Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 120 :: Junho/2008 :: - |
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UNITED ASTROLOGICAL CONFERENCE 2008Uma festa Astrológica em Denver
Astrólogos de 49 países distribuídos por 15 palestras simultâneas fazem do UAC um dos maiores eventos de Astrologia do mundo, este ano com duas novidades: o crescimento da Astrologia Védica nos Estados Unidos e a polêmica sobre como certificar cursos de formação. Robert Hand (foto) ganhou o prêmio de reconhecimento pelo conjunto de sua obra. Os primeiros marinheiros que se aventuraram a explorar os mares do planeta, em busca de terras, comércio ou somente o desconhecido, não sabiam que muitos e muitos séculos mais tarde, a globalização - propiciada pelas comunicações, pelas facilidades de locomoção e pela internet, e entendida aqui essencialmente em seu sentido histórico de expansão de contatos entre países, e não ideológico - iria proporcionar tantos e tão variados efeitos. E foram muitos. Alguns negativos e outros positivos. Abaixo: Ani Bettati e a argentina Claudia Rizzi. Destes últimos, pude comprovar um deles, no último mês de maio, entre os dias 15 e 20. Na cidade de Denver, no estado americano do Colorado, encontraram-se representantes de quarenta e nove países para falar de Astrologia. Cerca de 1300 pessoas, numa mistura enorme de culturas. Os sons maravilhosos de todos os sotaques se misturaram em torno de todas as áreas astrológicas. Foram 270 palestras organizadas em torno de 15 campos de interesse, cobrindo as inúmeras técnicas e abordagens astrológicas, dentre as quais algumas dirigidas aos estudantes que se iniciam na área e a grande maioria destinadas a mostrar as especialidades, tais como a psicológica, a da saúde, a da mitologia e arquétipos, a dos relacionamentos, a histórica e a das técnicas modernas e tradicionais, a védica, a das técnicas especiais como uraniana, cosmobiologia, esotérica, financeira e empresarial, mundana, vocacional, horária, heliocêntrica, a das estrelas fixas, das declinações e a pesquisa. As questões entre os astrólogos e a comunidade foram debatidas em seis mesas-redondas: a relação profissional do astrólogo com a prática de atendimento e com seu cliente, com o dinheiro, com a comunidade e com a tecnologia. Abaixo: detalhe da arquitetura do Museu de Denver. Foi difícil escolher, nos cinco dias de palestras, entre as 15 que ocorriam simultaneamente. Quatro palestras por dia, com intervalo para café pela manhã, além de um generoso tempo para o almoço. Compartilhar foi um verbo bastante conjugado, em muitos cafés, almoços e jantares, na ida ao museu e ao artesanato indígena da região, nas saídas à rua, enquanto o sol dava cor ao tempo livre e ao lúdico das muitas imagens possíveis de um contexto a ser conhecido. As montanhas cheias de neve (Rocky Montains) faziam pano de fundo à paisagem urbana de Denver. O United Astrology Conference (UAC) começou em 1986 e aconteceu também nos anos de 1989, 1992, 1995, 1998, 2002, a partir de três organizações – AFAN (Association for Astrological Networking), ISAR (The Internacional Society of Astrological Research) e NCGR (National Council for Geocosmic Research) -, neste ano acrescentadas de mais uma, a ACVA/CVA (American College of Vedic Astrology). Juntas, tais associações têm a tarefa de fazer esse encontro, que, além da representatividade internacional que sempre apresentou, a cada ano oferece novidades e boa organização, como pude observar desde a primeira vez de que participei, em 1995. Uma das surpresas desta vez foi a presença do American College of Vedic Astrology como uma das instituições responsáveis pela sustentação do evento. Tal acréscimo justifica-se pelo interesse que a área védica tem mobilizado nos EUA, trazendo inclusive uma maior quantidade de participantes de países orientais como Índia, indonésia, Nepal, Tailândia e Taiwan. Assim, desta vez como das outras três vezes em que estive presente nesse evento, tive a possibilidade de escolha entre, por exemplo, Claude Weiss (à esquerda), da Suíça, Geoffrey Cornelius, Nick Campion e Bernadette Brady da Inglaterra, Karen Kamaker-zondag da Holanda, Christian Borup da Dinamarca, Chris Turner da Austrália, Donna Van Toen do Canadá e de Chakrapani Ullal, que é importante pelo desenvolvimento das relações entre os indianos e os americanos na Astrologia Védica. Os americanos Alan Oken, Steven Forrest, Richard Tarnas, Noel Tyl, Monica Dimino entre tantos outros representaram os donos da casa. A relação completa dos palestrantes e outras informações podem ser vistas no site www.uacastrology.com.
Como sempre acontece, houve a distribuição de prêmios em cinco categorias: Descoberta, pesquisa e inovação; Educação; Teoria e compreensão; Serviço comunitário; Imagem profissional. Além dessas cinco, há uma premiação especial, pelo trabalho de vida (Lifetime Achievement Award), que este ano foi concedida a Robert Hand, justificada pelo trabalho e comprometimento com a fundação e manutenção do Kepler College, sua presença na NGCR e outras instituições, no projeto de resgate da Astrologia tradicional e na produção de seus inúmeros livros. Além disso, houve este ano uma programação social mais ativa do que das outras vezes. Uma festa animada com música ao vivo, a apresentação de uma comédia/sátira a partir da idéia de Plutão em Capricórnio (Plutopia), um documentário a respeito da Astrologia com muitas entrevistas e a dança depois do banquete de entrega dos prêmios com DJ deram um ar diferente a este encontro. Também ficou mais evidente neste ano o debate a respeito da certificação dos astrólogos como ponto importante de sua formação profissional. A questão da pesquisa esteve representada por Mark Urban-Lurain, que também é especialista em tecnologia e pesquisador na área de educação, matemática e ciências. Uma leve ironia do astrólogo dinamarquês Chistian Borup (esquerda) me diz que a questão acadêmica mexe com os astrólogos de lá, como faz com os de cá. Viés mais, ou menos acadêmico? Impossível que não houvesse respingos de polêmica numa tão grande mistura de todas as áreas que formam o universo astrológico. Conviver com a diferença requer de nós sempre um trabalho extra de esquecimento dos próprios preconceitos. Flexibilizar as crenças pessoais e aceitar as do outro pode ser desafiador, mas também garante a expansão de nossos objetivos e intenções ampliadas juntamente com os do outro. Foi bom ver tantas áreas da Astrologia representadas no evento - o espaço aberto,a praça pública - , democraticamente postas para o convívio. Mais uma brasileira em Denver: abaixo, a astróloga Susie Verde (Rio de Janeiro) ao lado do tcheco Zdenek Bohuslav. Foram cinco dias de intenso movimento pelos corredores e salas do hotel, com troca de informações e de endereços, o que só enriquece nosso campo de trabalho, numa confraternização internacional digna do conceito da Astrologia maior que todos desejamos. Vale a pena saber que acontecem encontros dessa natureza para expor o conhecimento astrológico, proporcionando sua ampliação. O mundo globalizado nos oferece tais privilégios. Para eventos, quaisquer que sejam as latitudes e longitudes de sua realização, programe-se! Marinheiros ao mar, coração e mentes abertos - o próximo UAC será em 2012, em local ainda a ser determinado! Não perca! Outros artigos de Ana Maria González. |
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