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Um olhar brasileiro em Astrologia
 Edição 98 :: Agosto/2006 :: -

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ASTROLÓGICA 2006

Uma entrevista com Robson Papaleo

Equipe de Constelar

Constelar entrevista Robson Papaleo, diretor da escola Gaia Astrológica e criador de uma série de eventos que mesclam astrologia, arte, cultura e comunicação.

CONSTELAR - A programação da Astrológica deste ano teve um pouco de tudo: obesidade, bebês, decanatos, cabala, fatum... Algum tema foi especialmente polêmico? Alguma coisa fez a platéia arregalar os olhos e dizer "epa, isso é novo pra mim"?

ROBSON - A novidade deste ano aconteceu na abertura. Houve a palestra sobre Marte e a Linguagem Corporal, com Alexandre Maradei, astrólogo formado pela Gaia e pela Escola Santista de Astrologia, e que fez parte do Projeto Novos Astrólogos 2005, sendo escolhido o melhor trabalho do ano. Maradei fez parte de um grupo de pesquisadores que em 2005 estavam em orientação pelo CPG o Central de Pesquisas da Gaia, que fomenta e incentiva pesquisas e trabalhos em Astrologia. O prêmio por esse trabalho escolhido foi a publicação de um CBA o Caderno Brasileiro de Astrologia o nº 8, com esse tema, lançado na abertura da Astrológica ® 2006. É uma forma de fomentar a pesquisa e incentivar novos astrólogos e realizarem trabalhos.

CONSTELAR - Foi a única novidade do ano?

ROBSON - Antes da abertura da Astrológica foi exibido o filme "Terra Estrangeira" de Walter Salles. Outra novidade que fez grande sucesso foi o coquetel que se seguiu à abertura que teve como ponto alto o Planetarium Lounge Bar, comandado pelo barman Denis Moriconi, que serviu coquetéis dos signos para o público presente na abertura da Astrológica. Tanto sucesso que esse bar continuou aberto durante todo o evento. A abertura da Astrológica sempre é muito esperada pelo público, pois apresenta todos os anos algo inusitado.

CONSTELAR - E o fim de semana, após a noite de abertura?

ROBSON - Dentre as várias atividades que tivemos as palestras foram os destaques. Nos dois dias seguintes de trabalhos os palestrantes fizeram um show à parte com os mais variados temas: Astrologia e cabala, literatura, música, Astrologia Clássica, Fatum, Leonardo da Vinci, Deus e a Astrologia, astrolábios, interdisciplinaridade, televisão e Astrologia, filosofia e história. Foi um evento eclético, que teve também a apresentação dos clipes do trabalho do grupo GaiaBrasilis sobre a política desde 1984 até hoje. No show musical que aconteceu no sábado à noite, Yvette Matos e José Luiz fizeram uma retrospectiva da música desses últimos 20 anos de espantos, corrupções e indignações.

CONSTELAR - Não houve a preocupação de que as palestras girassem em torno de um tema comum?

ROBSON - A Astrológica é um evento bastante eclético, sempre trazendo astrólogos com temas ótimos. Nesse ano não foi diferente. A Astrológica nunca tem um tema que direciona as palestras a serem apresentadas, entretanto o Grupo GAIABRASILIS apresenta seu trabalho anual com um tema que marca todo o evento, e neste ano o foco foram os 20 anos depois da abertura política. Na primeira noite o grupo GaiaBrasilis deu início à apresentação do trabalho de pesquisa em Astrologia Mundial para esse ano: "Os Filhos da Pátria... os órfãos do Brasil", um trabalho em multimídia, com som e imagem, correlacionando os fatos que aconteceram desde os tempos da abertura política no Brasil até hoje, comentando sobre escândalos, corrupções e outros temas que fizeram a história política, social e econômica nos últimos 20 anos. Esse trabalho foi apresentado em 15 clipes, sendo o primeiro exibido na abertura e um no inicio de cada palestra realizada nos dias que se seguiram. Ele resumiu a indignação do povo brasileiro, com as referências astrológicas que levaram a esses acontecimentos e seus desdobramentos até hoje.

CONSTELAR - Astrológica e Semana da Astrologia são duas etapas de um mesmo evento? Ou funcionam como dois eventos diferentes?

ROBSON - A Semana da Astrologia, que acontece na semana que antecede a Astrológica, é um evento aberto ao público, com entrada franca, que apresenta a Astrologia e suas relações com a sociedade e a vida cotidiana. Houve a Exposição "A Astrologia na Vida Humana", com painéis que resumiram os principais temas da Astrologia. Os grupos de pesquisa do CPG apresentaram a primeira etapa de seus trabalhos em apresentação pública, com a presença de Gregório Queiroz e Lydia Vainer na Banca Qualificadora, com a coordenação de Ana Gonzalez, que orientou os pesquisadores para a segunda fase de apresentação final em Novembro. Os temas foram excelentes: Astrologia e Obesidade, Os Ciclos Lunares e o Nascimento de Bebês, Astrologia e Mitologia Hindu e Astrologia e Sincronicidade. O Grupo Ciranda da Lua apresentou seu trabalho de pesquisas em Danças Circulares com base na Astrologia e os 12 Signos, com a participação do público, que entrou na roda de danças. O Grupo GAIABRASILIS reapresentou na íntegra o trabalho que emocionou o público na Astrológica ® 2005, "Os Anos de Chumbo... Pra frente Brasil", trabalho em multimídia que comenta sobre os anos do regime militar aos olhos da Astrologia Mundial.

CONSTELAR - Aliás, olhando também para o passado, qual foi o tema mais polêmico já apresentado em todas as edições da Astrológica?

ROBSON - Foram muitos temas apresentados, mas talvez o que mais marcou foi o trabalho do GaiaBrasilis na Astrológica ® 2005, "Os Anos de Chumbo... Pra frente Brasil". Um tema forte que trouxe à memória momentos terríveis da história do Brasil com os movimentos astrológicos relacionados, que na época retratavam esses acontecimentos. Apresentado também em clipes com som, imagem e música antes de cada palestra, o público se emocionou até as lágrimas e aplaudia a cada apresentação. Um trabalho que ficou na memória do público e da história da Astrológica. Outro momento das Astrológicas anteriores, não polêmico, mas marcante, foi a Sala de Visitas em 2004, quando o Grupo Memória entrevistou os mais antigos astrólogos de São Paulo: Zeferino Costa (foto à direita), Raul Varella e Waldyr Fucher. Também em 2004 aconteceu a exposição do grupo Memória da Astrologia, apresentando seu acervo na Sala Mercúrio. Marcante também foi a exposição "Cinema e Astrologia" em 2002. Em 2000 houve uma Mesa Redonda com o tema "Profissão: Astrólogo", que deu margem a muitas discussões sobre a atuação profissional, entidades e regulamentação.

CONSTELAR - O que a edição de 2006 da Astrológica teve de mais notável com relação a anos anteriores?

ROBSON - No final dos trabalhos apresentados pelos astrólogos, já no domingo no final do dia, após a maratona de palestras e atividades, foi montada uma Sala de Debates com o tema: "A Ética do Brasil no Céu da Pátria neste Instante". Com a participação de Bárbara Abramo, Constantino Riemma e Rui Sá Silva Barros, foi discutido o momento atual do Brasil, política, sociedade, economia e ética, comentando os escândalos, corrupções e desventuras do povo nestes últimos anos. Essa Sala de Debates foi encerrada com a apresentação do último clipe do trabalho do GaiaBrasilis "Os Filhos da Pátria ... os órfãos do Brasil".

CONSTELAR - Qual a "marca registrada" da Astrológica com relação a outros congressos e simpósios?

ROBSON - A Astrológica teve sua primeira edição em 1999, com uma série de palestras, num formato simples e tradicional. Já a partir de 2000 foram inseridas outras atividades, que foram se acrescentando ao evento sempre realizado em Julho. Desde então foi dada uma atenção especial à abertura do evento e às atividades paralelas. Em 2005 foi colocada a Semana da Astrologia, aberta ao público fazendo a correlação da Astrologia com a vida cotidiana, sempre com entrada franca.

Podemos dizer que o que marca a Astrológica é o a diversidade de temas, o ecletismo, a interdisciplinaridade e integração dos participantes. A Astrológica é um evento cultural, mas tem a preocupação com a integração social, fazendo deste evento uma grande festa da Astrologia. Quem já participou da Astrológica teve oportunidade de confraternizar nos coquetéis, pizzas no final de cada dia de trabalho, show musical.

Uma curiosidade: a Astrológica também é conhecida por ser um evento movimentado, mas com a temperatura baixa, já que é sempre realizada no inverno em São Paulo. O que esquenta isso tudo é o calor do público e as várias atividades que acontecem paralelamente. O clima descontraído que é criado na Astrológica favorece o reencontro de amigos e profissionais e forma novas amizades. Claro que junto a isso se soma o altíssimo nível das palestras de todos os palestrantes convidados.

CONSTELAR - Você tem fama de ser um grande promotor de eventos: as comemorações de ano novo astrológico, a astrovivência, os fóruns, os congressos... De onde veio esse lado festeiro?

ROBSON - Sempre considerei que a questão social é importante para tudo, principalmente para a integração de uma classe profissional. Existe uma necessidade constante de troca de informações, idéias, conceitos, e mais ainda, de se fazer um grupo. Todos esses eventos têm essa função. Já há 15 anos a Gaia promove o Reveillon dos Astrólogos, há 14 a Astrovivência e a 8a Astrológica. Os Fóruns de Astrologia aconteceram na Gaia, mas não foi uma iniciativa só minha. Estávamos juntos eu, Patrícia Boni, Gregório Queiroz, Lydia Vainer, George Ferreira Jorge e Márcia Bernardo. Foi uma época muito boa, que reuniu astrólogos discutindo Astrologia como nunca tinha sido feito. Festeiro? Talvez um promotor de eventos que pensa em unir as cabeças pensantes da Astrologia num clima de amizade e descontração. Sempre crio eventos pensando em movimentar e divulgar nossa a Astrologia, e ainda tenho muitos projetos.

CONSTELAR - Como funciona o grupo GaiaBrasilis? Qual a proposta? E os CBAs?

ROBSON - GaiaBrasilis é um grupo de astrólogos que se reuniu em 03 de fevereiro de 2002 às 11h44m, horário de verão em São Paulo, na Paulicéia Desvairada.

Nasceu com o objetivo de empreender pesquisas na área astrológica divulgando a produção da Astrologia no Brasil e suas relações com as artes, a cultura.

Já realizamos vários trabalhos, sempre com a preocupação de entender a história e o desenvolvimento do povo brasileiro. Nossos trabalhos sempre são realizados em multimídia, associando imagens, musicas, mapas astrológicos e outras referências. Dentre esses trabalhos temos: Urano em Peixes - A Invenção do Brasil, Terra Brasilis, São Paulo de Piratininga - Os Rebeldes da Muralha, Os Anos de Chumbo - Pra Frente Brasil, e o último apresentado na Astrológica ® 2006, "Os Filhos da Pátria... os órfãos do Brasil".

Um dos compromissos que assumimos é a publicação dos CBA´s o Cadernos Brasileiros de Astrologia, uma publicação trimestral para divulgação de trabalhos e pesquisas de astrólogos brasileiros, já há dois anos e em sua 8ª publicação.

CONSTELAR - Quem é o Grupo GaiaBrasilis?

ROBSON - O GaiaBrasilis é formado por Nádia Cristiane de Oliveira, Astróloga, Geógrafa e professora, diretora do Sciens - Centro Astrológico Brumas; Patrícia Boni - Astróloga, jornalista, educadora e professora da Gaia; e Robson Papaleo, diretor e coordenador de cursos e eventos da Gaia, diretor do Centro Cultural Esotérico, criador de conteúdo e manutenção do portal Gaiastral, com formação em Arquitetura e Urbanismo, especialização em Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Cultural.

CONSTELAR - Você administra a Gaia com a família, certo? Quantas horas, em média, você dedica diariamente à escola?

ROBSON - 24 horas por dia. Sou só astrólogo, como atendente, professor, promotor de eventos e editor de publicações. Já faz tempo que me desliguei da Arquitetura. Tenho essa formação e especialização em Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Cultural Brasileiro. Realmente minha família colabora muito comigo. Luiza, minha mulher, além de enfermeira executiva do Hospital Santa Catarina, é Chefe do cerimonial dos eventos da Gaia e coordena o Centro Cultural Esotérico. Meu filho, Paulo, fica no comando dos equipamentos multimídia e ajuda na elaboração de diagramação e organização da Gaia e dos eventos. Isso faz com que a Gaia seja, além de administrada por uma família, uma grande família para todos que a freqüentam.

CONSTELAR - Pela ordem, o que te dá mais prazer? Ensinar, fazer atendimento pessoal, administrar a escola, organizar eventos ou cuidar da divulgação e da produção de textos? E qual é o trabalho mais penoso?

ROBSON - O que mais me agrada é ser astrólogo, pensar Astrologia. Qualquer coisa que se faça e tenha como motivo a Astrologia me dá prazer. Penoso talvez seja quando chegam as férias, quando não tenho como encontrar os alunos, clientes e fazer os eventos. Mas posso dizer que não trabalho, mas faço o que gosto, um prazer de viver a Astrologia constantemente.

Leia também: No ritmo da Astrológica 2006

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