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Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 117 :: Março/2008 :: - |
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O CONHECIMENTO ASTROLÓGICO EM RECURSOS HUMANOSAstrologia & Vocação
O mapa não mostra apenas uma possibilidade de profissão, mas diversas direções vocacionais, cada uma relacionada a uma subpersonalidade. Quanto mais tendências forem associadas à mesma ocupação profissional, mais chance o indivíduo terá de desenvolver uma atividade gratificante. "Encontrei no meio da bagunça dos meus disquetes o fragmento de uma apostila que eu escrevi por volta de 93/94 - e acabei não aproveitando." Foi com esta apresentação que Marcus Vannuzini - o Zini - enviou este texto para a lista de discussão Solstix, em 20 de fevereiro de 1997. Zini, que faleceu em março de 1998, foi um dos pioneiros no casamento entre a Astrologia e a Internet, criando a primeira lista de discussão astrológica em língua portuguesa. Identificando as "subpersonalidades" (tendências)A Astrologia estuda a natureza humana através de uma linguagem simbólica. O Mapa Astrológico é um diagrama astronomicamente preciso que representa todas as posições dos planetas no céu, conforme são vistos da Terra, no exato instante do nascimento. Através do exame do mapa astrológico é possível identificar o que o psicólogo italiano Roberto Assagioli (foto) denominou "subpersonalidades". Numa linguagem técnica psicológica, as subpersonalidades são partes mais ou menos autônomas da personalidade total, cada qual com seus próprios desejos, necessidades e potencialidades. Em termos mais simples, as subpersonalidades são os diferentes lados ou facetas das pessoas. São como diferentes atores - cada qual com o seu próprio papel e modo de agir - no palco comum da personalidade. Alguns personagens são mais destacados, participam mais, são mais objetivos. Outros são mais reservados e autocentrados. Alguns são sonhadores, outros são práticos; uns são audaciosos, outros cautelosos, e assim por diante. Todos eles são você... As subpersonalidades, como já foi dito, tem certa autonomia: cada faceta da pessoa quer determinadas coisas, tem determinados impulsos e vontades. Tem mais afinidade com determinados modos de vida, atividades e tipos específicos de ocupações. E, ainda, cada subpersonalidade tem atitudes peculiares no que diz respeito às questões de trabalho, carreira, objetivos profissionais etc. As subpersonalidades (facetas da personalidade) relacionam-se umas com as outras. Esses relacionamentos podem ser harmoniosos ou tensos, ou seja: uma faceta da personalidade pode cooperar com uma outra faceta, ou pode inibir ou sabotar a sua expressão. Dizendo de outro modo, uma parte sua pode ter determinados potenciais e necessidades ocupacionais e querer as mesmas coisas que uma outra parte, ou podem existir conflitos - muitas vezes paradoxais. Diferentemente das máquinas, os seres humanos não são necessariamente coerentes e lógicos (como muitas vezes gostam de acreditar que são). O indivíduo nem sempre tem consciência de algumas das facetas da sua personalidade. Pode não "conhecê-las", ou mesmo rejeitá-las (consciente ou inconscientemente). Mesmo que determinada subpersonalidade seja consciente, a pessoa pode não gostar - ou discordar dela - e das necessidades ocupacionais que ela representa. Cada uma das subpersonalidades tem a sua própria necessidade de expressão, podendo representar importantes tendências vocacionais. A indefinição na escolha da ocupação muitas vezes ocorre porque as diversas facetas da personalidade podem ter necessidades e desejos diferentes, aparentemente contraditórios ou inconciliáveis aos olhos do indivíduo. Reconhecendo e expressando as tendênciasA Astrologia, como toda forma de conhecimento humano, tem as suas limitações. Através da análise do mapa astrológico é muito difícil avaliar quais destas tendências a pessoa reconhece (e quer reconhecer) em si própria, ou se as expressa. O que o indivíduo faz com os seus desejos, necessidades e potenciais é uma questão muito pessoal. Outros fatores também devem ser considerados: o modo como a pessoa foi criada e estimulada pelos seus pais, o seu meio, as pressões sociais a que foi submetida, o desenvolvimento das suas aptidões, a educação e informação a que teve acesso, as oportunidades que teve, as suas experiências na vida, e, principalmente, o seu livre arbítrio. Nada disso é mostrado pelo mapa astrológico. É importante assinalar que os astros não predestinam ou "dirigem"; apenas representam tendências e potenciais presentes na personalidade, podendo também auxiliar na compreensão da natureza dos ciclos de desenvolvimento pessoal. Vocação: reflexo da personalidadeQuase todo mundo tem que encarar a realidade de ganhar a vida. O trabalho, entretanto, pode ser estimulante e proporcionar um senso de propósito quando é uma expressão de quem você realmente é e do que precisa. A indefinição profissional é, em última análise, uma falta de autoconhecimento ("Se eu não sei exatamente quem sou, o que desejo e do que preciso, como posso saber qual, exatamente, é a minha vocação?"). Como a vocação é um reflexo da sua personalidade, a ocupação apropriada é capaz de dar significado à sua vida. Você sente que o seu trabalho é importante e motivador, e que lhe traz uma satisfação íntima. Portanto, a atitude vocacional não é algo separado do resto da personalidade. Se a vocação expressa a sua personalidade como ela é, a atividade profissional é a própria "personalidade em ação", no mundo. Adequando a atividade profissional à personalidadeEstudos recentes da área de Recursos Humanos apontam para uma integração cada vez maior da postura de vida (personalidade, temperamento, comportamento, interesses etc.) com a formação profissional. Em outras palavras, o profissional ideal do futuro é um ser humano completo, autoconsciente, com uma visão global das coisas e com conhecimentos que vão além de formações acadêmicas mais específicas - nesse ponto a arte, a filosofia, a cultura geral, entre outras perspectivas, assumem uma importância maior. Assim, as projeções das futuras exigências do mercado de trabalho transcendem um mero diploma e modelos prontos. O indivíduo do futuro vai, necessariamente, ter que adequar a atividade profissional à personalidade (e não o contrário!), para poder corresponder à nova realidade. Nesse novo paradigma, os "especialistas" vão ter que dividir os seus espaços com os "generalistas". Se você pensa que o que deseja fazer "não existe" ou é pouco convencional, não se preocupe: um estudo recente do Instituto Internacional de Gerenciamento, de Genebra, Suíça, verificou que, na virada do século, pelo menos 30% da atual geração de jovens estarão trabalhando em atividades ainda não conhecidas.
Podemos ter várias vocações ?É importante ressaltar que não existe, necessariamente, uma única vocação. Na realidade, qualquer atividade verdadeiramente sintonizada com a natureza da pessoa é apropriada. Tomemos como exemplo um dos processos da natureza: o fogo tanto pode queimar e purificar, quanto aquecer ou iluminar. Qualquer dessas variações é adequada. Quando o fogo é aplicado segundo as suas qualidades, nada se compara a ele. Se é utilizado para finalidades estranhas à sua natureza, os resultados não são nada satisfatórios. Para expressar plenamente a sua natureza a pessoa pode envolver-se em muitas ocupações, muitas vezes não relacionadas entre si, ou numa profissão única, que compreenda várias atividades diferentes. Muitas profissões são combinações de diversas atividades (ou expressões apropriadas a "pequenas vocações"), como por exemplo um executivo que precisa, na sua profissão, de conhecimentos nas áreas de economia, administração, marketing, relações públicas e informática, além de falar, ler e escrever fluentemente quatro idiomas. Neste caso, as diversas subpersonalidades do indivíduo ("economista", "administrador", "profissional de marketing", "relações públicas", "técnico de informática" e "estudioso de idiomas") cooperam entre si e se expressam harmoniosamente, buscando resultados produtivos através de atividades coerentes e integradas. |
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