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UM ASTRÓLOGO NO ROCK IN RIO
Os planetas do metal pesado

Fernando Fernandes
Início | Parte 3

A marca registrada do rock pesado

No Rock in Rio 3, um dos shows de maior sucesso e empatia popular foi exatamente o da competente banda Iron Maiden, que subiu ao palco à 1h45 (horário de verão) da madrugada do dia 20 de janeiro. O Ascendente não podia ser mais apropriado: 14°38' de Escorpião, em conjunção fechada com Marte em 15°57' do mesmo signo! Naturalmente, o show levou ao delírio a platéia metaleira, parte da qual sequer havia nascido quando o Iron Maiden iniciava sua carreira. Marte, regente do mapa do show, forma um fluente trígono com Vênus em Peixes, regente da casa 7 (a platéia). Além do mais, a Lua, significadora genérica das emoções da massa, estava em Sagitário, na casa 1, em conjunção com Plutão - mais uma vez a velha conjunção Lua-Plutão das origens do rock!

Para que um evento artístico seja bem sucedido, não basta que se inicie sob configurações astrológicas fluentes, mas é essencial também que o material apresentado seja compatível com o simbolismo astrológico daquele momento. O fenômeno adolescente Britney Spears aprendeu isso na prática ao tentar fazer no Rock in Rio um show "água-com-açúcar" cujo mapa mostrava Marte na casa 1 em quadratura com Urano e Mercúrio na 5 (18.01.2001, 23h50 HV, Rio de Janeiro). Levou algumas merecidas vaias, especialmente ao exibir-se numa escadaria no estilo Broadway e com a bandeira americana ao fundo. Já o Iron Maiden incorporou Marte e Plutão do princípio ao fim e fez um dos três melhores shows do mega-evento. Iron é exatamente ferro, metal regido por Marte. O Iron Maiden cultiva o gênero heavy metal (metal pesado), totalmente compatível com o simbolismo de Escorpião e de seus dois regentes, Marte e Plutão.

Início do show do Iron Maiden no Rock in Rio 3 - 20.1.2001, 01h15 HV, Rio de Janeiro.

Outra atração que hipnotizou o público foi o veterano Neil Young, um sobrevivente do mais autêntico rock visceral dos anos sessenta. Young não precisou de trajes teatrais nem da indefectível fumaça de gelo seco: subiu ao palco vestindo camiseta e um jeans surrado e, com a naturalidade de quem domina plenamente seu ofício, realizou o show mais impressionante do Rock in Rio 3. O mapa de sua apresentação é semelhante ao do Iron Maiden, com Marte colado ao Ascendente em Escorpião. A Lua não estava mais em conjunção com Plutão, mas ocupava ainda o extrovertido signo de Sagitário. Tanto Neil Young quanto o Iron Maiden iniciaram suas apresentações com o Fundo do Céu enquadrado pela conjunção Sol-Netuno, um aspecto de magnetismo e sedução.

Se Marte em Escorpião parece tão estimulante para o rock, o que deu errado com o show do Red Hot Chilli Peppers, que também tinha Marte no Ascendente quando entrou em cena para fechar o Rock in Rio? Ocorre que a banda californiana não é exatamente um exemplo de metal pesado (seu som é, antes de tudo, dançante). Além disso, a Lua - regente do mapa de abertura oficial do Rock in Rio - chegava a seu exílio, no frio e contido signo de Capricórnio. A última noite do evento, apesar de bater o recorde de público, não teve o calor das noites anteriores. Acrescente-se que, além de mal posicionada, a Lua caminhava ainda para uma conjunção com o Nodo Sul, um aspecto restritivo. O evento bem poderia ter terminado na véspera, no momento em que Neil Young acabava de arrancar o último gemido de sua velha guitarra...

 
  O Iron Maiden em foto de divulgação da banda. Mesmo quarentões ou cinquentões, roqueiros preservam a identificação com a imagem de rebeldia e contestação. A ênfase está mais na agressividade (Marte-Plutão) do que na idéia de eterna adolescência (Mercúrio).

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