Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 07 - Janeiro/1999 [republicado em janeiro/2009] :: - |
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ASTROLOGIA COLETIVAO Brasil visto no mapa
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Raul V. Martinez |
– O Estado Novo proclamado por Vargas em novembro de 1937 (com Urano transitando sobre o Marte radical da Bovespa), não seria o único episódio que sacudiria a ordem político-econômica do país. A 3 de setembro de 1939, o mundo receberia a notícia da Segunda Guerra Mundial. Marte, dirigido (+44°36’), começava a conjunção com Júpiter, planeta da cúspide da II, regente da VII. Júpiter, dirigido, a 11°51’ de Leão, estava em quadratura com Marte.
– O mercado de ações agitou-se com a nova Lei das Sociedades Anônimas, regulamentada pelo Decreto-lei n° 2.627, de 1940. Vênus, planeta mais elevado, na IX, regente da V, dirigido, começava a formar aspectos com o Sol, com Plutão e com Saturno.
– O Brasil manteve-se neutro na Segunda Guerra até janeiro de 1942, quando rompeu relações diplomáticas com Alemanha, Itália e Japão. Desde o início da guerra o país passou a conviver com o racionamento de produtos importados. Para substituí-los, iniciou-se um esforço nacional de implantação e expansão da atividade industrial. Urano (tecnologia), dispositor do agrupamento da IX, planeta da VI (trabalho), dirigido, passou a formar aspectos com o Sol, Plutão e Saturno. A linha dos Nodos Lunares, dirigida, ficou sobre Marte.
– Em maio de 1945 a Alemanha e a Itália estavam derrotadas. Em setembro o Japão se renderia e, em 29 de outubro, Getúlio era deposto. O término da guerra e a redemocratização do país, mais o Decreto-lei 9.783 de setembro de 1946, que tornava obrigatório o registro, para efeito de negociação, de todas as sociedades anônimas existentes no Brasil, estimularam as bolsas. Júpiter dirigido estava em oposição (confronto ou complementação) com Mercúrio regente do Ascendente. A Lua, regente da II, dirigida, começava a formar aspectos com o Sol, Plutão e Saturno.
– Juscelino Kubitschek é empossado presidente em 31 de janeiro de 1956, com a proposta de industrializar aceleradamente o país. Plutão e Júpiter transitavam juntos, no final de Leão, em sextil com Júpiter radical da carta da Bovespa.
– Em 26 de dezembro de 1956 a Bovespa viveu o melhor dia de toda sua história anterior, superando em muito sua marca de 15 de dezembro de 1954. Nessa última data, Netuno, regente do Meio do Céu, transitava em trígono com Júpiter radical. Em 26 de dezembro de 1956, Urano, dispositor do agrupamento da IX, transitava a 6°10’ de Leão, formando vários aspectos com a carta da Bovespa: sextil com Plutão no Ascendente, quadratura com Saturno e oposição ao Sol. Plutão e Marte, dirigidos, ativavam Netuno, regente do Meio do Céu.
– Em 3 de outubro de 1960 é eleito presidente Jânio Quadros, com Plutão transitando sobre Saturno e Júpiter transitando em oposição a Júpiter. No ano seguinte, em março, é baixada a instrução 204 da Sumoc, criando as letras de importação do Banco do Brasil e levando muitos investidores a venderem suas ações para adquirirem essas letras. Assim, os preços de títulos na Bolsa sofreram queda durante os primeiros meses do ano, vindo a recuperar-se em junho. Em março de 1961, Netuno transitava sobre o Meio do Céu e Plutão, em trânsito, continuava sobre Saturno. A partir de maio, Júpiter transitou sobre o Sol. Depois retrogradou, voltando, para transitar sobre o agrupamento da IX a partir de dezembro desse ano. A crise política gerada pela renúncia de Jânio, em 24 de agosto, teve apenas ligeiro efeito depressivo sobre o mercado. Logo em seguida, os preços do títulos tiveram as maiores altas registradas naquele ano. Com a transferência da capital para Brasília, São Paulo se transformou no centro industrial e financeiro do país, concentrando as matrizes dos maiores bancos comerciais.
– Em 1963, com João Goulart no governo, a instabilidade político-institucional refletiu-se no comportamento da Bolsa. Plutão transitava o Fundo do Céu. Plutão dirigido estava em oposição à Lua.
– Em 31 de março de 1964 houve o golpe militar. Netuno transitava quadrado com Mercúrio, regente do Ascendente. Urano, a 6°43’ de Virgem, transitava em sextil com Saturno, em quincunce com o Sol e em quadratura com Plutão.
– Em 14 de julho de 1965, com a lei n° 4.728, as Bolsas passaram a ter autonomia administrativa, financeira e patrimonial, operando sob a supervisão do Banco Central e regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional. Urano transitava o Fundo do Céu. Netuno, a 17° de Escorpião, Saturno a 17° de Peixes e Vênus-Mercúrio a 16°-17° de Leão, todos transitavam formando aspectos com Mercúrio regente do Ascendente. O Sol, Plutão e Saturno, dirigidos, também formavam aspectos com Mercúrio, na IX, em Aquário.
– Em 10 de fevereiro de 1967 foi criado, por decreto-lei, o Fundo 157, gerando condições para um salto estratégico no mercado de ações. Nesse dia aconteceram trânsitos significativos. O Sol, Plutão e Saturno, dirigidos, formavam aspectos com Urano, dispositor do agrupamento da IX. Nesse ano também a Bolsa de São Paulo trocou mais uma vez de nome. Passou a chamar-se Bolsa de Valores de São Paulo, seu nome atual. A 18 de agosto inaugurou-se o novo pregão, com Júpiter transitando a 17°40’ de Leão, em oposição a Mercúrio, e com Plutão transitando em sextil com Urano.
– No dia 2 de janeiro de 1968, pela primeira vez foi estabelecido com precisão o Ibovespa, o índice do mercado acionário paulista. Dispondo apenas de máquinas mecânicas de cálculo, seu cálculo demorava horas. Saturno, transitando a 6°10’ de Áries, começava a formar aspectos com o Sol, Plutão e Saturno.
– No dia 5 de janeiro de 1970, quando ocorreu o primeiro pregão do ano, pela primeira vez, ações de empresas de outros Estados, registradas em outras Bolsas, foram também negociadas na Bolsa paulista. Plutão transitava em quadratura com Júpiter.
– Em 18 de abril de 1972 a Bovespa inaugurou nova sede, no antigo prédio do Banco Mercantil de São Paulo – com Netuno, regente do Meio do Céu, transitando no Descendente e Saturno, em oposição fechada a Netuno, transitando no Ascendente. Nesse ano, as cotações caíram a níveis bastante baixos. Também foi nesse ano que a Bovespa superou a Bolsa do Rio em volume de negócios, pela primeira vez em sua história.
– Em 1975 deu-se o primeiro passo para abrir o mercado à participação de investidores estrangeiros. O Sol e Plutão dirigidos formavam sextis com Júpiter, planeta da cúspide da II, regente da VII, casa das associações, na carta da Bovespa. Já na carta da Independência [fig. 03], Saturno dirigido estava em quincunce com Júpiter (esta é a única referência à Carta da Independência neste capítulo).
– Em 24 de junho de 1976, pela resolução 381, o Banco Central regulamentou os fundos Finam, Finor e Set, cujas cotas passaram a ser negociadas nas Bolsas. Plutão a 6°56’ de Libra formava trígonos com Plutão e com o Sol.
– Em 23 de fevereiro de 1978, a Resolução n° 460 do Banco Central tornou obrigatória a aplicação de um percentual das reservas dos Fundos de Pensão em ações e debêntures. Nessa época estava ocorrendo um retorno de Júpiter na carta da Bolsa.
– Em 1978 a Bovespa passou a ser a primeira Bolsa do país. Plutão transitou em trígono com a Lua, regente da II, e com Mercúrio, regente do Ascendente.
– Em junho de 1989, o mercado de ações foi fortemente afetado pela crise deflagrada pela inadimplência de um grande especulador do mercado (Nagi Nahas) que levou à liquidação extrajudicial de algumas corretoras, reduzindo os negócios. Netuno e Saturno transitavam juntos, em Capricórnio, na VIII, em trígono com Marte, na cúspide da XII. Plutão transitava em oposição a Marte.
Carta construída para a capital do país, com o horário do início do processo da votação que elegeu Fernando Henrique Cardoso presidente.
Fig.04 - Eleição de FHC – 3.10.1994 – 8h – Brasília, DF – 047w55, 15s47
Imagens Simbólicas do Grau Ascendente
Escorpião 17 – Um homem vestido de bobo da corte dá esmola a um mendigo, na frente de sua morada, enquanto um bloco talhado em facetas, colocado sobre um pilar baixo, emana raios de luz em três direções (luz vermelho-alaranjada).
ou – Um lobo correndo em um campo.
Ativações da Carta da Bovespa
Considerando a figura da eleição de Fernando Henrique como uma carta de trânsitos sobre o mapa da Bovespa, temos Júpiter, Vênus, o Nodo Norte e o Ascendente da fig. 04 todos juntos, transitando na casa VI do mapa da Bovespa, formando quadratura com a Lua, regente da II, e com Mercúrio, regente do Ascendente. Na carta da Bovespa, Júpiter rege a VII e Vênus ocupa a IX. O quadro está em concordância com a natureza das questões que basicamente afetaram não apenas a Bovespa, mais o país e seu povo – problemas de origem externa, problemas políticos – e com políticos – e desemprego (casa VI).
O FMI, na carta da Bovespa [Fig.02], possivelmente seja representado por Saturno, por ser regente da VIII (o que exige transformações) e ocupante da VI (obrigatoriedade, submissão), em Escorpião. O Saturno na primeira eleição de Fernando Henrique, a 6°48’ de Peixes, está em trígono com o Saturno da fig. 02 e em quadratura com Plutão no Ascendente da Bovespa.
– Início de 1995 – Plutão entrava em Sagitário, signo que se opõe ao geminiano Ascendente da Fig. 02. Saturno transitava o Meio do Céu e Júpiter transitava em quadratura com esse ponto, em oposição a Netuno, regente do Meio do Céu, e em oposição à Parte da Fortuna.
– Início da crise asiática – Em março de 1997, Plutão, antes de retrogradar, estacionou a 5°37’ de Sagitário, em oposição ao Ascendente e à sua própria posição radical nessa figura. Urano transitava entre 6° e 7° de Aquário (tendo voltado a essas posições em julho seguinte). Em maio desse ano, Júpiter, regente da VII (casa que complementa ou se opõe à I), transitou em conjunção com Vênus, na IX (o estrangeiro). Em julho voltou a essa posição. Saturno dirigido ainda estava em conjunção com Mercúrio e começava a ficar em conjunção com Vênus.
– Agosto de 1998, agravamento da situação econômica da Rússia, com graves repercussões na economia brasileira, que se tornava a bola da vez, para os especuladores internacionais. Plutão estava estacionário a 5°18’ de Sagitário, em oposição ao Ascendente da Bovespa, a 5°19’ de Gêmeos. Saturno, dirigido, continuava em conjunção com Vênus, planeta mais elevado, na IX, casa do estrangeiro, do distante.
Fig.05 - Reeleição de FHC – 4.10.1998 – 8h – Brasília, DF – 047w55, 15s47
Imagens Simbólicas do Grau Ascendente
Escorpião 18 – Um homem, um punhal na mão, escondido atrás de uma porta, espreita uma mulher que encanta serpentes.
ou – Uma mulher semi-escondida atrás de uma porta.
Plutão, planeta do Ascendente e regente da VI na carta da Bovespa [fig. 02], está na casa I da reeleição de FHC [fig. 05], e ainda sobre o Descendente da Bovespa – concordando com possíveis alterações, associações e confrontos que deverão ocorrer durante esse próximo mandato.
Mercúrio, regente do Ascendente da Bovespa, está na XII da carta da reeleição (casa não muito apropriada para esse planeta), mas em trígono com sua posição na Fig.02, podendo significar período favorável à Bovespa (ou a seus especuladores?). A Lua e Júpiter, significadores do povo e da base da nação, na carta da Independência, estão juntos na casa V da carta da reeleição e na casa X da carta da Bovespa, em trígono com Urano da fig. 02, dispositor do agrupamento da IX – podendo significar a continuidade da ajuda da comunidade internacional e maior apoio do governo ao social (talvez motivado pelo provável aumento do desemprego). Além disso, a Lua e Júpiter da reeleição estão em semi-sextil com Vênus da Bovespa, regente da V e da XII na fig. 02 – outro indicador de alguma melhoria para o povo. O Sol, astro da cúspide da IX da carta da Bovespa, transitando pela cúspide da V, forma quincunce com Marte radical, na XII da fig. 02. O quincunce, em sua natureza básica, guarda relações semelhantes às que existem entre Áries e Virgem – obrigatoriedade, trabalho, submissão, saúde – e entre Áries e Escorpião – transformação, perda.
Aqui convém lembrar que os indicadores de causas de oscilações da Bolsa, como todos os elementos astrológicos, devem ser considerados como sendo fatores importantes, mas não únicos, pois fazem parte de um conjunto de outros (inclusive de formas de pensamento), que compõem os quadros dos eventos ou de suas possibilidades.
Base de referência histórica
Este estudo tomou por base, em parte, o texto do livro Uma História Centenária, editado pela Bovespa [sem data de edição; possivelmente 1989], com a coordenação editorial da MPF Produções Culturais; Edição de texto de Marilia Pacheco Fiorillo e acompanhamento gráfico da Best Editora Ltda.
Bibliografia Astrológica
MARTINEZ, Raul V. – Material dos Cursos de Extensão Universitária, sobre simbolismo astrológico, ministrados no Instituto de Artes da Unesp – entre 1986 e 1994. [A apostila do Curso de 1994 foi encaminhada à Listas de Astrologia da Internet, dividida em Lições].
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