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O tempo tem apenas as dimensões
de passado e futuro? Haveria outros vetores que tornariam
possível criar "atalhos no tempo" e fazer
previsões precisas de acontecimentos futuros? O estudo
dos manuscritos maias e de seus intrigantes conhecimentos
torna esta possibilidade bastante factível.
Junto com a passagem de Vênus sobre
o disco solar, surgiu a idéia básica deste estudo
sobre os vetores do tempo da cultura maia, onde Vênus,
juntamente com o Sol e a Lua, eram os astros mais importantes.
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Em 12 de julho de 1562, na Cidade do México,
Diego de Landa, monge franciscano encarregado de reprimir a heresia
nas províncias de Yucatan e da Guatemala, recentemente conquistadas
por Sua Muito Católica Majestade de Espanha, condenou à
destruição na fogueira a parte essencial dos manuscritos
maias, inclusive os que continham os segredos do tempo -
conforme o livro Os Mestres Secretos do Tempo, de Jacques
Bergier, publicado no Brasil pela Hemus, em 1980.
[no site http://mywebpage.netscape.com/rsmaike/MSTempo.html
está transcrito o capítulo 4
desse livro de Bergier - capítulo que contém a maioria
das citações iniciais do presente estudo.]
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Ainda, segundo esse livro de Jacques Bergier:
. A civilização maia procurava
subjugar o tempo mais que o espaço.
. Para eles, o tempo não possuía
apenas dois vetores a partir do presente (o do passado e o
do futuro), mas sim o tempo tinha seis vetores.
. Os maias não consideravam o tempo
homogêneo.
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Alguns traços da civilização
maia foram redescobertos pelas pesquisas modernas, especialmente
por pesquisas soviéticas, mas o principal segredo do tempo,
que os maias conheciam, continua desaparecido.
Não restam muitas fontes para reconstituir
os segredos maias. Apenas três manuscritos. O primeiro se
encontra em Dresde e tem sessenta e quatro páginas, parecendo
com um inventário. O segundo está em Madrid; possui
cento e doze páginas, mas faltam visivelmente o princípio
e o término. Enfim, vinte e quatro páginas em mau
estado, redescobertas por Léon de Rony nos arquivos da Biblioteca
Nacional em Paris.
Utilizando trabalhos soviéticos, o Professor
Charles H. Smiley, da Universidade Brown, publicou no Journal
of the Royal Astronomical Society of Canada a decifração
duma parte do manuscrito de Dresde. Essa parte encerra primeiramente
a relação dos oitenta eclipses solares observáveis
no mundo inteiro durante o primeiro milênio antes de nossa
era. Em seguida, previsões de eclipses que deveriam suceder
nos anos 42 e 886 de nossa era. Tais previsões são
exatas e foram confirmadas pelos fatos. Isso implica ou que os maias
empregavam telescópios - e eles não os possuíam
- e lidavam com ciências matemáticas avançadas
- o que não parece ser o caso -, ou que detinham o domínio
do tempo para exploração e observação
diretas, o que parece próprio de sua civilização.
O mesmo domínio do tempo é encontrado
no livro sagrado de Chilam Balam (do qual se possui uma versão
espanhola, traduzida para o francês por Benjamin Péret),
que prediz com dez séculos de antecipação e
minuciosamente a chegada dos espanhóis ao continente americano.
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Fragmento do Código de Dresden |
Diego de Landa tinha trinta e oito anos quando cometeu
seus crimes. Sua crueldade atemorizou até mesmo os espanhóis
e ele foi intimado a comparecer a um tribunal da ordem dos franciscanos
na Espanha. Contudo, sua defesa foi tão hábil que
foi absolvido e voltou ao México como bispo. Deixou suas
memórias, escritas em 1616 e redescobertas em 1863. Seu manuscrito
contém um alfabeto maia. Diego de Landa afirma que a escrita
maia era alfabética e fornece transcrições
de letras. Foi esse erro e essa falsa transcrição
que retardaram as pesquisas durante séculos. Mais tarde,
o célebre lingüista Benjamin Lee Wort tentou mostrar
que a escrita maia se compunha de hieróglifos, mas Eric Thompson
o votou ao silêncio. Foi necessário Knorozov para demonstrar
que a escrita maia era hieroglífica. Felizmente o poder de
Eric Thompson não se estendia até a União Soviética.
Finalmente, Jacques Bergier, falando dos efeitos
de uma especulativa viagem no passado, diz que eles se fariam sentir
de uma maneira síncrona (conforme Jung) e não causal.
Diz ainda, que uma viagem no tempo implicaria imensos deslocamentos
no espaço e que para isso seriam necessárias enormes
quantidades de energia.
Outras referências
sobre conhecimentos maias
Do Artigo do mês de julho de 2002 da Revista
de Ciência On-line: http://www.cienciaonline.org/
Os avançados conhecimentos que os maias possuíam
sobre astronomia, como eclipses solares e movimentos dos planetas,
e sobre matemática, lhes permitiram criar um calendário
cíclico de notável precisão. Na realidade são
dois calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o
haab de 365 dias. O haab era dividido em dezoito meses de vinte
dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam
a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta
longa", que principiava no início da era maia. Eles
determinaram com exatidão incrível o ano lunar, a
trajetória de Vênus e o ano solar (365 dias, 5 horas,
48 minutos e 45 segundos). Inventaram um sistema de numeração
com base 20 e tinham noção do número zero,
ao qual atribuíram um símbolo.
De texto publicado em http://planeta.terra.com.br/arte/academia/maias.htm
Os Maias possuíam um complexo sistema de contagem
de tempo, considerado o mais perfeito dos calendários já
criados pelo ser humano. Em comparação com os utilizados
pelos Ocidentais, é o que mais se aproxima do cálculo
astronômico de duração do ano, conforme tabela
abaixo:
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Calendário Juliano |
(até 04.10.1582) |
365,250000 dias |
Calendário Gregoriano |
(após l5.l0.1852) |
365,242500 dias |
Calendário Maia |
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365,242129 dias |
Calendário Astronômico |
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365,242198 dias |
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Aprofundando-se os cálculos astronômicos
e matemáticos, chegou-se ao número mais perfeito de
duração do ano solar, consolidado pela inclusão
de um mês suplementar de 13 dias a cada 52 anos, e complementado
com a exclusão de 25 dias a cada 3172 anos, chegando-se quase
à exatidão com o ano astronômico, tendo o Calendário
Maia, nesse período de 3172 anos, 5 horas e 25 minutos a
menos que o Calendário Astronômico, o que significa
um atraso anual de meros 6,16 segundos.
De texto publicado em http://members.fortunecity.com/fabriciofranco/id21.htm
Vênus tem um ciclo de 584 dias. Em outras palavras,
Vênus se levantará como estrela matutina aproximadamente
a cada 584 dias. Este era um ciclo importante para os Maias. As
aventuras astrolo-míticas do Sol e Vênus eram, sem
dúvida, analisadas de perto pelos Maias antigos, e há
razão para suspeitar que o tzolkin surgiu, em parte, para
estruturar os ciclos relacionados com as duas luzes celestiais proeminentes
(Sol e Vênus).
Especulações sobre
os Vetores do Tempo da Cultura Maia
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