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Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 95 :: Maio/2006 :: - |
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ASTROLOGIA E LITERATURAO Código Da Vinci, um best-seller de Plutão
O Código Da Vinci vendeu mais de 60 milhões de cópias e foi traduzido para 44 línguas. Combinando os gêneros de novela policial, suspense, ficção de fundo histórico e teorias conspiratórias, transformou-se no sexto livro mais vendido de todos os tempos. Este artigo analisa as causas do sucesso nos mapas do autor, Dan Brown, e do próprio lançamento do best-seller, em março de 2003.
Dan Brown - 22.6.1964, 5h EDT (-04:00)
- Exeter, New Hampshire, 42n58, 70w56. Mesmo sem levar muito a sério as casas, o que impressiona desde o primeiro momento na carta de Dan Brown é a presença de uma Grande Quadratura onde Saturno, Lua e Marte aspectam a notável conjunção Urano-Plutão de 1964-1965, ponto de partida de um ciclo de longo alcance que marcou um momento especialmente turbulento na história contemporânea. Muitos dos valores virginianos - ordem social, pudor sexual, racionalidade do modelo produtivo, discriminação (Virgem é o signo que separa, segrega e mantém cada coisa em seu devido lugar) foram vigorosamente sacudidos e virados pelo avesso durante a passagem de Urano e Plutão por este signo. Os anos 60 foram o momento da liberação sexual (é quando a pílula entra em cena), do questionamento do modelo produtivo (movimento hippie, revoltas estudantis) e também da luta contra a discriminação racial e social, bastando lembrar as figuras de Martin Luther King e Malcoln X. Pois esta turbulenta conjunção aparece no mapa de Dan Brown fortemente ativada por fazer parte de uma configuração tensa, da qual tomam parte dois planetas pessoais, a Lua e Marte. O Código Da Vinci é uma monumental invencionice contada com uma técnica de tirar o fôlego: o autor tem ênfase em Gêmeos, signo da escrita e também da arte de iludir com as palavras. Ao levantar a fantasiosa possibilidade de que Jesus Cristo possa ter sido um homem casado e com descendentes, e ao atribuir à Igreja Católica um papel de destaque no mascaramento desse segredo, Dan Brown explora com maestria o interesse do público em teorias conspiratórias e a desconfiança inata que as pessoas comuns têm com relação a instituições pouco transparentes (caso da Opus Dei, que desempenha um papel importante no livro). Tudo isso tem a ver com a oposição Plutão-Saturno, que coloca em questão, literalmente, a possibilidade de conspirações (Plutão) pelo controle do poder (Saturno) ou o risco da destruição radical (Plutão) de estruturas estáveis (Saturno). Dan Brown bem poderia ter sido um político radical, ou um simpatizante de causas revolucionárias - especialmente se lembrarmos que em seu mapa a energia agressiva de Marte e o espírito rebelde de Urano estão conectados a Plutão e Saturno. Contudo, Brown conseguiu canalizar tudo isso para a literatura e, mais especificamente, para o romance de ação vertiginosa, capaz de lançar mão de todos os artifícios da ficção para criar romances que prendem a atenção do leitor até a última linha. Acrescente-se que o mapa do escritor também contém uma oposição Marte e Lua no eixo Gêmeos-Sagitário, configuração adequada para alguém que gosta de usar as palavras para cutucar os valores morais da opinião pública em questões ideológicas e religiosas. Muita gente ficou furiosa com O Código Da Vinci, o que só contribuiu, aliás, para tornar o livro ainda mais popular. Para levantar o mapa desse best-seller, tomamos por base um artigo publicado na edição de 27 de janeiro de 2003 de Publishers Weekly. O artigo faz uma entusiasmada resenha do novo livro e anuncia seu lançamento para 18 de março de 2003 (em Nova Iorque, ao que tudo indica). Na falta de horário preciso, levantamos uma carta solar com o objetivo de tentar entender que configurações poderiam explicar um sucesso tão estrondoso. Lançamento do livro O Código
Da Vinci - 18.3.2003, sem horário Para início de conversa, há uma quatratura T (três planetas que formam entre si duas quadraturas e uma oposição) envolvendo Mercúrio-Sol em Peixes. Plutão aparece em oposição a Saturno, repetindo a configuração da carta natal de Dan Brown. Tanto o escritor quanto sua obra vibram no mesmo diapasão de demolição de estruturas estáveis. É o mesmo aspecto difícil que estava nos céus quando do atentado ao World Trade Center, em 2001. A diferença é que, enquanto os terroristas da Al-Khaeda utilizaram aviões desgovernados, Dan Brown deixou todo o mundo cristão em polvorosa simplesmente colocando em dúvida os mais solenes dogmas em que se baseia a estrutura de fé do Catolicismo. Outro aspecto de grande importância nesta carta é a oposição Júpiter-Netuno. Júpiter, significador natural de fé e de religiões organizadas, está no nobre e grandiloqüente signo de Leão, oposto a Netuno, um planeta que tem tudo a ver com fantasia e delírio. A trama de O Código Da Vinci se desenvolve em grande estilo, a começar pelo cenário imponente do museu do Louvre e pelos capítulos que têm lugar em vetustas catedrais e até mesmo nos aposentos papais. Mais Júpiter em Leão, impossível. E aqui observa-se mais uma vez o efeito de ressonância com a carta natal do escritor: Dan Brown também tem, em seu mapa de nascimento, uma oposição Júpiter-Netuno! O toque netuniano do lançamento do livro é reforçado pela presença do Sol em Peixes, oposto à Lua. É a rica imaginação pisciana encontrando eco na opinião pública (Lua Cheia). O texto de O Código Da Vinci já é, em si mesmo, um roteiro cinematográfico pronto para ser filmado. Por que então o filme lançado em 19 de maio de 2006 não alcançou o sucesso estrondoso do livro? Simplesmente pela falta de ressonância entre o mapa do lançamento do filme e os outros dois já analisados, assim como pela ausência de trânsitos que pudessem indicar uma forte vinculação entre o momento atual e a temática da obra, exceto por um fator: o Plutão do filme faz quadratura ao Sol do lançamento do livro, mostrando que a problemática de Plutão em Sagitário - trazer à tona o "lado podre" das religiões organizadas - continua em evidência. Outros artigos de Fernando Fernandes. |
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