Marta Suplicy: de sexóloga a prefeita da terceira maior cidade do mundo |
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ASTROLOGIA
E ELEIÇÕES
Cada
prefeito com seu planeta
Equipe de Constelar O
primeiro dia do milênio foi também o dia da posse de novos
prefeitos em quase todos os municípios brasileiros. O mapa da posse
de cada um define algumas linhas gerais dos mandatos de quatro anos que
se iniciam.
Se bem que as posições planetárias pouco tenham-se alterado ao longo do dia, a diversidade de horários para a cerimônia de posse e de coordenadas geográficas dos municípios brasileiros acabaram fazendo a diferença, determinando estruturas de casas específicas para cada novo governante. Houve desde prefeitos que preferiram assumir no raiar do milênio, como o de Santa Maria do Herval, no Rio Grande do Sul, até os que o fizeram nas primeiras horas da noite, já perto do dia 2. Em Santa Catarina, a maioria tomou posse pela manhã, muitos com Ascendente em Aquário e Urano em posição de destaque. O que há de comum Todos os novos prefeitos que tomaram posse em 1° de janeiro assumem sob alguns aspectos particularmente difíceis. O mais destacado é a quadratura de Marte em domicílio em 5° de Escorpião com Netuno em 5° de Aquário, que traz para o primeiro plano duas preocupações: - Este aspecto ativa a oposição de Marte
em 3°41' de Escorpião a Saturno em 9°56' de Touro no mapa
da Independência do Brasil, onde ocupa o eixo das casas 9 e 3 (transportes,
educação, meios de comunicação etc.). Uma
possibilidade é que as cidades onde a posse do prefeito ocorreu
com Netuno e Marte nos ângulos venham a sofrer com maior impacto
problemas que afetem todo o país, como greves na área de
transporte, bloqueio de estradas em função de chuvas, apagões
provocados por sobrecarga na rede elétrica ou falhas nas linhas
de transmissão, movimentos envolvendo estudantes e escândalos
provocados por revelações da imprensa. Considerando quatro das mais importantes cidades do Centro-Sul - Rio, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre - o Rio de Janeiro é aquela cujo prefeito deve sentir de mais de perto tais problemas, já que a posse de César Maia deu-se com Netuno ocupando o Meio-Céu e Marte em conjunção com o Descendente. De qualquer forma, o aspecto Marte-Netuno é uma combinação tensa de um fator de violência (Marte) com um fator de ordem coletiva (Netuno, um símbolo de massas, multidões, "marés humanas"). Na virada do ano, três graves ocorrências coletivas já se deram sob a quadratura Marte-Netuno: o desmoronamento do alambrado do estádio de São Januário, no Rio, com 169 feridos (veja matéria nesta edição), um acidente com fogos no réveillon da praia de Copacabana (um morto, um acidentado com risco de perda de visão e dezenas de feridos leves) e ainda uma arruaça na avenida Paulista, na festa do réveillon de São Paulo, onde o enfrentamento de duas gangues provocou pânico, correria e a interrupção do show que ali se realizava. Saldo do incidente: mais de cem feridos. No acidente de Copacabana, ocorrido às 0h12 da madrugada (Horário de Verão) do primeiro dia do ano, alguns fogos programados para explodir 50 metros acima do nível do solo acabaram explodindo a apenas três metros de altura. A vítima fatal foi um homem que recebeu o impacto de um estilhaço de plástico no pescoço. Fogos são regidos por Marte; artifícios são assunto de Netuno. Marte estava no final da casa 1 e Netuno ocupava a 5, das festas e espetáculos. Plásticos são regidos por Netuno. Uma possível causa para o acidente foi o mau funcionamento dos fogos em função das chuvas que caíam sobre o Rio naquele momento (águas, Netuno).
No conflito de rua de São Paulo, um milhão de pessoas ocupava a avenida Paulista quando as gangues começaram a briga, à 1h45 HV da madrugada. Marte estava na casa 1, a apenas oito graus do Ascendente. No exterior as coisas não foram muito diferentes, registrando-se como pior acidente o incêndio de uma danceteria na Holanda, com muitas vítimas fatais e novamente reunindo significados dos dois planetas: dança (Netuno) e incêndio (Marte). Todos os incidentes da virada do ano correspondem, pois, a um simbolismo que estará presente durante todo o transcorrer do mandato dos novos prefeitos. Os outros aspectos marcantes do primeiro dia do ano são as quadraturas entre Vênus e Urano em Aquário a Saturno em Touro, indicando restrições financeiras, risco de impopularidade e atritos entre impulsos reformistas e resistência das velhas estruturas. Vênus também forma quadratura com Júpiter no início de Gêmeos, um aspecto de despesas exageradas ou nem sempre justificáveis, assim como de condescendência para com desvios éticos. Júpiter, aliás, está em Gêmeos, signo de seu exílio, e retrógrado. Pode-se pensar que muitos dos novos prefeitos enfrentarão dificuldades com o aperto de cintos imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. No lado positivo, há o trígono entre Netuno em Aquário e Júpiter em Gêmeos, que ativa a conjunção Júpiter-Lua do mapa da Independência do país e também o trígono Netuno-Plutão-Marte da carta da Proclamação da República. É um aspecto suavizante que, se bem aproveitado, pode resultar em grandes ganhos de popularidade para prefeitos que sigam a linha de menor resistência e mantenham uma boa imagem junto à opinião pública. Como o aspecto está em signos de Ar (comunicação) e envolve Netuno (imagens, sedução), ficam em vantagem os prefeitos que souberem fazer bom uso da televisão e da palavra. É um ponto a favor dos governantes municipais de discurso fácil, bem articulados e carismáticos, se bem que estes serão também os maiores gastadores, já que o aspecto envolve Vênus por quadratura. Das quatro cidades consideradas, é Curitiba que mais se beneficia do aspecto. Se o sóbrio Cássio Taniguchi conseguir desenvolver habilidades de showman (como fazia seu antecessor, Rafael Greca), terá o caminho aberto para vôos mais altos. Um terceiro ponto a considerar é que todos os prefeitos que tomaram posse na tarde do dia 1° de janeiro fizeram-no com a Lua fora de curso, um fator de falta de propósito ou de falta de empenho, para usar a expressão de Raul V. Martinez (veja matéria na próxima edição), ou ainda de desdobramentos imprevisíveis, que escapam ao planejamento inicial.
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