Técnicas para analisar o risco de racionamento e apagões
Em 11 de março de 1999, o Brasil enfrentou um de seus piores blecautes. Na época, Constelar publicou uma série de artigos analisando possíveis significadores astrológicos de blecautes e outros problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica. Com o risco de racionamento e apagões em 2015, está na hora de fazer uma releitura das hipóteses levantadas 16 anos atrás.
Na noite de 11 de março de 1999, 55 milhões de brasileiros ficaram no escuro, no maior blecaute já ocorrido no país. Pela primeira vez desde sua inauguração, a usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, teve suas turbinas totalmente desligadas. Assim que o fornecimento de eletricidade foi restabelecido, astrólogos iniciaram um trabalho febril no sentido de tentar entender as causas do fenômeno.
Logo, várias estudos do blecaute começaram a circular, sendo que todos destacam um ponto em comum: a importância de Marte como significador de questões energéticas. Neste levantamento de pesquisa, apresentamos quatro estudos que valem também como um testemunho da diversidade de técnicas e recursos da Astrologia coletiva:
Trânsitos sobre o mapa do Brasil
Alguns trânsitos, quando ativando o mapa do país, apresentam analogia direta com problemas que podem levar à crise de abastecimento de água ou a cortes de energia. No artigo O blecaute de 1999 visto no mapa do Brasil, Otávio Azevedo destaca a importância de dois tipos de trânsito: aqueles que afligem Marte da carta radical do país (sendo Marte um significador essencial de energia e força) e a passagem dos Nodos Lunares – um símbolo de transmissão – pelos ângulos da carta brasileira.
Uso das lunações como recurso preditivo
No artigo Blecaute na Lua Cheia e nos discos voadores Raul Varella Martinez mostra como utilizar o mapa da Lua Cheia ou da Lua Nova como recurso de análise de riscos para as semanas subsequentes. Trata-se de uma técnica bastante precisa, se bem que trabalhosa: são pelo menos dois mapas por mês, chegando a mais de duas dúzias por ano para cada localidade. Uma boa ideia é utilizar as lunações para analisar períodos mais específicos, quando coincidirem com configurações celestes mais tensas ou com trânsitos de planetas geracionais sobre planetas e ângulos das cartas do país ou de cidades importantes.
Localização de riscos com a técnica dos equivalentes geodésicos
Equivalentes geodésicos constituem uma técnica de astrolocalização em que cada diferente meridiano sobre a superfície terrestre corresponde a um diferente grau do zodíaco no Meio do Céu. A estrutura de casas é fixa para cada localidade do globo terrestre, o que permite verificar rapidamente em que lugar do planeta um determinado planeta pode estar no Ascendente ou no Meio do Céu. Sua utilidade é permitir diagnosticar, quando da formação de configurações tensas, as regiões geográficas em que os efeitos da configuração terão maior probabilidade de se manifestar. No artigo O blecaute de 1999 nos equivalentes geodésicos, a técnica é aplicada para explicar por que São Paulo foi a cidade mais atingida.
Estrelas Fixas e aforismos de Astrologia Clássica
Em A escuridão explicada pelos clássicos, Barbara Abramo faz um levantamento detalhado da sequência de fatos que caracterizaram o apagão de 1999 e explica-os utilizando estrelas fixas como Alphecca, Antares, Sítula e Toliman. Adicionalmente, trabalha com alguns conceitos de uso corrente até o século XVII, como Almuten e Lotes Gregos. O aspecto mais interessante deste artigo é mostrar que, por analogia, conceitos aparentemente arcaicos podem ser atualizados para falar de realidades contemporâneas, como usinas hidrelétricas, linhas de transmissão, orgãos reguladores da gestão da água e da energia etc.
Acabou? Não, ainda tem mais!
Nos próximos dias mais um pacote de ferramentas que já foram testadas na análise sobre o apagão de 2009, o racionamento de 2001 e efeitos das mudanças climáticas.