| O Estado Novo 
               
                | "Aprestam-se os movimentos para uma reforma 
                    constitucional. Serão tomadas medidas de controle militar 
                    sobre Pernambuco, Bahia e São Paulo, tidos como estados 
                    não-conformistas com a reforma." (24.10.37) 
                   "Não é mais possível 
                    recuar. Estamos em franca articulação para um 
                    golpe de Estado, outorgando uma nova Constituição 
                    e dissolvendo o Legislativo." (7.11.37)
                   "As duas casas do Congresso amanheceram 
                    guardadas pela polícia. Às 10 da manhã, 
                    reuniu-se no Guanabara o Ministério, e assinamos a 
                    Constituição." (10.11.37) (Do diário 
                    de Getúlio Vargas)
                 |  10.11.1937 - Decretado o Estado Novo. O Congresso 
              é cercado por tropas e fechado. Nova Constituição 
              é outorgada por Getúlio. Trânsitos Na carta básica, Plutão está 
              na 10 e rege a cúspide da 4. Por isso pode ser associado 
              a transformações de âmbito nacional instituídas 
              por Getúlio, em particular àquelas criadas pelo Estado 
              Novo. Plutão acabava de entrar em novo signo, estava 
              a 0°06' de Leão, signo do Ascendente da carta básica, 
              formando quadratura com o Sol, na cúspide da 9 dessa carta. 
              Nessa posição Plutão estava em trígono 
              com sua posição radical na Carta do Brasil (onde se 
              encontra na casa 2 da carta da Independência). Netuno, planeta 
              da 9 e regente da 8, estava a 20°39' de Virgem, junto da cúspide 
              da 2, em sextil com Marte radical, na 12, podendo ser correlacionado 
              com ganhos de apoios ocultos, socializantes, e de militares. Saturno, 
              outro planeta da 9, regente da 6, a 28°45' de Peixes, estava 
              em sextil com Plutão e com Júpiter, na 10. Em Capricórnio 
              transitavam Marte e Júpiter, o primeiro a 29°25', em 
              trígono com Júpiter radical e em quadratura com o 
              Sol radical, e o segundo a 22°28', iniciando o trígono 
              com a Lua, na cúspide da 10. Urano, significador dos oponentes, 
              a 11°25' de Touro, formava quadratura com o Ascendente. Direções Simbólicas 
              (arco a acrescentar: 55°34') A Lua, astro do Meio-Céu, regente da 12, passa para 19°16' 
              de Câncer, começando a conjunção com 
              Marte radical. Plutão vai para 23°41' de Câncer, 
              em trígono com a Lua, a 23°42' de Touro. O Ascendente dessa figura está na 5 da carta 
              básica. Nessa casa, na RS, atuam Vênus, o Sol, Urano 
              e Mercúrio. À casa 5 são associadas as satisfações 
              e o que é criado. Vênus, regente do Meio-Céu da carta básica 
              e da RS; Sol, regente do Ascendente da carta básica e astro 
              da cúspide da 9; Urano, autoritarismo; Mercúrio, transformação. 
              Os significados da conjunção de Plutão e Júpiter, 
              na carta básica, são ativados pela oposição 
              muito fechada desses planetas na RS. Essa oposição, 
              por sua vez, também forma aspectos muito fechados com o Meio-Céu, 
              com a Lua e com Vênus da figura de retorno. Todos esses astros 
              e o Meio-Céu estão a pouco mais de 26° de seus respectivos 
              signos. Em síntese, são indicadores de grandes transformações, 
              envolvendo o povo, o poder e a política. Outro componente 
              conflitante pode ser visto pela oposição de Saturno, 
              regente do Ascendente do Retorno Solar, ao Meio-Céu. 
               
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                | Fig.17 - Retorno Solar para 1937 - Rio de 
                  Janeiro, RJ (?) |  Direções na 
              RS (arco a acrescentar: 198°) O Sol havia caminhado em torno de 198° desde 
              sua posição inicial. Somando esse valor aos elementos 
              citados, que estão nos graus 26, todos eles passam a formar 
              aspectos com a importante conjunção da carta básica, 
              composta por Saturno, Vênus e Netuno. Urano radical também 
              é ativado por eles. Urano da RS, significador dos opositores 
              na carta básica, mais esse ângulo, fica a 26°59' 
              de Escorpião, em oposição ao Meio-Céu - o poder. 
               
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                | Fig.18 - Retorno Lunar anterior - 21.10.1937, 
                  15h29 - Rio de Janeiro, RJ (?) |  O Ascendente dessa carta está na 8 da carta 
              básica. Na 8 do Retorno Lunar estão Mercúrio 
              e o Sol. Saturno e Netuno, planetas da 9 da carta básica, 
              estão fortalecidos pela proximidade do horizonte, sendo que 
              Netuno se opõe ao Ascendente. Tudo concordando com as importantes 
              transformações causadas pelo Estado Novo. Direções no 
              Retorno Lunar (arco a acrescentar: 259°20') Quando Getúlio fez o pronunciamento à 
              Nação, pelo rádio, na Hora do Brasil, 
              a Lua estava em torno de 13° de Aquário. Faltava, portanto, 
              percorrer aproximadamente 100°40' para voltar à sua posição 
              inicial. Nesse horário a Lua transitava o Descendente da 
              carta básica e começava a ficar em quadratura com 
              Saturno radical, regente da 11, uma das casas astrológicas 
              que representa os parlamentares. Plutão, menos esse ângulo, 
              fica a 19°26' de Áries, em quadratura com Júpiter 
              e com Marte radical. Vênus, significador político e 
              de força na carta básica, passa para 21°54' de 
              Gêmeos, próximo do Fundo do Céu, em trígono 
              com Mercúrio do Retorno Lunar. HISTÓRIA Do Suplemento Cultura, do jornal O Estado 
              de S.Paulo, de 17.04.1983, artigo de Paulo Bonavides: Com o advento do Estado Novo, prosseguiria Vargas 
              a obra social de sua primeira ditadura. O Estado Novo foi, no entanto, 
              um Estado Social despolitizado na aparência; uma criação 
              do arbítrio de Vargas em termos tão unipessoais que 
              o ditador governou discricionariamente, sem Congresso, sem partidos 
              políticos, sem eleições, sem nenhuma base de 
              representatividade formal. Os instrumentos de força, como 
              a censura, a lei de segurança nacional, os órgãos 
              de propaganda concentrada, o culto dirigido da personalidade, o 
              tribunal de exceção, os cárceres políticos, 
              consubstanciavam os elementos de sustentação da ditadura. 
              Aprofundado o dissídio entre Vargas e o regime representativo, 
              daí por diante inclinou-se ele, ora para a direita, como 
              na oração de 11 de junho de 1941, quando a balança 
              do poder consignava já o peso irresistível da expansão 
              militar dos governos nazifascistas, ora para a esquerda, como aconteceu 
              em 1945, ano da queda do Estado Novo, com a Força Expedicionária 
              Brasileira regressando dos campos de batalha da Europa. Após 
              a restauração democrática e constitucional 
              de 1946, acentuou-se o perfil populista de Vargas, o mais congruente 
              com sua índole antipartidária, antiliberal e antiparlamentar. 
              As teses sindicalistas e nacionalistas constituíam os fundamentos 
              de seu programa político caudilhista, ou seja, o conteúdo 
              material da plataforma com que em 1950 ele se apresentou nas urnas 
              para o retorno constitucional ao poder. Valeu-se então de 
              uma legalidade que em 37 destruíra e a cujos valores fora 
              sempre infenso. Todo mandato presidencial, de 1950 a 1954, transcorreu 
              em estado de crise pelo agravamento da situação financeira 
              e econômica do país e pelas dificuldades de relacionamento 
              com o Congresso e a Oposição; uma crise que culminou 
              na carta-testamento e no suicídio. 1945: a renúncia  
              
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