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OS CAMINHOS DA ASTROLOGIA MÉDICA
A saúde está no mapa?
Antibióticos e água de coco ROSEANE - A questão dos antibióticos é mais ou menos como uma criança que, toda vez que tenta andar, a mãe a pega no colo para que ela não se machuque. Essa criança vai ficar protegida, é verdade, mas, por outro lado, jamais aprenderá a andar e terá a musculatura das pernas atrofiadas. O uso abusivo dos antibióticos acaba atrofiando o sistema imunológico, o que leva à necessidade de mais antibióticos. Até faz sentido utilizar antibióticos em algumas situações, mas apenas como recurso extremo. ANA TERESA - Além disso, na Homeopatia, não ficamos tratando de partes do organismo com medicamentos que vão prejudicar outras partes. O paciente é visto como um ser integral, dotado de corpo, mente e espírito, e a abordagem não é em cima da catalogação das doenças, mas da dinâmica pessoal do paciente. O objetivo é restaurar o equilíbrio particular daquele indivíduo. E o foco é na arte de tratar e curar, tanto do ponto de vista individual quanto social. CONSTELAR - Por que do ponto de vista social? ANA TERESA - Porque a Homeopatia tem essa pretensão. Quando o indivíduo entra num equilíbrio dinâmico em termos de saúde individual, ele é capaz de interagir com outras pessoas e com seu meio de uma forma mais saudável também. E é preciso lembrar que Hahnemann* tinha uma visão social dos fatores de adoecimento.
Ele via com clareza que a miséria, as condições de trabalho, a forma de interagir com o contexto social, os valores ideológicos e tudo o mais tinham um papel importante na moldagem do padrão individual de reação aos fatores patogênicos.
CONSTELAR - E o teu percurso, Jaime, como foi? Como o publicitário acabou virando terapeuta floralista? JAIME - É uma história comprida... Começou quando a gente largou tudo e foi pra Recife, há uns vinte anos. Foram quatro meses de pura vagabundagem. A gente não tinha emprego, a grana ia acabando. A maior parte do dia, ficávamos na beira da praia, sentados sob os coqueiros, filosofando. Um dia, entramos numa livraria. Foi a Motoko que descobriu o livro na prateleira e me chamou a atenção. Era uma obra teosófica. Compramos o livro e fomos ler na praia. Foi então que descobri que todas aquelas perguntas que me corroíam estavam lá, e com respostas coerentes. Minha cabeça deu um click. CONSTELAR - Esoterismo com água de coco... JAIME - É, foi mais ou menos isso. Daí vieram os outras obras, a Doutrina Secreta de Madame Blavatski inteira, e, no meio dessa fase, a gente ia andando um dia pela rua quando deu de cara com uma plaquinha que dizia: Sociedade Teosófica, palestra no dia tal. Foi um achado. Nunca imaginara que houvesse um grupo de pessoas no Brasil -- e mais ainda, em Recife, bem ali do lado da gente - que se reunisse pra discutir aquelas idéias. Na reunião seguinte, estávamos lá. Daí a pouco, eu já estava participando, discutindo isso e aquilo, cada vez mais envolvido. CONSTELAR - Enquanto isso, nada de emprego... JAIME - Nada. Nenhum de nós conseguia arrumar trabalho. Aí, comecei a aproveitar o tempo livre pra ajudar na divulgação das atividades da Teosófica. Produzi um cartaz, arrumei uma gráfica, imprimi e saí pela cidade, colando por toda parte. Daí a pouco, as reuniões estavam lotadas, coisa que não acontecia nas lojas teosóficas de outras cidades. Um dia aparece em Recife o coordenador da Teosófica em Brasília. Logo quis conhecer o tal sujeito que estava cuidando da publicidade e fazendo as reuniões de Recife virarem um ponto de atração. Na primeira conversa que tivemos, ele jogou a proposta: "Já pensou em morar em Brasília? O que você precisa pra fazer a mudança?" "Um lugar pra morar e um emprego", respondi. Ele prometeu uma força, e lá fomos nós. CONSTELAR - A casa e o emprego apareceram? JAIME - Olha só, em Recife passamos quatro meses sem conseguir nada. Em Brasília, foram precisos apenas quinze dias para a Motoko conseguir um trabalho de intérprete na embaixada do Japão. Pra mim, apareceu um emprego na área de publicidade depois de um mês. CONSTELAR - Foi aí que entrou a Astrologia? Na ida pra Brasília? JAIME - Não, ainda não. Nos primeiros tempos, trabalhamos muito na Teosófica, ajudando a montar eventos, divulgar atividades. Conseguimos lançar um boletim. A Astrologia veio mais tarde. Primeiro, tive umas aulas com um astrólogo de lá, depois passei a estudar sozinho. Basicamente, fui autodidata. O núcleo de sofrimento e o mapa astrológico
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