Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 189 :: Abril/2014 :: - |
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ASTROLOGIA E CULTURA DE MASSAAs meninas do zodíaco-mangá
Victoria, uma desenhista pré-adolescente influenciada por animes japoneses e sites de humor astrológico, cria um conjunto de personagens que representam os doze signos do zodíaco. Seis deles são meninas, todas com superpoderes secretos. O zodíaco-mangá de Victoria conta com seis meninos e seis meninas. Nada a ver com a tradicional divisão entre signos masculinos e femininos: Libra, Sagitário e Aquário são meninas porque a autora quis, e pronto. Neste artigo você conhecerá a face bem comportada que elas exibem quando não estão lutando pela salvação do planeta. Mas não se engane: cada uma delas tem um superpoder com alta capacidade destrutiva! Se você não leu a primeira parte deste artigo, leia O zodíaco em estilo mangá. Virgem e LibraA marca registrada dessa virginiana é a modéstia. Ela parece estar dando um passo atrás para deixar que sua amiga Libra ocupe sozinha o primeiro plano. Libra é sem dúvida mais coquete, com seu cabelo rosa em contraste com os belos olhos azuis. Da mesma cor são também os detalhes dos laçarotes, dos punhos e do cinto que destaca a região mais libriana do corpo. Virgem traz nas mãos a beleza natural da flor - uma lembrança da origem terráquea deste signo - enquanto Libra capricha nos toques artísticos, como a echarpe em tons degradé displicentemente jogada em torno do pescoço. Enquanto Virgem é uma menina arrumada, sem um fio de cabelo fora do lugar, Libra vai mais além, ousando na elegância. Virgem tem recato (a blusa abotoada até o alto), mas Libra tem a dose exata de simpatia necessária para conquistar novos amigos e encontrar parceiros para conversas interessantes. SagitárioAlguma dúvida de que a figura acima é uma legítima representante do signo do arqueiro? De todas as meninas, é aquela que se veste de maneira mais despojada, chegando a lembrar, apesar da aparência nipônica, as cheerleaders que acompanham as equipes de futebol americano. O cabelo curto, a espontaneidade da expressão e as cores vibrantes garantem que estamos diante de uma pessoa nascida para o movimento e o ar livre. Capricórnio e AquárioE eis que chegamos às duas filhas de Saturno, a da Terra e a do Ar. A capricorniana de cabelos e traje cinza traz no olhar a ambição de quem veio ao mundo para subir mais e mais, até alcançar o topo da estrutura organizacional de alguma grande corporação. Evidentemente, ela está talhada para um cargo de chefia. Em contraste com Capricórnio, a aquariana estilosa transgride todas as convenções, portando uma meia de cada cor e combinando peças que, com toda a certeza, não foram feitas para adornar o mesmo guarda-roupas. PeixesBonita, diáfana e delicada? Ou simplesmente sonsa? Os olhos úmidos e sonhadores mostram que a filha de Netuno vive disposta a mergulhar no território da imaginação. Os cabelos longos sugerem o ritmo das cachoeiras, ou o mistério do fundo do mar. As roupas trazem as cores do musgo, da espuma, das algas. Instintivamente, a criadora desses desenhos parece ter entendido a característica essencial de Peixes: é o personagem que porta menos roupas e que mais se expõe em sua condição instintiva, parecendo viver num mundo natural onde a ordem (Virgem) ainda não chegou. O espaço da divulgaçãoSites que permitem uma aproximação com a Astrologia em bases simplificadas, ou lançando mão do humor e da irreverência, contribuem para distorcer o conhecimento da matéria? Em parte sim, na medida em que hipervalorizam os signos solares e as descrições estereotipadas. Por outro lado, despertam a atenção de um público muito amplo que, de outra maneira, dificilmente cairia de cabeça em estudos mais sistemáticos. Cada um no seu quadrado: espaços de informação não podem ser julgados com os mesmos critérios dos espaços de formação. Ambos são necessários e alimentam-se mutuamente. De qualquer forma, trabalhos como o de Victoria - ou SonicFanGirl2011, como ela prefere - mostram que a Astrologia está viva, e que seu rico imaginário continuará permeando nossa cultura ainda por muitas gerações. Outros artigos de Fernando Fernandes. |
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