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Astrologia Médica
 
 

 

OS CAMINHOS DA ASTROLOGIA MÉDICA
A saúde está no mapa?
Entrevista com Ana Teresa Ocampo,
Roseane Debatin e Jaime Camaño

Ana Ocampo, sanitarista e homeopata; Roseane Debatin, homeopata e acupunturista; Jaime Camaño, astroterapeuta. Três percursos diferentes, mas tendo em comum a descoberta de que a Astrologia pode - e muito - facilitar o diagnóstico médico.

Quem vem de uma família de imigrantes não costuma ter vida fácil. O desafio de firmar-se no novo país adotivo normalmente leva os pais a serem muito exigentes com os filhos, com a cobrança de que estudem a sério e consigam estabelecer-se numa profissão respeitável. Este tipo de cobrança os instrutores dos cursos de Astrologia Médica do Sistema Astroletiva de Ensino tiveram de sobra.

Ana Teresa Ocampo, médica sanitarista, é carioca, filha de imigrantes espanhóis. Chegou à Homeopatia e a Astrologia depois de uma sólida formação acadêmica convencional, que faz questão de cultivar até hoje (um de seus temas preferidos de leitura é Filosofia da Ciência). Já Roseane Debatin veio de uma família de imigrantes alemães de Santa Catarina e de gaúchos da fronteira. Tal como Ana, Roseane passou por todo o ritual da formação médica convencional - é pediatra e alergista - antes optar de vez pelos caminhos alternativos da Medicina Tradicional Chinesa.

O paulista Jaime Camaño é outro que nasceu numa família espanhola. As convicções anarquistas do pai fizeram com que Jaime crescesse num ambiente ateu. De emprego em emprego, acabou tornando-se publicitário. Nessa época, final dos anos setenta, conheceu Motoko, uma imigrante japonesa que chegou em São Paulo ainda criança, surgindo daí um casamento que já dura mais de vinte e três anos. Desde 1993, os dois dirigem o Instituto Solaris, no bairro curitibano do Batel.

Mas ninguém tem Netuno em Libra no Ascendente impunemente. Na virada dos anos oitenta, a vida de Jaime estava aparentemente em ordem, mas a inquietação interior crescia, com a cabeça cheia de interrogações metafísicas, ao mesmo tempo que o estilo de vida da classe média paulistana ia parecendo um fardo cada vez mais pesado. Um dia, Jaime jogou tudo para o alto, mudou-se com Motoko para Recife e adotou um estilo de vida meio hippie.

Enquanto isso, Ana e Roseane estudavam medicina no Rio. Não se conheciam, mas o processo de ambas na transição da medicina ocidental para as concepções ditas energéticas ou vitalistas trilhou um caminho semelhante e não se deu de uma vez só. São elas que contam:

ROSEANE - Na verdade, nunca fiz uma medicina muito convencional. Tive de trabalhar com ela por que faz parte da formação médica (estágio, residência etc.). E também achava importante praticar a medicina convencional até para ter uma boa base de escolha da terapêutica para cada paciente. Por isso, trabalhei em pronto-socorro, emergência hospitalar, fiz pequenas cirurgias, e essa experiência foi extremamente enriquecedora, pois tornou mais consciente a opção pela medicina alternativa.

Ana Teresa Ocampo: "Os tratamentos convencionais fragmentam o paciente em partes que são tratadas de forma independente."

ANA TERESA - Minha primeira opção em Medicina não foi a Homeopatia, mas a Saúde Pública. Cheguei à Homeopatia porque não conseguia aceitar a pouca resolutividade dos tratamentos convencionais, que fragmentam o paciente em partes que são tratadas de forma independente. Como a terapêutica não é concebida de forma integrativa, o tratamento de um sistema sempre vai trazer conseqüências para outro sistema. Além disso, cada vez mais rapidamente os tratamentos alopáticos vão ficando ineficazes.

CONSTELAR - Por que "cada vez mais rapidamente"?

ANA TERESA - Antigamente, o tempo de "vida útil" de um antibiótico era mais longo, o medicamento era eficaz durante muitos anos. Mas a prescrição indiscriminada foi gerando aos poucos uma resistência cada vez maior dos micro-organismos, e hoje eles já conseguem se adaptar muito depressa aos novos antibióticos que vão sendo lançados. Isso deixa os alopatas inseguros, pois toda a base da medicina biomecânica, que é a que eles praticam, depende da eficácia das drogas.

Antibióticos e água de coco


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