Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 139 :: Janeiro/2010 :: - |
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MEMÓRIA DA ASTROLOGIA BRASILEIRAA última palestra de Valdenir Benedetti
Terceira parte: de Touro a LibraLua em Touro, a criança pobre - Sua grande prisão é o medo de ver-se empobrecida, tendo de enfrentar dificuldades. Por isso, está sempre correndo atrás da prosperidade. Quando criança, era ameaçada com a possibilidade da miséria caso não fizesse aquilo que os adultos consideravam correto. Em resposta, desenvolve um comportamento cauteloso e conservador. Lua em Gêmeos, a criança estúpida - Quando criança, duvidavam de sua capacidade de aprender e expressar-se de forma inteligível. Cresce acreditando que só será amada se for capaz de ter uma explicação para tudo. Lua em Câncer, a criança sufocada - Recebe amor em quantidade asfixiante quando criança. É superprotegida, até o exagero. Cresce desejando libertar-se de quem a sufoca mas ao mesmo tempo com sentimentos de culpa por esse desejo. Acaba reproduzindo o comportamento de afeto sufocante. Lua em Leão, a criança especial - Cresce acreditando que precisa ser especial e destacar-se de alguma forma. Daí, acaba reagindo de forma pouco saudável, expondo-se ao ridículo na busca de ser o centro das atenções. É o típico caso da mulher-melancia e suas congêneres. Lua em Virgem, a criança inútil - Quando criança, sente-se muito ferida ao ouvir frases como "você não serve pra nada". Daí, desenvolve a necessidade de ser útil a qualquer custo, o que a leva a ser servil, subserviente, para obter aprovação. Lua em Libra, a criança solitária - Quando criança é acusada de querer isolar-se e ameaçada com a possibilidade de tornar-se solitária, o que a faz crescer com medo de passar um minuto que seja sozinha. Estar só significa, para ela, não ser amada. Quarta parte: de Escorpião a PeixesLua em Escorpião, a criança traída - Todas as crianças sofrem pequenas traições durante a infância - o pai, por exemplo, que viaja prometendo trazer um brinquedo e volta de mãos vazias - mas a criança de Lua em Escorpião traduz essas decepções cotidianas como manifestações de desamor. Daí desenvolve um permanente medo da traição, que é, na verdade, o medo de ver suas expectativas frustradas. Lua em Sagitário, a criança desmoralizada - De alguma forma, essa criança passou por experiências de desmoralização, de perder seu lugar de forma humilhante. Isso marcará sua vida, levando-a, como mecanismo compensatório, à necessidade de fazer algo grande, exagerado. Lua em Capricórnio, a criança abandonada - Quando criança, passou por alguma experiência que interpretou como abandono, ou foi abandonada de fato. Quando adulta, mantém uma atitude de reserva, não querendo ligar-se a nada nem a ninguém com medo de ser abandonada outra vez.
Lua em Aquário, a criança rejeitada - "Ponha-se no seu lugar senão você vai ser rejeitada", é o que muitas pessoas com Lua em Aquário escutam quando crianças. Quando adultas, o medo de serem consideradas diferentes e rejeitadas mais uma vez leva-as a um comportamento grudento, mas de forma tão sutil, simpática e agradável que nem sempre os outros a percebem como a pessoa "pegajosa" que realmente é. Lua em Peixes, a criança sacrificada - Quando criança, foi ou imaginou ser sacrificada por algum motivo. Quando adulta, tende a reproduzir esse mecanismo de forma doentia, sentindo-se na obrigação de sacrificar-se para merecer amor. O argumento utilizado pela família para reprimir a criança tende a ser indicado pela casa em que se encontra o dispositor da Lua. Exemplo: com o dispositor na casa 2, a criança ouvirá algo do tipo "se não fizer o que estou mandando, você será sempre pobre". Já com a Lua na 6, "se você não fizer o que estou mandando, vai acabar doente", e assim por diante. É sempre a ameaça de uma condenação, funcionando como um poderoso condicionamento que aprisiona a pessoa a comportamentos socialmente aceitos. Quinta parte: o fecho da palestraNa última parte da palestra, Valdenir, lembrando que a ruptura de padrões antigos e estagnados é responsabilidade de cada pessoa, faz humor com o último tipo de criança: a "criança sem vergonha", aquela que, independentemente do signo, reconhece os padrões que precisam ser superados e, mesmo assim, recusa-se a fazê-lo. Nota do editor - O resgate desta palestra mostra a importância do trabalho daqueles que vêm, nos últimos anos, investindo na preservação da memória da Astrologia Brasileira. É gente como, para citar apenas alguns, Alexey Dodsworth e seus registros em vídeo, Edil Carvalho & Nadia Oliveira e suas dezenas de depoimentos coletados em áudio, Robson Papaleo e o projeto dos CBA's - Cadernos Brasileiros de Astrologia. Sem falar em todos os que editam autores nativos (em vez de simplesmente traduzir americanos pasteurizados) e pesquisam as raízes históricas de nossa Astrologia em suas dissertações de mestrado. A construção do conhecimento é um processo coletivo, e só essa consciência é que dará significado ao trabalho de todos que nos precederam. Outros artigos da Equipe de Constelar. |
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