Um enorme navio abandonado abalroa os pilares da ponte Rio-Niterói e mostra como o mapa de inauguração da estrutura continua reagindo a trânsitos, quase meio século depois.
Em 14 de novembro de 2022, às 18:18 (segundo informação do RJTV) o navio graneleiro São Luiz bateu num dos pilares da Ponte Rio-Niterói. Imediatamente a ponte foi interditada nos dois sentidos, para avaliação dos danos. As consequências foram enormes engarrafamentos, que se estenderam até o início da madrugada.
A ponte exerce um papel gigantesco na vida da população fluminense. Em especial para os niteroienses, que, em sua maioria, exercem atividades profissionais ou mesmo universitárias do outro lado da “poça” (apelido carinhoso da baía de Guanabara).
Apesar das barcas que atravessam a baía de Guanabara diversas vezes por dia levando milhares de pessoas ao centro do Rio de Janeiro (no passado transportavam veículos também), a ponte se tornou um caminho muito mais importante. Possibilita a travessia em torno de 15 minutos (sem trânsito) e permite o deslocamento pela cidade do Rio num mesmo transporte, sem necessidade de baldeação. Embora o quantitativo deva estar diminuindo como consequência do trabalho remoto, atualmente cerca de 150 mil pessoas ainda fazem a travessia a cada dia, segundo a concessionária Ecoponte.
Inaugurada no lado carioca pelo então presidente militar Emílio Garrastazu Médici, às 9h da manhã de 4 de março de 1974, a ponte só foi aberta ao tráfego às 6h da manhã do dia seguinte, 5 de março (fonte: Médici entrega a ponte, festa nos dois estados. O Globo, 1º caderno, p. 6 – 5/3/1974).
Analisando os dois mapas (inauguração e abertura ao público) identificamos as seguintes ativações:
➡️ No mapa da inauguração, Marte em Gêmeos rege o Ascendente, em 26º de Áries, e no Descendente encontramos Urano, planeta dos imprevistos — e quem está habituado a cruzar a ponte sabe que são frequentes.
➡️ Por trânsitos, em 14 de novembro de 2022, encontramos Marte, o regente do Ascendente da inauguração, cruzando a casa 3, em quadratura com Júpiter e Netuno em Peixes na 12 (o navio grande a abandonado); Plutão (um símbolo de destruição), regente da 8 da inauguração (em cuja cúspide está o Sol do acidente), faz quadratura com Urano e conjunção ao Meio do Céu do mapa de 1974.
➡️ Saturno, significador de pilares no mapa da ponte, está em trígono com Mercúrio (movimento, transporte) e Júpiter (viagens, grandes estruturas) e, por trânsitos, está ativado por Marte (conjunção) e por Júpiter e Netuno (quadratura); Júpiter, transitando na 12 em quadratura a Saturno na 3, indica um perigo enorme, mas despercebido, flutuando no mar (em Peixes), que abala os pilares.
➡️ O mapa da abertura da ponte ao público tem Virgem no descendente (que, dentre outros, tem o significado de “inimigos declarados”) — O navio graneleiro (transportador de grãos) pode ser associado a Virgem (grãos) e Júpiter (pelo tamanho da embarcação).
➡️ Destaca-se ainda a quadratura Saturno-Urano no céu, significadora da possibilidade de abalos estruturais.
Não é o primeiro acidente sofrido pela ponte Rio-Niterói, cuja construção já previa, aliás, a possibilidade de ocorrências deste tipo. Mas o acidente em pleno feriadão lembra mais uma vez que vivemos tempos de Marte retrógrado em Gêmeos. O posicionamento é uma descrição mais do que adequada para um amontoado de máquinas de ferro e aço (Marte — os veículos e o próprio navio abandonado) empacados numa via de transporte (Gêmeos)!