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Um olhar brasileiro em Astrologia
 Edição 87 :: Setembro/2005 :: -

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ASTROLÓGICA 2005

Imagens em movimento

Virgínia Sampaio

Pela sétima vez a Gaia Astrológica de São Paulo promove seu evento anual. A tônica desta vez ficou por conta das discussões sobre a imagem da Astrologia e da variedade de atividades paralelas.


O Clube do Bolinha dos palestrantes: Constantino K. Riemma, Dimitri Camiloto,
Hector Othon, Robson Papaleo e o onipresente Alexey Dodsworth.

"Não foi pensando no momento de Saturno em Leão que nós falamos sobre a necessidade de mudar a imagem da astrologia, nós não programamos nada, mas todos terminaram falando a mesma coisa", concorda Robson Papaleo, diretor da escola de astrologia Gaia, onde se realizou no penúltimo fim de semana do mês de julho o 7º encontro anual, a Astrológica 2005.

O evento foi marcado pela sincronicidade involuntária de discursos de seus palestrantes, profissionais na mesa-redonda, e pela apresentação de "Anos de Chumbo", documentário que analisa a ditadura militar, o AI-5, o exílio, a tortura e as manifestações populares sob o aspecto astrológico, com linguagem atual e trilha sonora acertada.

A Astrológica 2005 marcou também a exposição "A Astrologia na Vida do Homem", que deve seguir para unidades paulistanas do SESC e a primeira mostra "A Memória da Astrologia no Brasil", que trouxe entre outros objetos um computador usado por Zeferino Pena Costa, que pagou o equivalente a um fusca para trazer ao país um equipamento moderno para a época, utilizado por profissionais não só do Brasil. Costa foi detido por funcionários da alfândega que, por desconhecer os símbolos astrológicos, o confundiram e trataram como espião. Vale salientar que a máquina [foto] funciona até hoje!

Também foram lançados no evento dois volumes dos cadernos brasileiros de astrologia, que prestigiam a pesquisa de profissionais brasileiros e podem ser aproveitados como material didático.

Gregório Pereira de Queiroz escreveu "Interpretação Astrológica - Aforismos de Morin", onde mostra a sua importância na condução dos astrólogos contemporâneos através de uma análise racional.

Alexey Dodsworth escreveu "Curto-Circuitos - Aspectos Astrológicos Tensos", onde desmistifica o horror do obstáculo e o mostra como ferramenta preciosa para o desenvolvimento pessoal. Conforme cita a astróloga Lydia Vainer, em seu prefácio: "Até hoje, em todas as minhas leituras de aspectos astrológicos, raramente encontrei algo que nos remeta ao cerne da natureza de cada interação de dois planetas, como os descritos neste caderno." [foto: Alexey e Lydia divulgando o caderno]

Alguns palestrantes mostraram trabalhos inéditos que aguardam oportunidades editoriais, como Mônica Matta, que mostrou o quanto a astrologia pode ajudar o indivíduo a viver melhor o seu tempo.

Mas eis que alguém abriu um livro no telhado e caiu lá de cima um duende chamado Assuramaya. Esse duende pós-moderno chegou com seus cds, seu site e sua alface digitalizada para nos lembrar que nós somos energia, consumimos energia e somos deuses em formação. "Quando comemos alface, comemos energia solar; quando comemos um coelho, comemos energia solar também", instiga Assuramaya.

Esse duende contestador e atualizado de 77 anos, que se recusa a falar a palavra "Orion" com pronúncia anglo-saxônica, enfatizou que a mitologia é a história da cosmogênese, e aconselhou os interessados a estudar as estrelas fixas.

A associação do Professor Assuramaya [na foto ao lado de Gabriela Hess] a um duende começa com a visão de um homem franzino com chapéu e barba saídos da maquiagem de um filme infantil, com dedo em riste apontando para a imagem da alface que fez questão de colher, secar e digitalizar só para ilustrar seu discurso.

A viagem termina aí. Olhando melhor percebe-se que através deste homem se esconde um gigante, corajoso e estimulante como um adolescente, que mergulhou no estudo astrológico daquelas que são consideradas por muitos como quinquilharias. Segundo ele o estudo das estrelas fixas é indispensável para o astrólogo ou interessado em autoconhecimento.

Curiosidades como a existência de três galáxias-satélites naquela que é conhecida como a maior e mais bela de todas, Andrômeda, uma das três galáxias espirais, juntamente com a Via Láctea e o Triângulo Austral, são só uma nuvem daquilo que pode ser encontrado no baú deste duende encantado, que se despediu dizendo que é preciso saber para não se enganar nunca e honra para não enganar jamais.

O astrólogo Dimitri Camiloto, do Rio de Janeiro, discorreu a respeito da entrada de Saturno no signo de Leão e de suas possíveis implicações na esfera social. Uma mesa-redonda envolvendo alguns astrólogos com larga experiência, como Robson Papaleo, Paulo de Tarso, Alexey Dodsworth, Márcia Bernardo, Maurício Bernis, Carlos Fini e George Ferreira Jorge surpreendeu por mobilizar grande parte do público em torno de uma discussão tão importante: a imagem da astrologia nos dias de hoje, fechando com chave de ouro o ASTROLÓGICA 2005.

Os congressos organizados pela Gaia têm um diferencial em relação aos demais: são férteis em criatividade e arte, escapando da mera intelectualidade. No último dia, a atriz Gabriela Hess coordenou uma dança circular que envolveu os congressistas, numa demonstração prática de que estamos todos unidos, e que vivemos num oceano de ritmo.


A atriz Gabriela Hess convoca os participantes para a dança circular...

...e ninguém recusa o convite!

Trata-se também de uma demonstração pública de amor e reconhecimento pelos profissionais da astrologia. Em 2004, o congresso ASTROLÓGICA premiou a dupla Edil Carvalho e Nádia Oliveira [foto], pela iniciativa do projeto MEMÓRIA DA ASTROLOGIA. Neste ano, o premiado foi o astrólogo Carlos Fini, por seu empenho na direção de uma maior interseção entre a ciência e a astrologia.

Sem saber ou sem querer, todos falaram de imagem e tempo, equilíbrio e movimento. A vida não tem receitas, o momento da astrologia é agora, fazendo diferente, sem receios e discussões acerca da sua aceitação social.

Saturno em Leão já mostra a que veio!

O período que antecedeu a Astrológica 2005 foi marcado também pela 1ª Semana da Astrologia, espaço aberto para a apresentação de trabalhos de pesquisa de estudantes da Gaia.

Integrantes do projeto "Novos Astrólogos"da CPG - Central de Pesquisas da Gaia, os futuros profissionais estão aprendendo que ler e interpretar uma carta natal é pouco para habilitar o aluno para o mercado.

A partir de uma necessidade dos alunos o CPG foi criado para trabalhar dados e metodologia de pesquisa usando a leitura como instrumento. Os temas escolhidos vão desde astrologia clássica, horária, mitologia com ênfase em Lilith, relacionamentos entre astrologia e neurolinguística. 11 grupos foram avaliados por uma banca composta por três profissionais. Entre eles, Lydia Vainer e Edil Carvalho [foto].

"A idéia desse departamento é desenvolver uma cultura de pesquisa, leitura com qualidade, que tenha como resultado produção de texto", informa Ana Gonzalez, coordenadora. "Levando em conta a idéia de que a astrologia somos nós, se nós queremos melhorar a astrologia, temos que melhorar a qualidade do astrólogo. A intenção é produzir material humano que possa apresentar astrologia de qualidade", completa.

A Semana de Astrologia teve presença de público leigo e de curiosos que se interessaram pelo projeto a ponto de participar também da Astrológica, com envolvimento até mesmo na mesa-redonda, momento em que tradicionalmente há grande evasão em eventos de áreas diversas. Até a equipe organizadora ficou surpresa.

Saiba mais sobre Virginia Sampaio.



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