O Grande Reinício
O Grande Reinício [1] (The Great Reset), é uma agenda globalista proposta por elites mundiais, visando um mundo completamente distinto do atual, já em 2030. Estas elites se encontram, regularmente, no Fórum Econômico Mundial (WEF), fundado há aproximadamente 50 anos. Todos já ouvimos falar de Davos, é claro!
Esta agenda foi planejada ainda em 2016, quando o WEF estabeleceu um plano de ação global envolvendo governos, empresas e você! E o que está chegando é Socialismo puro, que efetivamente vai chegar — porque quando as elites dizem que vão fazer alguma coisa, acredite, elas fazem — quer você goste, quer não.
Marx deve estar estarrecido! As elites, ora, ora, logo elas, vão avançar mais uma etapa de sua teoria. Tudo porque o Capitalismo falhou em construir uma sociedade mundial economicamente justa e equilibrada. E The Great Reset é uma confissão de culpa não verbalizada! Está acontecendo neste preciso momento, sob seus olhos caro leitor, o que Darwin já ensinava: os organismos mais adaptados a um determinado ambiente são os que mostram mais capacidade de se reproduzir e sobreviver. Ou seja: adaptar-se ou sucumbir! O Capitalismo se adapta, mesmo tendo que invadir fronteiras do Socialismo.
Sinais, assim na terra como no céu
Em Setembro de 2020, a revista Exame [2] apontou – trazendo notícias com origem em centros mais avançados do Capitalismo – que (…) “Pois 50 anos depois um grupo de empresários, investidores e ativistas sociais tenta mostrar que o mundo mudou de vez, e que o capitalismo de shareholder, focado no investidor, deu lugar ao capitalismo de stakeholder, focado em todos os públicos. Neste domingo este grupo, batizado de IMPERATIVE 21, publica um anúncio no jornal The New York Times com o título ‘Redefina o Capitalismo’ [grifo meu] e ao longo da semana fará uma série de eventos em grandes centros financeiros do mundo, como a Nasdaq, em Nova Iorque, e a B3, no Brasil”.
A terra reproduziu o que o céu já havia antecipado; em Junho de 2017, Constelar publicava um longo artigo de minha autoria que, mutatis mutandis, antecipava em três anos o anúncio do The New York Times e que se denominava 2020: Júpiter-Saturno e a refundação do Capitalismo.
Hoje, os sinais na terra continuam. Leia: “Pesquisas nos Estados Unidos e internacionalmente [grifo meu] mostram um aumento acentuado no apoio ao socialismo entre os jovens. O apoio ao capitalismo está diminuindo [grifo meu] à medida que uma nova geração adota visões de políticas e programas econômicos coletivos” [3].
E não é só: “Como a Revolução Cultural chinesa, a atual “revolução” nos Estados Unidos está sendo travada pela juventude – sob liderança de esquerdistas radicais, é claro. Além disso, assim como a Revolução Cultural chinesa da década de 1960, a “Woke Revolution”[4] nos Estados Unidos está decidida a destruir todo e qualquer vestígio da sociedade tradicional, especialmente aqueles que celebram a liberdade, o individualismo e a singularidade americana em geral”[5] (grifo meu).
Há mais sinais no céu?
Há mais sinais no céu? – Há. Ainda que se possa estudar eventos de colapsos do status quo a partir de diversos ciclos celestes, por exemplo, Urano-Netuno como principal significador de grande parte dos movimentos de independência de praticamente todos os países da América Latina, ricos e também esclarecedores é observá-los sob a ótica Saturno-Netuno. Além dos eventos digamos, “concretos”, este ciclo labora, também, sobre a construção de ideais novos, visões díspares, tais como a criação da “Liga de Comunistas” e o lançamento do “Manifesto Comunista”, de Marx e Engels, em 1848, fontes da Revolução Comunista na Rússia, em 1917, que ocorreu no ano da conjunção exata destes dois planetas.
É uma metodologia confiável eis que, “A cada 35 anos, quando o ciclo Saturno-Netuno se renova, assistimos assim a um deslocamento coletivo, um movimento de massas, uma corrente de rebelião ou uma revolução”, no dizer de André Barbault, [6] eminente astrólogo francês e grande estudioso dos ciclos astrológicos.
Em seguida à última conjunção de 1953, tivemos a morte de Stalin em 1954 e todo um movimento de “desestalinização” comandado por Krushev e, novamente, na conjunção posterior, em 1989, a queda do muro de Berlim, com a consequente reunificação da Alemanha. Já vinha de 1988 a nova liderança de Gorbatchev e sua Perestroika (Reestruturação).
O ciclo Saturno-Netuno seguia sua natureza modificadora.
Ciclos Saturno-Netuno desde 1846
Mas e hoje? – A sequência dos ciclos Saturno-Netuno, a partir de 1846, observada desde os signos, segue a seguinte dinâmica:
- 1846 – Aquário: Ar → Rebeldia, futurismo
- 1882 – Touro: Terra → Possessividade, apropriação
- 1917 – Leão: Fogo → Reconhecimento, validação
- 1953 – Libra: Ar → Negociação, ajuste
- 1989 – Capricórnio: Terra → Ambição, ânimo
- 2026 – Áries: Fogo → Autoafirmação, ousadia
Ao comparar a conjunção destes planetas nos signos, com o testemunhado ao nível mundano, observa-se perfeita sintonia — a sincronicidade Junguiana — traduzida por “em cima, como embaixo”.
E se assim é, o que esperar da próxima conjunção? A que conclusões podemos chegar? Bem, a questão de fundo é: a conjunção Saturno-Netuno e tudo o que ela significa de mudança, de alteração de estruturas, de construção de novos conteúdos e crenças com fundamento no coletivo vai se impor! O conjunto de testemunhos envolvidos é muito intenso!
“Nada é mais poderoso que uma ideia cujo tempo chegou”, diria Victor Hugo.
Desde 2012, o posicionamento Netuno/Peixes, com toda sua carga simbólica de idealismo e utopia, age na direção do comunitário e grupal (fazermos juntos). Depois foi a vez de Saturno fazer um longo caminhar também ele por Peixes, a partir de 2023. A voz do destino sussurra, a coletividade ouve uma canção de fundo que toma conta de tudo e de todos. Somos levados para um mundo onde não há garantias. “Não foi Wagner quem compôs Sigfried. Foi Sigfried quem se apoderou de Wagner, e depois Wagner se apoderou da Alemanha”. [7]
Na sequência, esta ênfase pisciana vai ser reforçada quando da exata conjunção Saturno-Netuno. Estarão em Peixes, na ocasião, Sol, Nodo Norte, Vênus e Mercúrio.
A conjunção ocorre praticamente partil com Zero Áries, sabidamente um ponto de alta energia (de novo, ênfase). Veja o mapa com Ascendente Zero Áries (20 de Fevereiro de 2026):
A ativação simultânea de Zero Áries conjunção Saturno-Netuno poderá significar, de modo frequente, um elevado nível de stress (quadraturas e oposições, mesmo conjunções).
A importância de Marte
Por outro lado, mais importante que o Regente do Ascendente é o Dispositor do ciclo. Marte, no caso, não é uma boa notícia: em Aquário, tende à rupturas, impaciência, posturas que serão transferidas a Saturno-Netuno e muito enfaticamente, eis que recebe quadratura de seu próprio Dispositor, Urano. Ele também governa a Lua (o povo, em geral), agregando individualismo e agressividade ao comportamento de grandes contingentes populacionais.
E importante: como a conjunção ocorre em Áries, governada por um Marte pouco amistoso em Aquário, não descarte o uso de força, às vezes de forma implacável, para impor tudo que Saturno-Netuno promete. Às vezes ideais — os dos detentores do poder! — são implantados de modo perverso.
Last but not least, estivemos observando a configuração Saturno-Netuno em perspectiva mundial. Especificamente no caso brasileiro, ela está sobre o Meio-Céu do Rio de Janeiro e Mercúrio, que rege o Ascendente, exilado em Peixes(!), sobre o Meio-Céu de Brasília.
Ah! Brasil…
NOTAS:
1 http://www.agenda2030.org.br/sobre/
2 https://invest.exame.com/esg/um-manifesto-para-redefinir-o-capitalismo-50-anos-apos-friedman
3 https://jonathanturley.org/2021/07/07/polling-shows-sharp-rise-in-support-for-socialism-among-the-young/
4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Woke
5 https://www.theepochtimes.com/maos-cultural-revolution-has-arrived-in-america_3859956.html?utm_source=partner&utm_campaign=ZeroHedge
6 El Pronóstico Experimental en Astrologia, Visión Libros, Barcelona, 1981
7 Liz Greene, Os Planetas Exteriores e Seus Ciclos, Ed.Pensamento, 1995
Angela diz
Desejo deixar uma menção especial para a familia de Ayala.
Trocamos ampla correspondência por muitos anos até que uma crise entre dois arianos que fomos, nos separou.
Ayala, mais que astrólogo ou engenheiro foi um poeta apaixonado. Sentirei, no tempo que ainda me resta, muita saudade de nossas divergênciss afetuosas. Até logo, amigo!
Marcelo Ayala diz
Em meu nome e de minha família, agradeço pelas palavras carinhosas direcionadas ao meu pai. Um forte abraço, Marcelo Ayala!
André Alcântara diz
Excelente a menção astrocartográfica da conjunção Saturno-Netuno que cairá exatamente em cima do Plutão natal na casa 2 do mapa da independência quadrando para Netuno (regente do ascendente para aqueles que acreditam ser Peixes) e Urano (regente do ascendente para aqueles que acreditam ser Aquário). Dissolução do Brasil.