O encontro com Hadès

Um dia, pela bondade de meus pais, cheguei a França e encontrei-me com o astrólogo Hadès (Alain Yaouanc), em la Rochelle, onde ele morava em 1980. Ele me atendeu, em sua sala, apenas educada e brevemente. Escrevia ele, então, dois livros, ao mesmo tempo. Mas aquilo não foi bem uma recepção para quem tinha chegado de tão longe. Resolvi não incomodar. Era o FIM de minha viagem. Então, eis que quando iniciava o meu retorno a Paris e me dirigia ao embarque no trem, aconteceu que, num intenso fluxo de pessoas, me vejo frente a frente com Hadès e seu filho, então adolescente, sob uma placa onde estava escrito TERMINUS, na estação ferroviária de La Rochele. Ele me recebeu bem mais solicitamente e, após conduzir-me a uma praça, me indicou uma bibliografia muito abrangente dos autores que frutificaram à luz de Guénon e indicou-me conhecer o amado Ramana Maharshi.

Quando retornei ao Brasil, os estudos na UnB, de Antropologia, foram perdendo importância, exceto as matérias de Filosofia, sobretudo as aulas de Termenon y Solis.

Li tudo o que pude e logo estava dedicando-me a arte-sacra, na modalidade de pintura, à partir de modelos bizantinos, românicos, mozarábicos e góticos. Dediquei-me, por poucos mas intensos anos, em meditativa e piedosa atividade em arte sacra (9).

Sou explícito e exagerado nos afetos (10), mas eles são perenes (11).