ser sua esposa. Deméter procura sua filha por todos os cantos do mundo mas não a encontra em lugar nenhum. Em seu desespero e tristeza, faz com que a terra torne-se estéril até que a filha retorne, privando os homens de alimento e causando um período de estiagem sem fim.
Zeus, sabendo do ocorrido e preocupado com o bem-estar da humanidade, resolve interceder e pede a Hades que devolva Perséfone à sua mãe. Hades é convencido a deixá-la ir, mas só se a jovem não tivesse comido nem bebido nada do seu reino.
Acontece que Perséfone já havia comido as sementes de uma romã, e com isto não poderia mais voltar definitivamente ao reino da terra. Zeus então faz um acordo com Hades: decidem que Perséfone transitará entre os dois mundos.
Durante os três meses do inverno ela ficaria com Hades reinando no submundo, e na primavera voltaria para ficar ao lado de sua mãe Deméter. Com isso a terra recuperaria sua fertilidade.
A estiagem do mito representa o excesso de racionalidade com que o signo de Virgem pode se apresentar, seja em um excesso de perfeccionismo ou na necessidade de organizar e catalogar tudo obsessivamente, em detrimento de um movimento instintivo e natural.
Já os períodos de florescimento e crescimento do plantio após o retorno de Perséfone falam sobre a eficiência de Deméter servindo à humanidade através da colheita, tendo como paralelo a prontidão das pessoas com ênfase virginiana de servirem e serem úteis para se sentirem produtivas.
José carlos de Moraes diz
Esse cara é D+.
É um dádiva conhece ele.
Muito competente e humano.