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Um olhar brasileiro em Astrologia
 Edição 175 :: Janeiro/2013

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PRESSÁGIOS 2013

Morde-e-assopra em 2013,
riscos reais em 2014

Fernando Fernandes

Em 2013 o mundo vive sob configurações contraditórias. A turbulência social de 2012 permanece, assim como a crise econômica internacional. Por outro lado, haverá clima para acordos e soluções negociadas, que podem amenizar a crise. Da qualidade das decisões de 2013 depende a paz de 2014, um ano muito perigoso para Estados Unidos e seu maior rival comercial, a China.


Este artigo é um resumo, elaborado pela Redação de Constelar, de trechos selecionados da palestra de Fernando Fernandes no evento de previsões Presságios 2013, realizado em 1º de dezembro de 2012, no Rio de Janeiro. Para ter acesso ao evento completo, com o áudio de todas as palestras, visite a página de inscrição.

Veja também trechos das previsões dos demais palestrantes:

Incendiários e bombeiros

greves

Em 2013, o mundo continua a viver o incêndio social deflagrado com a crise econômica de 2008 e com o levante dos povos árabes contra regimes ditatoriais, iniciado em 2011. Isto porque ainda temos em ação duas configurações muito ativas:

  • a quadratura Urano-Plutão (exata em maio e novembro de 2013), que permanecerá ativa até 2015; e
  • o trânsito de Netuno em Peixes, que, sempre que ocorre, desencadeia movimentos de massa e revoltas sociais de grandes proporções.

Neste sentido, o momento atual lembra o período 1848-1851, quando o trânsito de Netuno em Peixes (que durou de 1847 a 1861) combinou forças com uma conjunção Urano-Plutão para desencadear o período conhecido como Primavera dos Povos: revoltas sociais por toda parte na Europa, lançamento do Manifesto Comunista e reivindação de reformas profundas (muitas das quais só foram realmente implantadas décadas depois).

Outro aspecto tenso é o quincunce entre Saturno em Escorpião e Urano em Áries, exato em abril e outubro de 2013.

Neste sentido, o ano de 2013 carrega o mesmo "DNA" de 2012, mantendo e até mesmo aprofundando o clima de turbulência já vivido no ano anterior.

Por outro lado, 2013 apresenta uma bela combinação de aspectos apaziguadores, indicadores de alguma forma de entendimento e de esforços no sentido de atenuar as contradições mais violentas:

  • Dois planetas maléficos - Saturno e Plutão - estarão em recepção mútua e formando um sextil (exato em dezembro de 2012, março de 2013 e setembro de 2013).
  • Além do mais, teremos ao longo do ano um trígono Saturno-Netuno em Água, cujo momento culminante ocorrerá entre junho e julho, quando receberá o reforço de Júpiter em Câncer, formando um Grande Trígono.

O Grande Trígono reúne signos do mesmo elemento (no caso, a Água), mostrando um acordo entre grupos que compartilham os mesmos interesses ou valores. Com Júpiter e Saturno envolvidos, temos aí o retrato de uma "panelinha de poderosos": ao longo de 2013, serão comuns os entendimentos e acordos envolvendo potências políticas, organismos internacionais e grandes corporações para conter a turbulência social.

Potsdam, 1945

As conferências que prepararam a "paz armada" que se seguiu à Segunda Grande Guerra, em 1945, ocorreram sob configurações análogas às do Grande Trígono de Água de 2013. O objetivo não era exatamente a paz, mas uma trégua que interessava a todas as partes.

Trata-se de um clima análogo ao que ocorreu nos meses finais da Segunda Guerra Mundial, quando a derrota da Alemanha nazista já era iminente e a grande preocupação dos aliados era com a divisão do mundo em novas áreas de influência. Assim, os senhores da guerra - Roosevelt, Churchill, Stalin e seus generais - sentaram-se à mesa de negociações para decidir o futuro em nome de milhões de pessoas que sequer sabiam o que ocorria. Em 2013 podemos ter algo parecido: os donos do poder - governantes e empresários - aproveitando o Grande Trígono para negociar sigilosamente para que o poder e o dinheiro continuem com quem sempre esteve.

Ingresso solar de Áries, o mapa anual de 2013

O verdadeiro mapa anual de 2013 é aquele que se calcula para o ingresso do Sol em Áries (início do ano astronômico e astrológico), em 20 de março. Este mapa indica tendências gerais que se estenderão pelos doze meses seguintes. O mapa de 2013 traz uma enérgica configuração envolvendo o elétrico Urano em conjunção com Sol, Marte - dois planetas quentes e secos num signo igualmente quente e seco. Pólvora pura, portanto.

Ingresso Áries 2013 Washington

Ingresso Solar em Áries - 20.3.2013, Washington, DC.

A análise do passado pode ser de grande valia para a compreensão das configuraçnos astrológicas do presente. Procurando nos últimos cem anos que outro ano apresenta configuração semelhante, eis que encontramos apenas um: o de 1929, exatamente o ano em que o crash da Bolsa de Nova York mergulhou o mundo na Grande Depressão.

Ingresso Solar 1929 Washington, DC

Ingresso solar em Áries para 1929 - Wahington, DC - Observar que há uma conjunção Sol-Urano em quadratura com Marte em Câncer. Em 2013, Sol, Urano e Marte estão juntos em Áries, em quadratura com a Lua em Câncer.

Cabe ainda uma palavra sobre o quincunce Saturno-Urano. O quincunce, aspecto de 150 graus que une dois signos totalmente incompatíveis, indica a necessidade de reajustar aquilo que foi iniciado durante a conjunção dos planetas envolvidos e que, por alguma razão, restou incompleto, pendente ou desequilibrado.

A última conjunção Saturno-Urano ocorreu em 1988. Vários processos desencadeados naquele ano poderão necessitar de atenção em 2013. Eis alguns deles:

  • A Constituição brasileira de 1988 e suas contradições.
  • O Tratado de Integração entre o Brasil e a Argentina, que deu origem ao Mercosul.
  • URSS – foi o ano da Perestroika e da saída do Afeganistão.
  • Eleição de Bush (o pai) seguida imediatamente por ataques americanos ao Irã, aumentando um clima de animosidade que permanece até hoje.
  • Proclamação (unilateral) da Independência da Palestina, algo que até hoje não foi digerido por Israel e Estados Unidos.

Qualquer desses assuntos - diríamos que pelo menos um deles - poderá ser causa de crises e ajustes ao longo de 2013. Os que mexem diretamente com o Brasil são as fragilidades da Constituição (a questão dos Royalties do petróleo?) e a relação com a Argentina, sempre complicada em função das idas e vindas de nossa imprevisível vizinha.

Estados Unidos: flertando com uma nova guerra

2013 será um ano em que os Estados Unidos viverão um momento de autoestima e de injeção de energia. Em agosto, Júpiter faz conjunção exata com o Sol do país, enquanto, ao longo do segundo semestre, Plutão se aproxima da oposição ao Sol radical americano. Essa conjugação de fatores coloca em questão a afirmação do poder americano, e todos sabemos como isso costuma acontecer na prática. Se os republicanos tivessem saído vitoriosos na eleição de 2012, afirmaríamos com certeza que os Estados Unidos marcham para alguma nova guerra, até porque a combinação de interesses dos poderosos lobbies das indústrias da áreas de petróleo e armamentos exige isso.

Com Obama no poder, o cenário de uma escalada militarista não nos parece tão óbvio, mas é exatamente o que as configurações apontam - não para 2013, mas para o ano seguinte, 2014.

A sequência das Revoluções Solares dos Estados Unidos entre 2012 e 2015 é bem reveladora. A Revolução Solar é o mapa do retorno do Sol à exata posição em que se encontrava no momento do nascimento de uma pessoa ou da fundação de um país. No caso dos Estados Unidos, calcula-se para o retorno da posição do Sol em 4 de julho de 1776, data da independência americana. Portanto, cada Revolução Solar (RS) do mapa americano vale para o segundo semestre do ano e para o primeiro semestre do ano seguinte. Rapidamente, temos a seguinte sequência:

Estados Unidos, RS 2012-13 - Repete o Ascendente radical, em Sagitário. Indica uma reeleição difícil para Obama, com o presidente (representado por Marte em Libra) tendo de lutar pelo seu espaço (efetivamente, foi o que aconteceu e continua acontecendo, com a questão do "abismo fiscal").

Revolução Solar EUA 2013

Revolução Solar dos Estados Unidos para 2012-2013

EUA RS 2013.

Planetas da Revolução Solar americana para 2013 (círculo externo) sobre carta de Independência do país. O Ascendente da Revolução Solar está sobre o Fundo do Céu da carta de Independência: é o resgate das raízes.

Estados Unidos, RS 2013-14 - Reitera fortemente as raízes americanas e os valores tradicionais do país, no que tem de melhor e de pior (a defesa da liberdade e da livre iniciativa, mas ao mesmo tempo o exercício do papel de "polícia do mundo", o culto à violência etc.).

Revolução Solar EUA 2015

Revolução Solar dos Estados Unidos para 2014-2015.

Estados Unidos, RS 2014-15 - É o momento mais crítico da década para os Estados Unidos, porque o Sol radical estará em quadratura T com Urano e Plutão. Júpiter chega à casa 9, trazendo uma postura expansiva nas relações internacionais. Netuno estará em quadratura com Urano na 7, trazendo distorções na percepção dos perigos externos. Resumidamente, 2014-2015 é um período muito difícil, com risco de guerra ou de uma crise de vastas proporções.

RS 2014 sobre mapa radical americano

Sinastria entre a Revolução Solar para 2014-2015 e o mapa da Independência dos Estados Unidos. Os aspectos indicam turbulência e uma tendência para confundir riscos reais e imaginários. O país estará hipersensível e hiperreativo.

Segurem-se: a China prepara mudanças

O clima de mudanças que os analistas políticos preveem para a China desde a eleição de Xi Jinping, no final de 2012, confirmar-se plenamente no mapa do Ingresso Solar em Áries de 2013, calculado para Beijing. As mudanças à vista envolvem a política econômica, a força de trabalho (assalariados), a população rural e os opositores do regime.

O acelerado crescimento chinês nas últimas décadas vem sendo feito à custa da supressão das liberdades individuais e das necessidades de camponeses e trabalhadores da indústria, os quais vivem ainda sob uma legislação trabalhista absoluta iníqua, que não reconhece os direitos mais básicos. Assim, a China abarrota os mercados do mundo com produtos cujo baixíssimo custo resulta da espoliação da classe trabalhadora. É uma situação insustentável no longo prazo, até porque, com a crise mundial, a China precisará em breve fortalecer seu mercado interno, o que só será possível com uma melhor distribuição de renda. Trata-se de um caldeirão explosivo: ninguém sabe ao certo o que pode acontecer quando o trabalhador chinês se organizar em grupos de pressão e descobrir o poder de barganha das greves e movimentos sociais.

Ingresso do Sol em Áries China 2013

Círculo interno e casas: Ingresso do Sol em Áries para 2013 - Beijing, China. Círculo externo: planetas da carta de fundação da República Popular da China. Observar que os ângulos do mapa do Ingresso Solar enfatizam diretamente Sol e Urano do Mapa da China, além de estarem conjuntos a Urano e Plutão em trânsito!

Além do mais, a invasão dos produtos chineses pode provocar em alguns países uma onda de medidas protecionistas, com vistas a salvaguardar a indústria local. Como os chineses reagirão quando suas exportações começarem a refluir?

Uma primeira resposta para essas dúvidas pode emergir nos próximos meses. É bom lembrar que tanto na eleição de Xi Jinping quanto no Ingresso Solar chinês para 2013 Urano e Plutão ocupam posição de muito destaque, levando-nos a pensar num endurecimento das relações da China com o mundo exterior e em alguma forma de isolacionismo. Cabe lembrar que em momentos de tensões do ciclo Urano-Plutão, a tendência da China é sempre a de fechar-se para o mundo. Basta lembrar da terrível Revolta dos Taiping, iniciada em 1851 (conjunção Urano-Plutão) e da Revolução Cultural de 1966 (outra conjunção Urano-Plutão).

Um sinal de que a China já começou a preparar-se para uma atitude mais dura no plano internacional tem sido a corrida pelo reaparelhamento naval, iniciada em 2011. O país, cuja Marinha sempre foi o ponto fraco do poderio militar, vem construindo fragatas de guerra e submarinos a uma velocidade espantosa, e que já preocupa todo o Sudeste Asiático. Muito em breve a China já terá condições de confrontar o poderio naval americano no Pacífico.

Em resumo: 2013 ainda é um ano ambíguo, em que as configurações mais agressivas estão contrabalançadas por outras que indicam caminhos de entendimento. Se estes falharem, 2014 pode ser um ano muito perigoso, até porque envolve ativações difíceis nos mapas de Estados Unidos e China, as duas maiores superpotências mundiais.

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