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 Edição 87 :: Setembro/2005 :: -

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FURACÃO ARRASA LITORAL AMERICANO

Katrina, a fúria de Urano em Peixes

Fernando Fernandes

Casas destruídas, milhares de mortos, legiões de desabrigados. Parece Terceiro Mundo, mas é Nova Orleans, Louisiana. Confira o mapa do furacão e o das cidades devastadas.

Depois de provocar estragos na Flórida na penúltima semana de agosto, ninguém mais acreditava que o furacão Katrina ainda pudesse atingir tão devastadoramente os Estados Unidos. Mas o fenômeno, típico do verão americano, ganhou força ao cruzar as águas quentes do Golfo do México e rumou para o norte, na direção do litoral da Louisiana, do Mississipi e do Alabama. Nessa nova investida o Katrina tocou a terra por volta das seis horas da manhã (hora de Nova Orleans) da segunda-feira, 29 de agosto. Horas depois, a primeira reação era de um certo alívio: o impacto maior ocorrera fora de Nova Orleans, atingindo cidades menores do litoral do Mississipi. Todavia, o pior estava por vir no dia seguinte. Pressionados pela tormenta, os diques que isolam Nova Orleans do rio Mississipi e de um lago de água salgada romperam-se em dois pontos, permitindo que a cidade fosse quase totalmente inundada. O resultado foi o maior desastre natural já sofrido pelos Estados Unidos. Mais de um milhão de pessoas desabrigadas, 80% da cidade sob as águas, cadáveres flutuando por toda parte e desespero dos sobreviventes, que pediam socorro dos telhados ou amontoavam-se no Superdome, o estádio da equipe local de futebol americano.

Três dias depois Nova Orleans via-se às voltas com cenas dantescas, só imagináveis até então em catástrofes de remotos países do terceiro mundo: fome, saques, violência, uma total ruptura da lei e da ordem e o fantasma das doenças epidêmicas rondando as quase cem mil pessoas que ainda não haviam sido evacuadas.

Como analisar um furacão? Este artigo não tem a pretensão de dar uma explicação cabal para o fenômeno, mas apenas de levantar alguns marcos investigativos que podem servir como ponto de partida para posterior aprofundamento. Diversas técnicas podem ser tentadas, existindo até mesmo uma especialização dentro da Astrologia - a astrometeorologia - voltada especificamente para a análise de fenômenos climáticos. Entre as técnicas mais comuns está a análise de lunações (mapas de lua nova e lua cheia) e a busca de ativações perigosas nos mapas das comunidades envolvidas (no caso, os mapas de fundação de cada cidade, dos estados e da própria independência dos Estados Unidos).

O nível mais amplo de análise seria o da consideração dos grandes ciclos que têm lugar no mundo neste momento e de seu reflexo em eventos locais. Neste nível, quase todas as correlações relevantes entre desastres naturais e configurações astrológicas já foram levantadas em artigos anteriores de Constelar:

  • O raro stellium dos sete planetas clássicos em Touro, no ano 2000, continua parecendo o mais relevante fator isolado para a compreensão da mudança de foco ocorrida nos últimos cinco anos na relação entre o homem e seu entorno. Enquanto a grande conjunção em Aquário, de 1962, acentuava a questão do avanço tecnológico, a conjunção em Touro de 2000 deslocava a ênfase para as conseqüências do uso desenfreado da tecnologia sobre o ambiente natural (ver em Constelar edição 23).
  • A presença de Urano em Peixes, desde 2003, coloca em evidência a possibilidade de ocorrências súbitas envolvendo grandes massas de água, como foi o caso da tsunami que devastou o sudeste asiático em dezembro de 2004 (ver em Constelar 80).
  • Considera-se que a descoberta de novos corpos celestes tende a estar em ressonância com eventos e processos que se dão no mesmo período, bastando lembrar a proximidade da descoberta de Urano (1781) com a eclosão das revoluções americana (1776) e francesa (1789); ou da descoberta de Plutão (1930) com o domínio da energia nuclear. No caso da tsumani de 2004 e do furacão Katrina, pode-se pensar em correlações tanto com a descoberta do planetóide Sedna, batizado a partir de um mito totalmente relacionado à ruptura do equilíbrio ambiental nos oceanos (ver em Constelar edição 70), quanto com a descoberta do décimo planeta, ainda sem nome, que foi achado numa constelação não zodiacal associada a um monstro marinho (ver em Constelar edição 86).

Na outra extremidade das possibilidades investigativas, temos o mapa do evento em si, ou seja, o próprio mapa do furacão. Dentre as várias possibilidades de carta, escolhemos aquela calculada para o momento e o local em que o Katrina tocou a terra pela primeira vez em sua segunda investida sobre o continente (a primeira fora na Flórida, alguns dias antes, com prejuízos relativamente pequenos).


Furacão Katrina toca a terra - 29.8.2005, 6h (-05:00) - Bay Saint Louis,
Mississipi - 30n18, 89w19. Os dados são aproximados, tanto em termos do horário
(citado pela Globo News) quanto do local (o site da rede americana NBC
cita: "ground zero for the eye of Hurricane Katrina was between Bay St Louis
and Pass Christian in Mississippi").

Se os dados estiverem corretos, o Katrina tocou a terra quando o penúltimo grau de Leão cruzava o Ascendente. O Sol, regente do Ascendente, está na própria casa 1, aplicando oposição a Urano na 7 (o símbolo do imprevisto na casa dos inimigos abertos, indicando um súbito ataque frontal). O dispositor do Sol é Mercúrio na 12 envolvido em uma aspectação tensa com Marte na 9 e Netuno na 6, mostrando perda e destruição de bens pelas águas. O aspecto tenso Marte-Netuno talvez possa ser tomado como um símbolo do mais grave efeito do furacão, que foi o rompimento dos diques que cercam Nova Orleans. Marte rege a casa 4 - o solo, as fundações - e está em Touro, signo que pode ser relacionado a construções e a estruturas estáveis. Netuno, além de significar as águas, em geral, responde também pela ação dissolvente, pela contaminação, pelo apodrecimento - exatamente o que está acontecendo com toda a cidade de Nova Orleans, submersa pelas águas.

Sobre este mapa do furacão pode ser projetado o mapa da Lua Nova imediatamente anterior, válido para previsões mensais. A lunação, ocorrida em 4 de agosto, mostra uma oposição direta de Sol e Lua a Netuno, planeta significador das águas oceânicas e das enchentes. Netuno rege o Ascendente, no último grau de Peixes. Mercúrio, que aqui rege a casa 7, dos inimigos abertos, está em conjunção com o Sol e sofre diretamente a oposição a Netuno.


Lua Nova anterior ao Katrina - 4.8.2005, 21h04 (-06:00)
Nova Orleans, LA - 29n57, 90w04.

O mapa de New Orleans e das outras cidades envolvidas



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