Rio de Janeiro: César
nem precisou de segundo turno
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No Rio, o vitorioso César
e o último entre os candidatos dos grandes partidos,
Bittar, confirmaram suas respectivas sinastrias com o mapa da
cidade. |
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Jamais um prognóstico astrológico foi
tão fácil. A tranqüila vitória de César
Maia no primeiro turno confirmou amplamente o
artigo de Fernando Fernandes na edição de setembro
de Constelar:
O que torna Cesar Maia um candidato muito forte é
sua combinação com o mapa da cidade. [...] no Rio
alguns planetas da carta deste candidato são postos em evidência
de forma tal que o torna, ao lado de Carlos Lacerda, Negrão
de Lima e Leonel Brizola, um daqueles governantes cujo destino parece
indissoluvelmente ligado ao da cidade que escolheram.
Para tirar a prova, basta observar a impressionante
superposição das duas cartas [...] Com tantas ativações
entre os dois mapas, não admira que Cesar Maia esteja a caminho
da reeleição. Independentemente de suas qualidades
ou fraquezas, é ele quem mais atiça as energias do
mapa do Rio.
Por outro lado, o mesmo artigo alertou para a total
falta de ressonância entre os mapas de Jorge Bittar e do Rio:
Como Bittar é o candidato que mais apóia
sua campanha em questões éticas e ideológicas,
os interaspectos pouco favoráveis de Júpiter, regente
desses temas, parecem pesar de forma especialmente negativa. Além
do mais, Bittar tem Marte em oposição a Netuno no
Ascendente do Rio, um interaspecto que contribui para que a população
não entenda direito suas melhores propostas. [...] Uma sugestão
para Bittar seria mudar seu domicílio eleitoral para Niterói
e concorrer pela cidade vizinha nas próximas eleições.
Pois bem: Bittar ficou em último lugar
entre os cinco candidatos que realmente pretendiam a vitória,
e à frente apenas dos chamados "partidos nanicos".
Porto Alegre: ganhou Fogaça,
o mais resistente
Após alertar para o fato de que não
se conhece um mapa seguro para Porto Alegre, o que impede a comparação
da compatibilidade de cada candidato com a cidade, Constelar
previu, na edição
de setembro:
O taurino Raul Pont enfrenta, no momento, trânsitos
de Netuno afetando vários pontos de seu mapa, o que lhe pode
valer algum desgaste. Urano em trânsito em quadratura com
Mercúrio alerta para o risco de declarações
intempestivas.
Fogaça, por sua vez, é um capricorniano
duro na queda (Sol-Marte em Capricórnio e Saturno-Plutão
em Leão). Sente-se mais à vontade no jogo político
do que seu adversário e gosta de uma boa batalha. [...] Uma
impressão muito superficial do pleito gaúcho é
que Pont faria melhor evitando o desgaste de um confronto direto
com Fogaça.
Efetivamente, Fogaça, cujo mapa revela um
"animal político" por definição,
afirmou-se cada vez mais durante a refrega do segundo turno, enquanto
a candidatura de Raul Pont se desgastava. O processo favoreceu plenamente
o combativo Fogaça: ações judiciais dos dois
lados e cabos eleitorais destruindo material de campanha dos adversários.
O tempo esquentou, fazendo o estruturado (ênfase em Touro)
Raul Pont parecer excessivamente passivo.
Curitiba: João Acuio
acertou Beto Richa e previu um erro de previsão
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Beto Richa, ou melhor, Beto Vênus. |
João Acuio, após mostrar que Curitiba
vivia uma eleição sob
a égide do inesperado, fez uma ousada previsão:
a de que Ângelo Vanhoni, candidato do PT, poderia nem sequer
chegar ao segundo turno. Na verdade chegou. Todavia, Acuio também
avisou:
A Lua progredida estará sobre o Urano da cidade,
apontando que esta eleição estará sobre o signo
do inesperado. Veja você que inglório: qualquer previsão
pode falhar nesta eleição.
Contudo, Acuio foi preciso quanto a Beto Richa:
O que mais me chama a atenção nos arcos
solares do Beto é o Sol se aproximando de Plutão na
10. Isso sugere ganho de poder. [...] Há outros fatores que
favorecem o momento para o Beto Richa. Por exemplo, os arcos solares,
Plutão trígono Júpiter, Vênus sextil
Ascendente, Meio-Céu sextil Sol, e o trânsito Júpiter
sextil Sol. [...] A minha aposta é: quem ganha essa eleição
é o Beto Richa.
Beto Richa ganhou a eleição no segundo
turno com razoável vantagem sobre Vanhoni. João Acuio
afirmara que o candidato mais venusiano levaria a eleição.
Não deu outra: Richa é, realmente, o mais venusiano.
Talvez o grande processo uraniano desta eleição
tenha sido mesmo o fim da era Lerner no comando de Curitiba. Beto
Richa, aliás, nem curitibano é. Será que daqui
a quatro anos ainda teremos ligeirinhos e biarticulados parando
em estações-tubo?
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