Marta precisará tomar a iniciativa para adequar-se à tônica uraniana de seu mandato. |
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Marta Suplicy, a prefeita uraniana A posse de Marta Suplicy em São Paulo ocorreu por volta de 15h50 HV, do que resulta uma carta com Ascendente em 17°10' de Touro. O planeta mais angular é Urano, colado ao Meio-Céu, indicando uma disposição renovadora e dinâmica, se bem que também uma administração sujeita a diversas tempestades e movimentos súbitos. Saturno na 1, planeta mais próximo do Ascendente, rege a casa 9 e está em quadratura com Urano, mostrando que muitas medidas inovadoras poderão ser contestadas na justiça e mesmo totalmente inviabilizadas, o que faz pensar em sucessões de liminares contra decisões da prefeita, e sempre com base na tese da defesa das instituições e de direitos adquiridos. Pode-se sintetizar o novo governo de São Paulo com a imagem de Marta Suplicy enfrentando sempre batalhões de advogados a serviço de interesses retrógrados. Em muitos momentos o tempo poderá esquentar, pois Urano da posse superpõe-se à conjunção Mercúrio-Marte da carta da fundação da cidade. Para Marta não há muita saída: o mapa pede iniciativa, e sua chance de sucesso está em ser sempre mais rápida no gatilho que os adversários. De qualquer forma, serão quatro anos de pura adrenalina.
César Maia e Tarso Genro sob a égide de Netuno No Rio de Janeiro, o ex-prefeito César Maia volta ao poder depois de uma violenta e virulenta campanha eleitoral que teve posições radicalizadas e rompimentos irreversíveis. César, que é uma figura polêmica e que foi comparado, no primeiro mandato, a uma espécie de Nero moderno, já chegou ao poder brigado com o governador, com a equipe do prefeito anterior e com um sem-número de desafetos. Este clima de confronto está demonstrado no mapa da posse, realizada às 14h40 (HV) do dia 1°, pela presença de Marte no Descendente (a casa dos adversários) em quadratura com Netuno no Meio-Céu (um prefeito que fará uma administração confusa, "enrolada" e sujeita a escândalos). Urano na 10 faz quadratura a Saturno na 1, sendo Saturno regente da 9 (problemas do prefeito com a justiça - ele já assumiu anulando leis e decretos anteriores e provocando reações de desaprovação da OAB). Vênus, também na 10, rege o Ascendente e faz quadraturas com Saturno e Júpiter. Estes aspectos tenso estão no mapa de quase todas as posses do dia 1°, mas no caso do Rio ganham dimensão especial pela angularidade de Marte e pela combinação com o mapa da fundação da cidade (1° de março de 1565, 12h LMT): o Marte da fundação está em conjunção com o Meio-Céu da posse e em quadratura com o Marte da posse, aumentando ainda mais o clima de beligerância. Um mapa muito semelhante ao da posse no Rio definiu também o tom da nova gestão de Tarso Genro à frente da prefeitura de Porto Alegre. O que deve fazer a diferença é a sinastria entre o mapa da posse e o da fundação da cidade, sobre o qual pairam ainda grandes dúvidas. Também não temos certeza absoluta do horário da posse: provavelmente ocorreu às 15h15 HV e, com certeza, já estava encerrada às 15h21. Se for correto, Netuno também está no Meio-Céu (a casa do dirigente), o que guarda analogia com a própria carta natal de Tarso, um advogado nascido a 6 de março de 1947, em São Borja, com Sol, Mercúrio e Marte em Peixes. Tarso, que também tem uma quadratura Sol-Urano na carta natal, está enfrentando atualmente um trânsito de Plutão em quadratura ao Sol em Peixes, aspecto que costuma resultar em períodos de acirramento das lutas pelo poder e numa boa dose de inflexibilidade. Isso tira do prefeito parte de seu "jogo de cintura", que tem de sobra com cinco planetas radicais em signos mutáveis.
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