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olhar brasileiro em Astrologia
Edição 180 :: Junho/2013 |
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TÉCNICA APLICADAInterpretação de eclipses em cartas pessoais
Qual o significado dos eclipses quando afetam um eixo ou um planeta do mapa natal? A astróloga argentina Patrica Kesselman dá a resposta. Um dos fenômenos astronômicos mais estudados pelos astrólogos de todos os tempos é sem dúvida o dos eclipses. Pode-se dizer que é uma das manifestações celestes que mais impressionaram a humanidade. A palavra "eclipse" provém do latim eclipsis, que por sua vez vem do grego écleipsis, que significa desaparecimento. E um eclipse é precisamente isto: o desaparecimento temporário total ou parcial de um astro por interposição de outro corpo celeste diante dos olhos de um observador. Um eclipse solar, que ocorre durante a Lua Nova, literalmente transforma o dia em noite. Um eclipse lunar, que ocorre em Lua Cheia, parece apagar a Lua do céu. Em uma Lua Nova os luminares estão conjuntos, em uma Lua Cheia estão opostos. Os eclipses são lunações especiais que se produzem sobre a eclíptica, o “caminho” do Sol em seu passo pelas diferentes constelações, e todos os anos ocorrem alguns, tanto de Sol como de Lua. A astrologia se apoia na lei de correspondência e analogia que reza: “Como é acima é abaixo, como é abaixo é acima para que se perpetue o milagre da Unidade”. Por isso, a um determinado evento celeste (macrocosmo) corresponde outro com as mesmas características e no mesmo sentido na Terra (microcosmo). Por corresponderem o Sol e a Lua respectivamente a fatores conscientes e inconscientes, o obscurecimento de cada luminária no eclipse gera um conflito que provoca uma mobilização. A crise em questão pode ter a ver com um reordenamento, uma reorganização dos assuntos vivenciais que requeiram maior atenção e energia. Um eclipse do Sol pode simbolizar o desaparecimento momentâneo de nosso potencial interior. Sentimos ausência de poder pessoal, de vontade, de capacidade de visualizar metas pessoais. Por outro lado, um eclipse lunar nos força a confrontar nosso passado (Lua) à luz da experiência atual e pode relacionar-se com confusão e momentos particularmente propícios para esconder, ocultar, fomentar ou expandir "sombras" de manifestação emocional. Para a astrologia o Sol é o doador de vida e energia. Seu obscurecimento no céu, mesmo que por uma pequena fração de tempo, como acontece num eclipse, é um sinal de ausência dessas qualidades. Existe uma relação direta entre desvitalização e eclipses. Por essa razão, quando os eclipses do Sol nos afetam, pode ser que nos sintamos mais cansados, estressados, fatigados ou abatidos. Durante os eclipses da Lua nossas emoções e sentimentos podem transbordar ao ponto de serem percebidos claramente por outros. Podemos manifestar momentos de alteração, desordem, desconcerto ou confusão, assim como sentimentos de nostalgia ou pessimismo relacionados ao que estamos deixando para trás, ou a fatos que parecem ser o que em realidade não são. É recomendável durante esse período estar mais em contato com nosso Ser interno, praticando atividades que se relacionem com a meditação, reflexão e introspecção. É a oportunidade para perceber nossos condicionamentos e amarras, velhos modos de pensar ou de sentir que se tornaram obsoletos. Assim, poderemos elaborá-los e reorientar nosso caminho, explorando novas possibilidades. Em astrologia consideramos que os eclipse afetam um determinado ponto e seu ponto oposto. Nos casos em que o eclipse está afetado por aspectos desarmônicos, também consideraremos os demais planetas envolvidos como pontos sensibilizados pelo fenômeno celeste. Em geral o efeito de um eclipse não se nota somente no momento de sua ocorrência. Na antiguidade considerava-se que um eclipse tinha vigência até o momento em que ocorresse outro do mesmo tipo. Durante a fase de vigência, provavelmente notaremos os efeitos quando um planeta “ativador” (geralmente Marte) tocar o ponto do eclipse. É por essa razão que, em algumas ocasiões, os eclipses parecem não provocar nada até que ocorra esta ativação, em um momento posterior. Outros artigos de Patrícia Kesselman. Comente este artigo |Leia comentários de outros leitores |
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